sábado, 29 de janeiro de 2022

Percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos / Perceptions, sensations et souffrances des Esprits. (2)

247. Para verem o que se passa em dois pontos diferentes, precisam transportar-se a esses pontos? Podem, por exemplo, ver simultaneamente nos dois hemisférios do globo?

“Como o Espírito se transporta com a rapidez do pensamento, pode-se dizer que vê em toda parte ao mesmo tempo. Seu pensamento é suscetível de irradiar, dirigindo-se a um tempo para muitos pontos diferentes, mas esta faculdade depende da sua pureza. Quanto menos puro é o Espírito, tanto mais limitada tem a visão. Só os Espíritos superiores podem com a vista abranger um conjunto.”

No Espírito, a faculdade de ver é uma propriedade inerente à sua natureza e que reside em todo o seu ser, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso. É uma espécie de lucidez universal que se estende a tudo, que abrange simultaneamente o espaço, os tempos e as coisas, lucidez para a qual não há trevas, nem obstáculos materiais. Compreende-se que deva ser assim. No homem, a visão se dá pelo funcionamento de um órgão que a luz impressiona. Daí se segue que, não havendo luz, o homem fica na obscuridade. No Espírito, como a faculdade de ver constitui um atributo seu, abstração feita de qualquer agente exterior, a visão independe da luz. (Veja-se: Ubiquidade, n° 92.)

248. O Espírito vê as coisas tão distintamente como nós?

“Mais distintamente, pois que sua vista penetra onde a vossa não pode penetrar. Nada a obscurece.”

249. Percebe os sons?

“Sim, percebe mesmo sons imperceptíveis para os vossos sentidos obtusos.”

a) – No Espírito, a faculdade de ouvir está em todo o seu ser, como a de ver?

“Todas as percepções constituem atributos do Espírito e fazem parte de seu ser. Quando o reveste um corpo material, elas só lhe chegam pelo conduto dos órgãos. Deixam, porém, de estar localizadas, em se achando ele na condição de Espírito livre.”

250. Constituindo elas atributos do próprio Espírito, ser-lhe-á possível subtrair-se às percepções?

“O Espírito unicamente vê e ouve o que quer. Dizemos isto de um ponto de vista geral e, em particular, com referência aos Espíritos elevados, porquanto os imperfeitos muitas vezes ouvem e veem, a seu malgrado, o que lhes possa ser útil ao aperfeiçoamento.”

251. São sensíveis à música os Espíritos?

“Aludes à vossa música? Que é ela comparada à música celeste? A esta harmonia de que nada na Terra vos pode dar ideia? Uma está para a outra como o canto do selvagem para uma doce melodia. Não obstante, Espíritos vulgares podem experimentar certo prazer em ouvir a vossa música, por lhes não ser dado ainda compreenderem outra mais sublime. A música possui infinitos encantos para os Espíritos, por terem eles muito desenvolvidas as qualidades sensitivas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que de mais belo e delicado pode a imaginação espiritual conceber.”

252. São sensíveis, os Espíritos, às belezas naturais?

“Tão diferentes são as belezas naturais dos mundos, que longe estamos de as conhecer. Sim, os Espíritos são sensíveis a essas belezas, de acordo com as aptidões que tenham para as apreciar e compreender. Para os Espíritos elevados, há belezas de conjunto que, por assim dizer, apagam as das particularidades.”

253. Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e sofrimentos físicos?

“Eles os conhecem, porque os sofreram; não os experimentam, porém, materialmente, como vós outros: são Espíritos.”

254. E a fadiga, a necessidade de repouso, experimentam-nas?

“Não podem sentir a fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal, como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento deixa de ser tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em um objeto determinado. É um verdadeiro repouso, mas que não é comparável ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar.”

255. Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é seu sofrimento?

“Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que os sofrimentos físicos.”

