sexta-feira, 31 de julho de 2015

Grupo no Grupo – Albino Teixeira


A família espírita, em cuja intimidade cooperas na seara da Verdade e do Bem, aguarda sejas para ela:
O concurso no trabalho e o alívio na provação;
O equilíbrio nos instantes alegres e a escora nos tempos difíceis;
A mensagem de estímulo, na obra em realização, e a palavra de bênção, na travessia dos obstáculos;
O refúgio de paz e o apoio fraterno;
A observação compreensiva e a amizade real.
Assim, é porque se um Grupo Espírita é um templo aberto à necessidade e à indagação de todas as criaturas, o grupo de trabalho que persevera dentro dele é diferente; essa equipe de corações, aos quais nos agregamos para servir, é comumente o grupo de nossas afinidades, afetos e desafetos que trazemos de existências passadas, que nem sempre estão associados a nós pelos laços consangüíneos, mas até agora jungidos ao nosso espírito por vínculos magnéticos. É nesse grupo íntimo que encontramos grandes alegrias e grandes dores, consolações e desafios, facilidades e empeços, tesouros de amor e testes de burilamento mora, entre os quais ser-nos-á possível aproveitar o tempo, com mais segurança, ressarcindo erros e aprimorando qualidades que nos facilitam acessos às vanguardas de luz.
         Livro: Caminho Espírita.
         Espíritos Diversos / Chico Xavier.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Se Todos Perdoassem - Emmanuel

Imaginemos, por um minuto, que mundo maravilhoso seria a Terra, se todos perdoassem!...
Se todos perdoassem, a ventura celeste começaria de cada, onde todo companheiro de equipe doméstica perceberia que a experiência na reencarnação é diferente para cada um e, por isso mesmo, teria suficiente disposição para agir em apoio dos associados da edificação em família, a fim de que venham a encontrar o tipo de felicidade pessoal e correta a que se dirigem.
Se todos perdoassem, cada grupo na comunidade terrestre alcançaria o máximo de eficiência na produção do bem comum, porquanto, em toda, parte, existiria entendimento bastante para que a inveja e o despeito, o azedume e a crítica destrutiva fossem banidos para sempre do convívio social.
Se todos perdoassem, o espírito de competição, no progresso das ciências e na efetivação dos negócios, subiria constantemente de nível moral, suscitando as mais belas empresas de aprimoramento do mundo, porque o golpe e a vingança desapareceriam do intercâmbio entre pessoas e instituições, com o respeito mútuo revestido de lealdade os menores impulsos à concorrência, que se fixaria exclusivamente no bem com esquecimento do mal.
Se todos perdoassem, a guerra seria automaticamente abolida do Planeta, de vez que o ódio seria erradicado das nações, com a solidariedade traçando aos mais fortes a obrigação do socorro aos mais fracos, não mais se verificando a corrida de armamentos e sim a emulação incessante à fraternidade entre os povos.
Se todos perdoassem, a saúde humana atingiria prodígios de equilíbrio e longevidade, porquanto a compreensão recíproca extinguiria o ressentimento e o ciúme, que deixariam, por fim, de assegurar, entre as criaturas, terreno propício à obsessão e à loucura, à enfermidade e à morte.
Se todos perdoarmos, reformaremos a vida na Terra, apagando de todos os idiomas a palavra "ressentimento", para convivermos, uns com os outros, acreditando realmente que somos irmãos diante de Deus.
Quando todos aprendermos a perdoar, o amor entoará hosanas, de polo a polo da Terra, e então o Reino de Deus fulgirá em nós e junto de nós para sempre.
Livro: Meditações Diárias.
Emmanuel / Chico Xavier.

Evitando inquietações - Emmanuel

Considerando que a inquietação em nós gera inquietação naqueles que nos rodeiam, revisemos, pelo menos de quando em quando, as induções que nos possam impelir à intranqüilidade.
***
Recorda que todos nós, os espíritos encarnados ou desencarnados, em evolução na Terra, ainda estamos longe da condição de espíritos perfeitos.
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Quase impossível seguir sem erros na jornada, mas é preciso reconhecer que a Divina Providência jamais nos sonega recursos para corrigi-los.
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Aceita-te como és e onde estás, a fim de que consigas caminhar com segurança para o que deves ser e para a melhor condição que te cabe alcançar.
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Consulta o passado, por arquivo de informações que te facilite os movimentos em rumo certo, mas não te prendas à lembrança de caráter negativo, porque hoje é o dia de construir o amanhã com o material selecionado de que disponhas no campo da experiência.
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Libera a capacidade de compreender e perdoar com que o Criador nos dotou a cada um, para que o ressentimento, ante os conflitos de ação e de opinião, nas áreas de trabalho em que te vês, não te causem desequilíbrios.
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Não acredites tanto em doença e cansaço que te impeçam de servir ao próximo, trabalhando um tanto mais.
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Auxiliar desinteressadamente aos semelhantes será sempre a base de qualquer melhoria.
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Cultivemos o respeito a nós mesmos, sem o qual não se sabe de que modo angariar o respeito dos outros.
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Confiemos em Deus, acima de tudo, sem nos esquecermos, porém, de que Deus igualmente confia em cada um de nós.
Livro: Calma.
Emmanuel / Chico Xavier.