256. Como é então que alguns Espíritos se têm queixado de sofrer frio ou calor?

“É reminiscência do que padeceram durante a vida, reminiscência não raro tão aflitiva quanto a realidade. Muitas vezes, no que eles assim dizem apenas há uma comparação mediante a qual, em falta de coisa melhor, procuram exprimir a situação em que se acham. Quando se lembram do corpo que revestiram, têm impressão semelhante à de uma pessoa que, havendo tirado o manto que a envolvia, julga, passado algum tempo, que ainda o traz sobre os ombros.”

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

247. Les Esprits ont-ils besoin de se transporter pour voir sur deux points différents ? Peuvent-ils, par exemple, voir simultanément sur deux hémisphères du globe ?

« Comme l'Esprit se transporte avec la rapidité de la pensée, on peut dire qu'il voit partout à la fois ; sa pensée peut rayonner et se porter en même temps sur plusieurs points différents, mais cette faculté dépend de sa pureté : moins il est épuré, plus sa vue est bornée ; les Esprits supérieurs seuls peuvent embrasser un ensemble. »

La faculté de voir, chez les Esprits, est une propriété inhérente à leur nature, et qui réside dans tout leur être, comme la lumière réside dans toutes les parties d'un corps lumineux ; c'est une sorte de lucidité universelle qui s'étend à tout, embrasse à la fois l'espace, les temps et les choses, et pour laquelle il n'y a ni ténèbres, ni obstacles matériels. On comprend qu'il doit en être ainsi ; chez l'homme, la vue s'opérant par le jeu d'un organe frappé par la lumière, sans lumière il est dans l'obscurité ; chez l'Esprit, la faculté de voir étant un attribut de lui-même, abstraction faite de tout agent extérieur, la vue est indépendante de la lumière. (Voy. Ubiquité, n° 92).

248. L'Esprit voit-il les choses aussi distinctement que nous ?

« Plus distinctement, car sa vue pénètre ce que vous ne pouvez pénétrer ; rien ne l'obscurcit. »

249. L'Esprit perçoit-il les sons ?

« Oui, et il en perçoit que vos sens obtus ne peuvent percevoir. »

- La faculté d'entendre est-elle dans tout son être, comme celle de voir ?

« Toutes les perceptions sont des attributs de l'Esprit et font partie de son être ; lorsqu'il est revêtu d'un corps matériel, elles ne lui arrivent que par le canal des organes ; mais à l'état de liberté elles ne sont plus localisées. »

250. Les perceptions étant des attributs de l'Esprit lui-même, lui est-il possible de s'y soustraire ?

« L'Esprit ne voit et n'entend que ce qu'il veut. Ceci est dit en général, et surtout pour les Esprits élevés, car pour ceux qui sont imparfaits, ils entendent et voient souvent malgré eux ce qui peut être utile pour leur amélioration. »

251. Les Esprits sont-ils sensibles à la musique ?

« Veux-tu parler de votre musique ? Qu'est-elle auprès de la musique céleste ? de cette harmonie dont rien sur la terre ne peut vous donner une idée ? L'une est à l'autre ce qu'est le chant du sauvage à la suave mélodie. Cependant, des Esprits vulgaires peuvent éprouver un certain plaisir à entendre votre musique, parce qu'il ne leur est pas encore donné d'en comprendre une plus sublime. La musique a pour les Esprits des charmes infinis, en raison de leurs qualités sensitives très développées ; j'entends la musique céleste, qui est tout ce que l'imagination spirituelle peut concevoir de plus beau et de plus suave. »

252. Les Esprits sont-ils sensibles aux beautés de la nature ?

« Les beautés de la nature des globes sont si différentes, qu'on est loin de les connaître. Oui, ils y sont sensibles selon leur aptitude à les apprécier et à les comprendre ; pour les Esprits élevés il y a des beautés d'ensemble devant lesquelles s'effacent, pour ainsi dire, les beautés de détail. »

253. Les Esprits éprouvent-ils nos besoins et nos souffrances physiques ?

« Ils les connaissent, parce qu'ils les ont subis, mais ils ne les éprouvent pas comme vous matériellement : ils sont Esprits. »

254. Les Esprits éprouvent-ils la fatigue et le besoin du repos ?

« Ils ne peuvent ressentir la fatigue telle que vous l'entendez, et par conséquent ils n'ont pas besoin de votre repos corporel, puisqu'ils n'ont pas des organes dont les forces doivent être réparées ; mais l'Esprit se repose en ce sens qu'il n'est pas dans une activité constante ; il n'agit pas d'une manière matérielle ; son action est tout intellectuelle et son repos tout moral ; c'est-à-dire qu'il y a des moments où sa pensée cesse d'être aussi active et ne se porte pas sur un objet déterminé ; c'est un véritable repos, mais qui n'est pas comparable à celui du corps. L'espèce de fatigue que peuvent éprouver les Esprits est en raison de leur infériorité ; car plus ils sont élevés, moins le repos leur est nécessaire. »

255. Lorsqu'un Esprit dit qu'il souffre, quelle nature de souffrance éprouve-t-il ?

« Angoisses morales qui le torturent plus douloureusement que les souffrances physiques. »

256. D'où vient alors que des Esprits se sont plaints de souffrir du froid ou de la chaleur ?

« Souvenir de ce qu'ils avaient enduré pendant la vie, aussi pénible quelquefois que la réalité ; c'est souvent une comparaison par laquelle, faute de mieux, ils expriment leur situation. Lorsqu'ils se souviennent de leur corps, ils éprouvent une sorte d'impression, comme lorsqu'on quitte un manteau, et qu'on croit encore le porter quelque temps après. »

LE LIVRE DES ESPRITS – Allan Kardec.

Preces do Coração - Lourival Lopes. (8)

 

Senhor!

Quero obter uma melhoria ampla, profunda, que me toque por dentro e por fora, que me eleve a saúde, o sentimento, o pensamento e que me faça sentir mais capaz, mais inteligente e virtuoso. Para ter mais saúde, mentalizo uma luz penetrando o meu corpo e eliminando traumas e imperfeições. Idealizo sadios os meus pés, as minhas pernas, o meu abdômen, a minha caixa toráxica, a minha cabeça. E suas partes menores: nos pés, focalizo as unhas, os dedos, as veias, o calcanhar e assim, o corpo todo. Mentalizo o cérebro  demoradamente. Estou melhorando o pensamento, o sentimento e aprimorando o meu relacionamento com os outros. Estou a caminho da perfeição. Tenho fortes qualidades ainda não desenvolvidas e força da inteligência e do amor capazes de me levar às mansões do Infinito, onde resplandecerei junto a Ti. Assim creio. Obrigado! Obrigado!

Livro: Preces do Coração.

Lourival Lopes. (8)

CIII (Corpo-mente / Menso-korpo)

Examina quanto tempo diariamente dedicas à tua vida espiritual.

Trabalhas, veste-te, distrai-te, alimenta-te, dormes e reservas breves minutos ao Espírito encarnado, mediante uma rápida oração, uma pequena leitura, ou ouves uma palestra, às vezes nenhuma destas concessões lhe facultas.

O homem não é somente o corpo/mente. Antes de tudo é o ser espiritual, que conduz os implementos corpo/mente e exige atendimento espiritual para bem executar as tarefas que lhe dizem respeito.

O corpo necessita de cuidados para viver, mas, a alma, também.

Livro: Vida Feliz.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

Ekzamenu kiom da tempo vi dediĉas ĉiutage al via spirita  vivo.

Vi laboras, vin vestas, amuziĝas, manĝas, dormas kaj rezervas malmultajn minutojn al la enkarna spirito per rapida preĝo, mallonga legaĵo, aŭ aŭdas paroladon, kelkfoje eĉ tion vi ne faras.

La homo ne estas nur menso-korpo. Antaŭ ĉio li estas la spirita estulo, kiu kondukas la ilojn de la menso kaj korpo kaj postulas spiritan prizorgadon por bone plenumi siajn taskojn.

La korpo bezonas zorgojn por vivi, sed ankaŭ la animo.

Libro: Vivo Feliĉa.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

CAFÉ com EVANGELHO MUNDIAL com CECÍLIA CUNHA, Lição 89: O FRACASSO DE P...