O Espiritismo e os Cônjuges

 Sem entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual torna-se difícil o êxito no casamento.
 Todos os pretendentes à união conjugal carecem de estudar as circunstâncias do ajuste esponsalício antes do consórcio, para isso existindo o período natural do noivado.
Aspecto deveras importante para ser analisado será sempre o da crença religiosa.
 Efetivamente, se a religião idêntica no casal contribui bastante para a estabilidade do matrimônio, a diversidade dos pontos de vista não é um fator proibitivo da paz da família. Mas se aparecem rixas no lar, oriunda do choque de opiniões religiosas diferentes, a responsabilidade é claramente debitada aos esposos que se escolheram um ao outro.
 A tendência comum de um cônjuge é a de levar o outro a pensar e agir como ele próprio, o que nem sempre é viável e nem pode ocorrer. Eis por que não lhes cabe violentar situações e sentimentos, manejando imposições recíprocas, mormente no sentido de se arrastarem a determinada crença religiosa.
 Deve partir do cônjuge de fé sincera a iniciativa de patentear a qualidade das suas convicções, em casa, pelo convite silencioso a elas, através do exemplo.
 Não será por meio de discussões, censuras ou pilhérias em torno de assuntos religiosos que se evidenciará algum dia a excelência de uma doutrina.
 Ao invés de murmurações estéreis, urge dar provas de espiritualidade superior, repetidas no dia-a-dia. Em lugar de conceitos extremados nas prédicas fatigantes, vale mais a exposição da crença pela melhoria da conduta, positivando-se quão pior seria qualquer criatura sem o apoio da religião.
 Para os espíritas jamais será construtivo constranger alguém a ler certas obras, freqüentar determinadas reuniões ou aceitar critérios especiais em matéria doutrinária.
 Quem deseje modificar a crença do companheiro ou companheira, comece a modificar a si mesmo, na vivência da abnegação pura, do serviço, da compreensão, do bom-senso prático, salientando aos olhos do outro ou da outra a capacidade de renovação dos princípios que abraça.
 O cônjuge é a pessoa mais indicada para revelar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge.
 Um simples ato de bondade, no recinto do lar, tem mais força persuasiva que uma dezena de pregações num templo onde a criatura comparece contrariada.
 Uma única prova de sacrifício entre duas pessoas que se defrontam, no convívio diário, surge mais eficaz como agente de ensino que uma vintena de livros impostos para leituras forçadas.
 Em resumo, depende do cônjuge fazer a sua religião atrativa e estimulante para o outro, ao contrário de mostrá-la fastidiosa ou incômoda.
 Nos testemunhos de cada instante, no culto vivo do Evangelho em casa e na lealdade à própria fé, persista de cada qual nas boas obras, porque, ante demonstrações vivas de amor, cessam quaisquer azedumes da discórdia e todas as resistências da incompreensão.
Livro: Estude e Viva.
Emmanuel e André Luiz
Chico Xavier e Waldo Vieira.

Aos Enfraquecidos na luta – Emmanuel.

Almas enfraquecidas, que tendes, muitas vezes, sentido sobre a fronte o sopro frio da adversidade, que tendes vertido muitos prantos nas jornadas difíceis em estradas de sofrimentos rudes, buscai na fé, os vossos imperecíveis tesouros.
Bem sei a intensidade da vossa angústia e sei de vossa resistência ao desespero. Ânimo e coragem! No fim de todas as dores, abre-se uma aurora de ventura imortal; dos amargores experimentados, das lições recebidas, dos ensinamentos conquistados à custa de insano esforço e de penoso labor, tece a alma sua auréola de eternidade gloriosa; eis que os túmulos se quebram e da paz cheia de cinzas e sombras, dos jazigos, emergem as vazes comovedoras dos mortos. Escutai-as!... Elas vos dizem da felicidade do dever cumprido, dos tormentos da consciência nos desvios das obrigações necessárias.
Orai, trabalhai e esperai. Palmilhai todos os caminhos da prova com destemor e serenidade. As lágrimas que dilaceram, as mágoas que pungem, as desilusões que fustigam o coração, constituem elementos atenuantes da vossa imperfeição, no tribunal augusto, onde pontifica o mais justo, magnânimo e integro dos juízes. Sofrei e confiai, que o silêncio da morte é o ingresso para uma outra vida, onde todas as ações estão contadas e gravadas as menores expressões dos nossos pensamentos.
Amai muito, embora com amargos sacrifícios, porque o amor é a única moeda que assegura a paz e a felicidade no Universo.
Livro: Emmanuel
Emmanuel / Chico Xavier.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Instruoj / Instruções (1)