Autopreservação - Saulo Cesar em Reflexões Diárias com Emmanuel

domingo, 23 de janeiro de 2022

Percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos / Perceptions, sensations et souffrances des Esprits. (1)

237. Uma vez de volta ao mundo dos Espíritos, conserva a alma as percepções que tinha quando encarnada?

“Sim, além de outras de que não dispunha, porque o corpo, qual véu sobre elas lançado, as obscurecia. A inteligência é um atributo do Espírito, que, no entanto, se manifesta mais livremente quando este não tem entraves a vencer.”

238. São ilimitados os conhecimentos e as percepções dos Espíritos? Numa palavra: eles sabem tudo?

“Quanto mais se aproximam da perfeição, tanto mais sabem. Se são Espíritos superiores, sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes acerca de tudo.”

239. Conhecem os Espíritos o princípio das coisas?

“Depende da elevação e da pureza que hajam atingido. Acerca disso, os de ordem inferior não sabem mais do que os homens.”

240. A duração, os Espíritos a compreendem como nós?

“Não, e daí vem que nem sempre nos compreendeis quando se trata de determinar datas ou épocas.”

Os Espíritos vivem fora do tempo como o compreendemos. A duração, para eles, deixa, por assim dizer, de existir. Os séculos, para nós tão longos, não passam, aos olhos deles, de instantes que se perdem na eternidade, do mesmo modo que os relevos do solo se apagam e desaparecem para quem se eleva no espaço.

241. Os Espíritos fazem do presente uma ideia mais precisa e justa do que nós?

“Do mesmo modo que aquele que vê bem faz ideia mais justa das coisas do que o cego. Os Espíritos veem o que não vedes. Logo, apreciam as coisas diversamente do modo por que o fazeis. Mas também isso depende da elevação deles.”

242. Como é que os Espíritos têm conhecimento do passado? E esse conhecimento lhes é ilimitado?

“O passado, quando com ele nos ocupamos, é presente. Verifica-se então, precisamente, o que se passa contigo quando recordas qualquer coisa que te impressionou no curso do teu exílio. Simplesmente, como já nenhum véu material nos tolda a inteligência, lembramo-nos mesmo daquilo que se te apagou da memória. Mas nem tudo os Espíritos sabem, a começar pela sua própria criação.”

243. E o futuro, os Espíritos o conhecem?

“Ainda isto depende da elevação que tenham conquistado. Muitas vezes apenas o entreveem, porém nem sempre lhes é permitido revelá-lo. Quando o veem, parece-lhes presente. À medida que se aproxima de Deus, tanto mais claramente o Espírito descortina o futuro. Depois da morte, a alma vê e apreende num golpe de vista suas passadas migrações, mas não pode ver o que Deus lhe reserva. Para que tal aconteça, preciso é que, ao cabo de múltiplas existências, se haja integrado nele.”

a) – Os Espíritos que alcançaram a perfeição absoluta têm conhecimento completo do futuro?

“Completo não se pode dizer, pois só Deus é soberano senhor e ninguém o pode igualar.”

244. Os Espíritos vêem a Deus?

“Só os Espíritos superiores o vêem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham.”

a) – Quando um Espírito inferior diz que Deus lhe proíbe ou permite uma coisa, como sabe que isso lhe vem dele?

“Ele não vê a Deus, mas sente a sua soberania e, quando não deva ser feita alguma coisa ou dita uma palavra, percebe, como por intuição, a proibição de fazê-la ou dizê-la. Não tendes vós mesmos pressentimentos, que se vos afiguram avisos secretos, para fazerdes, ou não, isto ou aquilo? O mesmo nos acontece, se bem que em grau mais alto, pois compreendes que, sendo mais sutil do que as vossas a essência dos Espíritos, podem estes receber melhor as advertências divinas.”

b) – Deus transmite diretamente a ordem ao Espírito, ou por intermédio de outros Espíritos?

“Ela não lhe vem direta de Deus. Para se comunicar com Deus, é-lhe necessário ser digno. Deus lhe transmite suas ordens por intermédio de Espíritos superiores em perfeição e instrução.”