Instruoj
302. – Kiel ni komprenu la aserton de Jesuo al la judoj:
– “Vi estas dioj”?
– En ĉiu homo kuŝas la dia ero de la Kreinto, per kiu la surtera homo povas partopreni en la sanktaj povoj de la Kreado.
La enkarniĝinta Spirito ankoraŭ ne ĝuste taksis la amason da diaj eblecoj gardataj en siaj manoj, sanktaj dotoj plurfoje transformitaj en elementoj de ruino kaj detruado.
Sed tiuj malmultaj, kiuj scias kreski ĉe sia dieco, per la ekzemploj kaj instruoj, estas alnomataj sanktuloj kaj herooj, sur la Tero, ĉar ili konfesis sian spiritan kondiĉon, kaj estas juste, ke ĉiuj homoj penu atingi tiujn valorojn, disvolvante sian dian naturon en la direkto al la bono kaj al la lumo.
303. – Kion signifas la jena evangelia instruo: – “Ĉiuj pekoj estos pardonitaj al vi; sed ne tiuj, kiujn vi faros kontraŭ la Sankta Spirito”?
– La akiro de la spirita scio kun la perfekta konscio de niaj devoj vekas en nia interno la fajreron de la dia spirito, troviĝantan en la sino de ĉiuj homoj.
Ĉe tiu momento, malfermiĝas antaŭ nia profunda rigardo la sanktejo de la lumo de Dio interne de ni mem, firmigante kaj gvidante niajn plej aŭtentikajn nociojn pri respondeco en la vivo.
Dum la homo deturniĝas aŭ malfortiĝas, for de tiu prilumo, lia eraro iel praviĝas pro liaj malklereco aŭ blindeco. Sed la eraro farita kun plena konscio de devo, post la beno de la interna scio gardata en la koro kaj en la intelekto, signifas ja la ‘pekon kontraŭ la Sankta Spirito”, ĉar tiam la homa animo estos kontraŭ si mem, forpelante siajn diajn kapablojn.
Estas tamen logike, ke tiuj eraroj estas la plej gravaj el la vivo, ĉar ili konsistas el la malestimo de la homoj por la karaktero de Dio, kiu loĝas en ili.
304. – Kiu estas la spirito de tiu ĉi frazo “Ne supozu, ke mi venis, por enkonduki pacon sur la teron; mi venis, por enkonduki ne pacon, sed glavon”?
– Konforme al la medio, kie ili formiĝis, ĉiuj evangeliaj simboloj preskaŭ ĉiam estas energiaj kaj konvinkigaj.
Jesuo ne venis por alporti en la mondon la vorton de tratolerado al la homa malforteco, sed la fajreron de lumo, por ke la homo sin prilumu por la diaj projektoj.
Kaj ankoraŭ kaj ĉiam la sublima leciono de la Kristo povas esti konata kiel la renoviga “glavo”, per kiu la homo luktu kun si mem, elradikante el sia koro la malnovajn malamikojn ĉiam komandatajn de la malklereco kaj vantemo, de la egoismo kaj fiero.
Libro: La Konsolanto
Emmanuel / Chico Xavier.
Instruções
302 – Como compreender a afirmativa de Jesus aos Judeus: - “Sois deuses?”.
Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.
O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.
Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procuram alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz, a sua natureza divina.
303 – Qual o sentido do ensinamento evangélico: - “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes conta o Espírito Santo?”.
A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.
Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.
Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.
É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.
304 – Qual o espírito destas letras: - “Não cuideis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”?
Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.
Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os planos divinos.
E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.
Livro: O Consolador.
Emmanuel / Chico Xavier.

Transfiguração e Invisibilidade.

22. O perispírito das pessoas vivas goza das mesmas propriedades que o dos Espíritos. Como isso foi dito, ele não está, de nenhum modo, confinado no corpo, mas irradia e forma, ao seu redor, uma espécie de atmosfera fluídica; ora, pode ocorrer que, em certos casos, e sob o império das mesmas circunstâncias, ele sofra uma transformação análoga à que foi descrita; a forma real e material do corpo pode se apagar sob essa camada fluídica, podendo -se assim se exprimir, e revestir, momentaneamente, uma aparência toda diferente, mesmo a de uma outra pessoa, ou do Espírito que combine o seu fluido com o do indivíduo, ou bem ainda dar a um rosto feio um aspecto belo e radiante. Tal é o fenômeno designado sob o nome de transfiguração, fenômeno bastante frequente, e que se produz principalmente quando as circunstâncias provocam uma expansão mais abundante de fluido.
O fenômeno da transfiguração pode se manifestar com uma intensidade muito diferente, segundo o grau de depuração do perispírito, grau que corresponde sempre ao da elevação moral do Espírito. Limita-se, às vezes, a uma simples mudança do aspecto da fisionomia, como pode dar ao perispírito uma aparência luminosa e esplêndida.
A forma material pode, pois, desaparecer sob o fluido perispiritual, mas não há necessidade, por esse fluido, de revestir um outro aspecto; às vezes, pode simplesmente ocultar um corpo inerte, ou vivo, e torná-lo invisível aos olhos de uma ou de várias pessoas, como o faria uma camada de vapor.
Não tomamos as coisas atuais senão como pontos de comparação, e não em vista de estabelecer uma analogia absoluta, que não existe.
23. Esses fenômenos não podem parecer estranhos senão porque não se conhecem as propriedades do fluido perispiritual; é para nós um corpo novo que deve ter propriedades novas, e que não se pode estudar pelos procedimentos ordinários da ciência, mas que não são elas menos propriedades naturais, nada tendo de maravilhoso a não ser a novidade.
Livro: Obras Póstumas – Allan Kardec.

Auxilia Também – André Luiz.

O cérebro trabalha para que raciocines.
O coração trabalha para que te sustentes.
O sangue trabalha para que te equilibres.
Os nervos trabalham para que observes.
As glândulas trabalham para que te controles.
Os pulmões trabalham para que respires.
Os ossos trabalham para que te levantes.
Os cabelos trabalham para que te protejas.
O estômago trabalha para que te nutras.
Os olhos trabalham para que vejas.
Os ouvidos trabalham para que ouças.
A língua trabalha para que te exprimas.
As mãos trabalham para que construas.
Os pés trabalham para que te movas.
Entre as forças que trabalham, no teu próprio corpo, para servir-te, que fazes de ti mesmo para servir aos outro?
Ante a Lei do Senhor, o ato de servir é a luz em toda a parte.
E essa Lei pede em tudo: “ajuda agora alguém”.
Assim, quem nada faz, em nada se detém.
Recorda que a preguiça é o retrato da morte.
Toda a vida auxilia. Auxilia também.
Livro: Caminho Espírita.
Diversos Espíritos / Chico Xavier.

Elucidações – Emmanuel

"Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus." - Paulo (II Coríntios, 4:5).
Nós, os aprendizes da Boa Nova, quando em verdadeira comunhão com o Senhor, não podemos desconhecer a necessidade de retraimento da nossa individualidade, a fim de projetarmos para a multidão, com o proveito desejável, os ensinamentos do Mestre.
Em assuntos da vida cristã, propriamente considerada. As únicas paixões justificáveis são as de aprender, ajudar e servir, porquanto sabemos que o Cristo é o Grande Planificador das nossas realizações.
Se recordarmos que a supervisão dele age sempre em favor de quanto possamos produzir de melhor, viveremos atentos ao trabalho que nos toque, convencidos de que a sua pronunciação permanece invariável nas circunstâncias da vida.
A nossa preocupação fundamental, em qualquer parte, portanto, deve ser a da prestação de serviço em Seu Nome, compreendendo que a pregação de nós mesmos, com a propaganda dos particularismos peculiares à nossa personalidade, será a simples interferência do nosso "eu" em obras da vida eterna que se reportam ao Reino de Deus.
Escrevendo aos coríntios, Paulo define a posição dele e dos demais apóstolos, como sendo a de servidores da comunidade por amor a Jesus. Não existe indicação mais clara das funções que nos cabem.
A chefia do Divino Mestre está sempre mais viva e a programação geral dos serviços reservados aos discípulos de todas as condições permanece estruturada em seu Evangelho de Sabedoria e de Amor.
Procuremos as bases do Cristo para não agirmos em vão.
Ajustemo-nos à consciência do Grande Renovador, a fim de não sermos tentados pelos nossos impulsos de dominação, porque, em todos os climas e situações, o companheiro da Boa Nova é convidado, chamado e constrangido a servir.
Livro: Fonte Viva.
Emmanuel / Chico Xavier.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Palavras e Palavras – Joanna de Ângelis

A palavra é o veículo de compreensão entre os homens; é, em si, construção divina a serviço da vida inteligente na Terra.
Entretanto, há palavras que geram guerras e palavras mensageiras de paz.
Há palavras que motivam sorrisos e outras que causam lágrimas.
Na palavra está a força do pensamento exteriorizado. Por isso, ela expressa a condição de vida mental daqueles que a pronunciam.
O criminoso fala “amor” quando desejaria dizer paixão pela posse.
O artista diz “amor” quando gostaria de expressar a percepção que o emociona.
O cristão menciona “amor” quando pensa em renovar o mundo.
Em todos esses casos, a palavra é a mesma, mas varia a vibração que a envolve.
Educa, então, o teu modo de pensar para expressares na palavra o teu real modo de ser.
Enriquecido por esse tesouro – a palavra, estende esperança onde te encontras.
Faze-a verter bênçãos em nome de Deus.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
Livro: Espírito e Vida.