245. Os Espíritos têm circunscrita a visão, como os seres corpóreos?

“Não, ela reside neles.”

246. Precisam da luz para ver?

“Vêem por si mesmos, sem precisarem de luz exterior. Para os Espíritos não há trevas, salvo as em que podem achar-se por expiação.”

O Livro dos Espíritos –Allan Kardec.

Perceptions, sensations et souffrances des Esprits

237. L'âme, une fois dans le monde des Esprits, a-t-elle encore les perceptions qu'elle avait de son vivant ?

« Oui, et d'autres qu'elle ne possédait pas, parce que son corps était comme un voile qui les obscurcissait. L'intelligence est un attribut de l'Esprit, mais qui se manifeste plus librement quand il n'a pas d'entraves. »

238. Les perceptions et les connaissances des Esprits sont-elles indéfinies ; en un mot, savent-ils toutes choses ?

« Plus ils approchent de la perfection, plus ils savent ; s'ils sont supérieurs, ils savent beaucoup ; les Esprits inférieurs sont plus ou moins ignorants sur toutes choses. »

239. Les Esprits connaissent-ils le principe des choses ?

« C'est selon leur élévation et leur pureté ; les Esprits inférieurs n'en savent pas plus que les hommes. »

240. Les Esprits comprennent-ils la durée comme nous?

« Non, et c'est ce qui fait que vous ne nous comprenez pas toujours quand il s'agit de fixer des dates ou des époques. »

Les Esprits vivent en dehors du temps tel que nous le comprenons ; la durée, pour eux, s'annule pour ainsi dire, et les siècles, si longs pour nous, ne sont à leurs yeux que des instants qui s'effacent dans l'éternité, de même que les inégalités du sol s'effacent et disparaissent pour celui qui s'élève dans l'espace.

241. Les Esprits ont-ils du présent une idée plus précise et plus juste que nous ?

« A peu près comme celui qui voit clair a une idée plus juste des choses que l'aveugle. Les Esprits voient ce que vous ne voyez pas ; ils jugent donc autrement que vous ; mais encore une fois cela dépend de leur élévation. »

242. Comment les Esprits ont-ils la connaissance du passé, et cette connaissance est-elle sans limite pour eux ?

« Le passé, quand nous nous en occupons, est un présent, absolument comme toi tu te rappelles une chose qui t'a frappé dans le cours de ton exil. Seulement, comme nous n'avons plus le voile

243. Les Esprits connaissent-ils l'avenir ?

« Cela dépend encore de la perfection ; souvent ils ne font q matériel qui obscurcit ton intelligence, nous nous rappelons des choses qui sont effacées pour toi, mais tout n'est pas connu des Esprits : leur création d'abord. »ue l'entrevoir, mais il ne leur est pas toujours permis de le révéler ; quand ils le voient, il leur semble présent. L'Esprit voit l'avenir plus clairement à mesure qu'il se rapproche de Dieu. Après la mort, l'âme voit et embrasse d'un coup d'oeil ses émigrations passées, mais elle ne peut voir ce que Dieu lui prépare ; il faut pour cela qu'elle soit tout entière en lui après bien des existences. »

- Les Esprits arrivés à la perfection absolue ont-ils une connaissance complète de l'avenir ?

« Complète n'est pas le mot, car Dieu seul est le souverain maître, et nul ne peut l'égaler. »

244. Les Esprits voient-ils Dieu ?

« Les Esprits supérieurs seuls le voient et le comprennent ; les Esprits inférieurs le sentent et le devinent. »

- Quand un Esprit inférieur dit que Dieu lui défend ou lui permet une chose, comment sait-il que cela vient de lui ?

« Il ne voit pas Dieu, mais il sent sa souveraineté et, lorsqu'une chose ne doit pas être faite ou une parole dite, il ressent comme une intuition, un avertissement invisible qui lui défend de le faire. Vous-mêmes n'avez-vous pas des pressentiments qui sont pour vous comme des avertissements secrets de faire ou de ne pas faire telle ou telle chose ? Il en est de même pour nous, seulement à un degré supérieur, car tu comprends que l'essence des Esprits étant plus subtile que la vôtre, ils peuvent mieux recevoir les avertissements divins. »

- L'ordre lui est-il transmis directement par Dieu, ou par l'intermédiaire d'autres Esprits ?