domingo, 26 de julho de 2015

Lecioneto / Pequena Lição - 40

Flegado
Kiam ni malsanas aŭ kiam ni bezonas la flegadon de aliaj personoj ni vere sentas la amon kun kio kelkaj flegistoj sin dediĉas al ni. Ni estu dankemaj al ili. La specifa fako de la medicino kiu prizorgas la maljunulojn estas geriatrio. Sed ĝenerale la plej kompetantaj specialistoj por prizorgi la maljunulojn estas la flegistoj, ili lernas kiel kontentige flegi, varti kaj eĉ kuraci iun kun amo. Aliaj personoj kiuj ne estas specialistoj ankaŭ vartas la maljunulojn kun amo, tiuj estas la volontuloj kiuj deĵoras senpage en la hospitaloj, vartejoj, domoj kaj aliaj ejoj kie restas la maljunuloj.
Kiu estas la specifa fako de la medicino kiu prizorgas la maljunulojn?
Estas geriatrio.
Kiu estas la plej kompetenta specialisto por prizorgi la maljunulojn?
Estas la flegistoj.
Kie deĵoras senpage la volontuloj?
Ili deĵoras en la hospitaloj, vartejoj, domoj kaj aliaj ejoj.
Libro: REKTA METODO de ESPERANTO
Luis Guilherme Souto Jardim.
***
Flegi  (tr.) cuidar, zelar, tratar. flegado ação de cuidar de doentes. fleganto enfermeiro. flegisto enfermeiro. flegistino enfermeira. manflegi (i.) (tb. manikuri) (fazer o tratamento das mãos e das unhas) fazer a mão, fazer as unhas. manflegisto (homem especializado no tratamento e embelezamento de mãos e unhas) manicuro. manflegistino (mulher especializada no tratamento e embelezamento de mãos e unhas) manicura, manicure. piedflegisto calista, pedicuro. ungoflegisto (tb. ungoflegistino) (p.ext.: pessoa, especialmente mulher, especializada no tratamento e embelezamento das unhas das mãos e dos pés) manicure. ¨ Intensa Flegejo (sigl.: IFO) Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). sektoro de intensa flegado (med.) = sektoro de konstanta flegado. sektoro de konstanta flegado (tb. sektoro de intensa flegado, ĉambro de intensa kuracado, Intensa Flegejo) (med.: num hospital, local destinado ao atendimento em sistema de vigilância contínua a pacientes graves ou de risco, potencialmente recuperáveis) unidade de terapia intensiva, centro de terapia intensiva.
Kuraci (tr.) tratar (de doente, como médico), medicar. Vd. resanigi. kuraca curativo, salutar, proveitoso. kuracado tratamento, cura. kuracarto medicina, terapêutica. kuracato paciente, doente. kuracebla curável. kuracejo 1 sanatório, casa de saúde. 2 = hospitalo. kuracilo curativo, remédio: kuracilo kontraŭ tusado remédio para tosse. kuracisto médico, facultativo. kuracistaĉo medicastro, charlatão. bestkuracisto veterinário, alveitar. ekspertizisto-kuracisto médico consultor. malriĉulkuracejo (tb. dispensario) (instituição beneficente voltada para o atendimento a pacientes pobres) dispensário. nekuracebla incurável. okulkuracilo = kolirio. piedkuracisto calista, pedicuro, podólogo, podiatra. sun-kuracejo (estabelecimento próprio para tratar certas doenças com banhos de sol) solário. vundkuracilo penso. ¨ abrupta kuraco (privação, voluntária ou não, de substâncias tais como álcool, heroína ou qualquer outra droga de que se é dependente) abstinência. akva kuracado hidroterapia, cura pela água. ĉambro de intensa kuracado (med.) = sektoro de konstanta flegado. duonefika kuracilo (tb. paliativo) (fig.: recurso provisório, só para contemporizar e aguardar coisa definitiva) paliativo. universala kuracilo (tb. panaceo) (remédio para todos os males) panaceia.
Libro: Dicionário de Túlio Flores
Português-Esperanto / Esperanto-Português.

Socio / Sociedade

Socio
La homan scion oni povas similigi al vastega arbaro el mensaj kreaĵoj, kie ĉiu spirito, en proceso de evoluado kaj elpuriĝo, renkontas siajn proprajn reflektojn.
En ĝi, la principoj de ago kaj reago funkcias kun precizeco.
La patrioj, grandaj matricoj de progreso, konsistigas gravajn subtenilojn al la civilizacio aŭ signifoplenajn laborejojn, kie multnombraj grupoj da animoj daŭre klopodas ĉe memedukaj laboroj, per servado al la komunumo, sed ankaŭ multfoje elmigras en aliajn landojn laŭ sia bezono fari tiun aŭ tiun alian akiron sur la kampo de la sperto.
La kolektiva hejmo, difinante raciajn altiriĝemojn kaj klanajn interesojn, prezentas la kolekton de la emocioj kaj pensoj de siaj loĝantoj. Inter la vibraj limoj ĝin karakterizantaj, pere de la mallongaj kursoj kun “lulil-tomba” daŭro, kiujn ni nomas surteraj ekzistadoj, la animo ŝanĝas siajn poziciojn laŭ la reflektoj, kiujn ĝi el si mem sendis, kaj laŭ tiuj, kiujn ĝi asimilis el la medio, kie ĝi faris sian staĝon.
Veninte al la tempo por taksado de niaj valoroj, kiam pro la fizika morto estingiĝas la korpa vivoforto, pruntita al la spirito por la enkarna vojaĝo celanta disvolviĝon kaj servadon, reboniĝon aŭ altiĝon, ni rikoltas la fruktojn de nia konduto, kaj ofte al ni estas necese rekomenci la laboron por reĝustigi sintenojn kaj purigi sentojn, ĉe la rekonstruado de nia destino.
Tiel do la homoj hodiaŭ premegantaj la proksimulon per la socia altrangeco, en kiu ili tronas, ĉe la trompa superregado de mono, morgaŭ devas reveni al la turmentega kampo de senhaveco kaj malfeliĉo, rikoltante, sub rektaj trafoj, la radiojn de la suferado, kiujn ili semis en la grundo de la aliulaj bezonoj. Kaj se viktimoj kaj turmentantoj ne inklinas al larĝa praktikado de reciproka pardono, tiam ekestas en la socia mondo vera senelira rondo, en kiu konstante interfrapiĝas ondoj da venĝado kaj malamo, disputado kaj krimo, kiuj ja subtenas favoran terenon por deliktado.
Socioj, kiuj hieraŭ sklavigis la homan forton, estas hodiaŭ devigitaj protekti, kiel filojn el la propra sino, tiujn, kiujn ili forŝiris el la lando tiam servanta kiel ties evoluejo.
Invadantaj hordoj, kiuj ruinigas la agrojn de humilaj, sendefendaj popoloj, inter ĉi tiuj renaskiĝas, kiel idoj de la konkerita teritorio, por helpi la rekonstruadon de la institucioj, kiujn ili batis aŭ disrabis. Apartigaj grupoj, kiuj humiligas fratojn pro ties haŭtkoloro, revenas kun la malamata pigmento, rikoltante la reefikon de siaj propraj verkoj. Aristokrataj urbanoj, nesentemaj por la problemoj de la obskuraj klasoj, ĝuinte la komforton de luksegaj avenuoj, ordinare renaskiĝas en senfamaj, problem-riĉaj kvartaloj, por trinki, el la kaliko de paŭperismo, la reflektojn de tiu ridanta krueleco, kun kiu ili iam rigardis la doloron kaj la malfacilaĵojn de la idoj de l’ sufero.
En ĉiuj epokoj, la homa socio estas tiu giganta filtrilo de la spirito, en kiu la animoj, sur la vojoj de la sperto, ĉe bonhavo aŭ mizero, direktado aŭ subalterneco, rikoltas la fruktojn de la propra plantado, malrapidigante siajn paŝojn ĉe la ordinareco de la ebenaĵo aŭ ilin akcelante direkte al la vivosuproj, obee al la ordonoj de la progreso.
Libro: Penso kaj Vivo.
Emmanuel / Chico Xavier.
Sociedade
A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funcionam exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades raciais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam. Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição a posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época de aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias. E se as vitimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo. Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálix do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência aos ditames da evolução.
Livro: Pensamento e Vida.
Emmanuel / Chico Xavier.