« Il ne lui vient pas directement de Dieu ; pour communiquer avec lui, il faut en être digne. Dieu lui transmet ses ordres par des Esprits qui se trouvent plus élevés en perfection et en instruction. »

245. La vue, chez les Esprits, est-elle circonscrite, comme dans les êtres corporels ?

« Non, elle réside en eux. »

246. Les Esprits ont-ils besoin de la lumière pour voir ?

« Ils voient par eux-mêmes et n'ont pas besoin de la lumière extérieure ; pour eux, point de ténèbres, hormis celles dans lesquelles ils peuvent se trouver par expiation. »

LE LIVRE DES ESPRITS – Allan Kardec.

Porque sentimos cansaço mental.

Nossa morada - Saulo Cesar em Reflexões Diárias com Emmanuel

sábado, 22 de janeiro de 2022

Mundos transitórios / Übergangswelten / Mondi transitori.

234. Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações e de pontos de repouso aos Espíritos errantes?

“Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.”

a) – Os Espíritos que habitam esses mundos podem deixá-los livremente?

“Sim, os Espíritos que se encontram nesses mundos podem deixá-los, a fim de irem para onde devam ir. Figurai-os como bandos de aves que pousam numa ilha, para aí aguardarem que se lhes refaçam as forças, a fim de seguirem seu destino.”

235. Enquanto permanecem nos mundos transitórios os Espíritos progridem?

“Certamente. Os que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem, e de poderem mais facilmente obter permissão para passar a outros lugares melhores e chegar à posição que os eleitos atingem.”

236. Pela sua natureza especial, os mundos transitórios se conservam perpetuamente destinados aos Espíritos errantes?

“Não, a condição deles é meramente temporária.”

a) – Esses mundos são ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos?

“Não; estéril é neles a superfície. Os que os habitam de nada precisam.”

b) – É permanente essa esterilidade e decorre da natureza especial que apresentam?

“Não; são estéreis transitoriamente.”

c) – Os mundos dessa categoria carecem então de belezas naturais?

“A natureza reflete as belezas da imensidade, que não são menos admiráveis do que aquilo a que dais o nome de belezas naturais.”

d) – Sendo transitório o estado de semelhantes mundos, a Terra pertencerá algum dia ao números deles?

“Já pertenceu.”

e) – Em que época?

“Durante a sua formação.”

Nada é inútil na natureza; tudo tem um fim, uma destinação. Em lugar algum há o vazio; tudo é habitado, há vida em toda parte. Assim, durante a dilatada sucessão dos séculos que passaram antes do aparecimento do homem na Terra, durante os lentos períodos de transição que as camadas geológicas atestam, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos, naquela massa informe, naquele árido caos, onde os elementos se achavam em confusão, não havia ausência de vida. Seres isentos das nossas necessidades, das nossas sensações físicas, lá encontravam refúgio. Quis Deus que, mesmo assim, ainda imperfeita, a Terra servisse para alguma coisa. Quem ousaria afirmar que, entre os milhares de mundos que giram na imensidade, um só, um dos menores, perdido no seio da multidão deles, goza do privilégio exclusivo de ser povoado? Qual então a utilidade dos demais? Tê-los-ia Deus feito unicamente para nos recrearem a vista? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que esplende em todas as suas obras, e inadmissível desde que ponderemos na existência de todos os que não podemos perceber. Ninguém contestará que, nesta ideia da existência de mundos ainda impróprios para a vida material e, não obstante, já povoados de seres vivos apropriados a tal meio, há qualquer coisa de grande e sublime, em que talvez se encontre a solução de mais de um problema.

O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.