sábado, 25 de julho de 2015

Eduko / Educação

        Eduko
Admonis al ni la Kristo: “lumu via lumo..." - (Mateo, 5:16).
Kaj li mem, la Dia Majstro, estas nia dia lumo ĉe la surplaneda evoluo.
Oni iam akceptis, ke la admono de la Sinjoro estas nura avizo mistiknatura, instiganta konfesantojn de la religiaj eksteraj kultoj al supozata postmorta elstareco en ia imaga ĉiela kortego.
Ni tamen hodiaŭ agnoskas, ke la leciono de Jesuo devas esti aplikata ĉiutage, en ĉiaj situacioj.
La nuntempa surtera scienco mem konstatas la ĉiean ĉeeston de lumo.
La homa korpo, konvene studita, montriĝis ne plu kiel kompakta materio sed ja kiel iaspeca energia portilo, strukturita per infinitezimaj partikloj, kiuj sin reciproke altiras kaj repuŝas, estigante mikroskopajn lumeksplodojn.
Kemio, Fiziko kaj Astronomio elmontras, ke la surtera homo loĝas regnon trakuratan de radioj.
En la sino de tiu glora imperio de la energio troviĝas la mensaj radioj, reguligantaj la elementojn, per kiuj la vivo esprimiĝas.
La penso estas kreiva forto, kiu eksteriĝas el la elsendanto pere de subtilaj ondoj, en cirkvitoj de ago kaj reago en la tempo. Ĝi estas tiel mezurebla kiel la fotono, kiu, elĵetita de la ĝin produktanta lumfonto, trakuras la spacon kun difinita rapido, subtenante la brilegan spiron de la Kreado.
La homa menso, ni ripetas, estas luma spegulo elsendanta kaj asimilanta radiojn.
Sed tiu spegulo restas pli malpli enfermita en la densaj ombroj de la nescio, simile al multekosta ŝtono inkrustiĝinta en kaverna erco aŭ en la anfraktoj de abismo. Por ke ĝi reflektu la ĉielan radiadon kaj el si mem ŝprucigu la propran brilon, nepre necesas, ke ĝi malimplikiĝu el la tenebroj helpe de la smirgo de l’ laboro.
Ni do konstatas la neformeteblan necesecon de eduko ĉe ĉiuj estaĵoj.
Ni memoru, ke la Eterna Bonfaranto per sia parola instruo ordonforme difinis tiun admonon, kiun ni nun pritraktas: “Lumu via lumo.”
Tio signifas, ke la lumpotencialo de nia spirito devas brilegi per sia tuta grandeco, kio atingeblas nur per la eduko, nin submetanta al la konvena cizelado. Sed la edukon, kiu kulturus la intelekton kaj perfektigus la intiman estecon, glorante scion kaj bonecon, klerecon kaj virton, oni ne atingos nur helpe de la instruo, efikanta de ekstere internen, sed ja per la konscia aliĝo de la volo.
Estas ja la volo, kiu, per si mem strebante al bono, sub nenia premo, povas liberigi kaj poluri la koron, sur ĝi ĉizante la kristalpuran facon de la animo, kapablan reflekti la Gloran Vivon kaj transformi la cerbon en altvaloran uzinon de supera energio elsendanta rebrilojn de beleco kaj sublimo.
Libro: Penso kaj Vivo.
Emmanuel / Chico Xavier.
Educação
Disse-nos o Cristo: “brilhe vossa luz ...“ (Mateus, 5:16)
E ele mesmo, o Mestre Divino, é a nossa divina luz na evolução planetária.
Admitia-se antigamente que a recomendação do Senhor fosse mero aviso de essência mística, conclamando profitentes do Culto externo da escola religiosa a suposto relevo individual, depois da morte, na imaginária corte celeste.
Hoje, no entanto, reconhecemos que a lição de Jesus deve ser aplicada em todas as condições, todos os dias.
A própria ciência terrena atual reconhece a presença da luz em toda parte.
O corpo humano, devidamente estudado, revelou-se, não mais como matéria coesa, senão espécie de veículo energético, estruturado em partículas infinitesimais que se atraem e se repelem, reciprocamente, com o efeito de microscópicas explosões de luz.
A Química, a Física e a Astronomia demonstram que o homem terrestre mora num reino entrecortado de raios.
Na intimidade desse glorioso império da energia, temos os raios mentais condicionando os elementos em que a vida se expressa.
O pensamento é força criativa, a exteriorizar-se, da criatura que o gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e reação no tempo, sendo tão mensurável como o fotônio que, arrojado pelo fulcro luminescente que o produz, percorre o espaço com Velocidade determinada, sustentando o hausto fulgurante da Criação.
A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os, repetimos.
Esse espelho, entretanto, jaz mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância, à maneira de pedra valiosa incrustada no cascalho da furna ou nas anfractuosidades do precipício. Para que retrate a irradiação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável se desentrance das trevas, à custa do esmeril do trabalho.
Reparamos, assim, a necessidade imprescritível da educação para todos os seres.
Lembremo-nos de que o Eterno Benfeitor, em sua lição verbal, fixou na forma imperativa a advertência a que nos referimos: “Brilhe vossa luz.”
Isso quer dizer que o potencial de luz do nosso espírito deve fulgir em sua grandeza plena.
E semelhante feito somente poderá ser atingido pela educação que nos propicie o justo burilamento.
Mas a educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamento do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não será conseguida tão-só à força de instrução, que se imponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e polir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a Vida Gloriosa e transformar, conseqüentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação.
Livro: Pensamento e Vida.
Emmanuel / Chico Xavier.

Justeco kaj naturaj rajtoj / Justiça e direitos Naturais

Justeco kaj naturaj rajtoj
873. Ĉu la sento de justeco troviĝas en la Naturo, aŭ ĉu ĝi rezultas el akiritaj ideoj?
Ĝi troviĝas en la Naturo en tia maniero, ke vi indignas nur pro la penso pri maljusteco. Sendube, la morala progreso pliigas tiun senton, sed ĝin ne naskas: Dio metis ĝin en la koron de la homo; jen, kial vi ofte trovas ĉe simplanimaj, nekleraj homoj pli ĝustajn ekkonojn de justeco, ol ĉe tre instruitaj homoj.
874. Se justeco estas leĝo de la Naturo, kial la maniero kompreni ĝin diversas inter la homoj tiom, ke iu opinias justa tion, kio ŝajnas maljusta al alia?
Tio okazas, ĉar enmiksiĝas en la aferon pasioj, kiuj modifas tiun senton, same kiel la plimulton de aliaj naturaj sentoj; pasioj igas vidi la faktojn tra falsa prismo.
875. Kiel oni povas difini justecon?
Justeco konsistas en respekto al ĉies rajto.       
875.a) - Kio starigas tiujn rajtojn?
Du leĝoj, nome: la homa kaj la natura leĝoj. Ĉar la homoj kreis leĝojn konformajn al iliaj moroj kaj karakteroj, tial tiuj leĝoj starigis rajtojn, kiuj povis ŝanĝiĝi kun la progreso de la civilizacio. Vidu, ĉu viaj hodiaŭaj leĝoj, cetere neperfektaj, akceptas tiajn samajn rajtojn, kiajn tiuj mezepokaj; Tamen tiuj kadukaj rajtoj, kiuj aspektas hodiaŭ monstraj, ŝajnis justaj kaj naturaj en tiu epoko. Rajto, starigita de la homo, ne ĉiam estas do konforma al justeco; krom tio, ĝi kontrolas nur iujn sociajn interrilatojn, dum, en la privata vivo, ekzistas sennombraj agoj, koncernantaj nur kaj sole al la tribunalo de la konscienco.
876. Krom la rajto starigita de la homa leĝo, kiu estas la bazo de justeco fondita sur la natura leĝo?
La Kristo diris al vi jenon: Ĉion ajn, kion vi deziras, ke la homoj faru al vi, vi ankaŭ faru al ili. Dio metis en la koron de la homo la regulon pri la vera justeco, pro la deziro, kiun ĉiu havas, vidi respektataj siajn rajtojn. Ĉe la necerteco pri tio, kion li devas fari al sia similulo, en iu cirkonstanco, la homo demandu sin mem, kiel li dezirus, ke oni kondutu kontraŭ li en tia cirkonstanco. Dio ne povus doni al homo gvidanton pli fidindan, ol ties konscienco mem.
La kriterio de la vera justeco kuŝas efektive en tio, ke oni deziru al la aliaj tion, kion oni dezirus al si mem, kaj ne, ke oni deziru al si tion, kion oni dezirus al la aliaj: tiuj du esprimoj tute ne estas egalaj. Ĉar ne estas nature deziri malbonon al si mem - se oni prenas la personan deziron kiel deirpunkton-, tial oni estas certa, ke oni deziras al la proksimulo nur bonon. En ĉiu tempo kaj en ĉiaj kredoj, la homo ĉiam penadis superstarigi sian personan rajton: la superbeleco de la kristana religio troviĝas en tio, ke ĝi faris la personan rajton la bazo de la rajto de l' proksimulo.
Libro: La Libro de la Spiritoj – Allan Kardec.
      Justiça e Direito Natural
873. O sentimento de justiça é natural ou resulta de idéias adquiridas?
É de tal modo natural que vos revoltais ao pensamento de uma injustiça. O progresso moral desenvolve sem dúvida esse sentimento, mas não o dá. Deus o pôs no coração do homem. Eis porque encontrais freqüentemente, entre os homens simples e primitivos, noções mais exatas de justiça do que entre pessoas de muito saber.
874. Se a justiça é uma lei natural, como se explica que os homens a entendam de maneiras tão diferentes, que um considere justo o que a outro parece injusto?
É que em geral se misturam paixões ao julgamento, alterando esse sentimento, como acontece com a maioria dos outros sentimentos naturais e fazendo ver as coisas sob um falso ponto de vista.
875. Como se pode definir a justiça?
A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um.
875-a. Que determina esses direitos?
São determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens feito leis apropriadas aos seus costumes e ao seu caráter, essas leis estabeleceram direitos que podem variar com o progresso. Vede se as vossas leis de hoje, sem serem perfeitas, consagram os mesmos direitos que os da Idade Média. Esses direitos superados, que vos parecem monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. O direito dos homens, portanto, nem sempre é conforme à justiça. Só regula algumas relações sociais, enquanto na vida privada há uma infinidade de atos que são de competência exclusiva do tribunal da consciência.
876. Fora do direito consagrado pela lei humana, qual a base da justiça fundada sobre a lei natural?
O Cristo vos disse: "Querer para os outros o que quereis para vós mesmos". Deus pôs no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo que tem cada um de ver os seus direitos respeitados. Na incerteza do que deve fazer para o semelhante, em uma dada circunstância, que o homem pergunte a si mesmo como desejaria que agissem com ele. Deus não lhe poderia dar um guia mais seguro que a sua própria consciência.
O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros, o que não é a mesma coisa. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar ao próximo senão o bem. Desde todos os tempos e em todas as crenças o homem procurou sempre fazer prevalecer o seu direito pessoal. O sublime da religião cristã foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo.
Livro: O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.