234. Gibt es, wie behauptet wurde, Welten, welche den herumirrenden Geistern als Stationen und Ruhepunkte dienen?

„Ja, es gibt Welten, die für die herumirrenden Wesen bestimmt sind und in denen sie kürzere oder längere Zeit wohnen können: gewissermaßen Lagerstätten, in denen sie von einem allzu langen Wandern, das immer etwas beschwerlich ist, sich ausruhen können. Zwischenstationen zwischen den anderen Welten, abgestuft je nach der Natur der sie aufsuchenden Geister, die nun hier ein mehr oder weniger großes Glück genießen.“

234a. Können die diese Welten bewohnenden Geister die selben nach Belieben verlassen?

„Ja, sie können sich von denselben trennen, um dahin zu gehen, wohin sie sollen. Denkt euch Zugvögel, die sich auf einer Insel niederlassen, bis sie neue Kräfte gesammelt haben, um ihre Reise fortzusetzen.“

235. Schreiten die Geister während ihrem Aufenthalt in den Übergangswelten auch fort?

„Gewiss. Die, welche sich so zusammentun, haben dabei den Zweck sich zu unterrichten, um leichter die Erlaubnis zu erhalten, sich nach besseren Orten zu begeben und schließlich die Stellung der Auserwählten zu erringen.“

236. Sind die Übergangswelten stets und dank ihrer besonderen Natur andauernd für die wandernden Geister bestimmt?

„Nein, denn ihr Zustand ist nur ein vorübergehender.“

236a. Sind sie gleichzeitig von leiblichen Wesen bewohnt?

„Nein, Ihre Oberfläche ist unfruchtbar. Wer sie bewohnt, hat kein Bedürfnis.“

236b. Ist diese Unfruchtbarkeit eine dauernde und hängt sie von ihrer besonderen Natur ab?

„Nein, sie sind nur vorübergehend in diesem Zustand.“

236c. Diese Welten müssten dann keine Naturschönheiten besitzen?

„Die Natur zeigt sich hier in den Schönheiten der Unendlichkeit, die nicht minder bewunderungswert sind, als das was ihr Naturschönheiten nennt.“

236d. Wird unsere Erde, da der Zustand jener Welten ein vorübergehender ist, einst auch zu ihrer Zahl gehören?

„Sie hat dazu gehört.“

236e. Wann?

„Während ihrer Entstehung.“

Nichts ist unnütz in der Natur. Jedes Ding hat seinen Zweck, seine Bestimmung. Nichts ist leer, alles ist bewohnt, überall ist Leben. So gab es keinen Zustand ohne Leben, während jener langen Reihe von Jahrhunderten, die vor des Menschen Erscheinung auf Erden verflossen, während jener langsamen, von den geologischen Schichten erzeugten Übergangsperioden, selbst vor der Entstehung der ersten organischen Wesen, auf jener gestaltlosen Masse, in jenem unfruchtbaren Chaos, wo die Elemente durcheinander gärten. Wesen, die weder unsere physischen Bedürfnisse, noch unsere Empfindungen hatten, fanden hier ihre Zuflucht. Gott wollte, dass die Erde selbst in diesem unfertigen Zustand zu etwas diente. Wer wagt es zu behaupten, dass unter jenen Milliarden Welten, die in der Unendlichkeit dahinrollen, eine einzige, eine der kleinsten, verloren in der Menge, das ausschließliche Vorrecht hat, bewohnt zu sein? Was wäre da der Nutzen der anderen? Sollte sie Gott nur geschaffen haben, um unsere Augen zu ergötzen? Ungereimter Gedanke, unverträglich mit jener Weisheit, die allen seinen Werken entstrahlt und unannehmbar, wenn man an alle die denkt, die wir nicht wahrnehmen können. Niemand wird es bestreiten, dass in diesem Gedanken von Welten, die sich zum stofflichen Leben noch nicht eignen und doch von lebendigen Wesen bevölkert sind, die für diesen Zustand passen, etwas Großes und Erhabenes liegt, worin vielleicht die Lösung von mehr als einem Rätsel zu suchen ist.

DAS BUCH DER GEISTER – Allan Kardec.

234. Esistono, come già e stato detto, dei mondi che servano agli Spiriti erranti come stazioni transitorie o luoghi di sosta?

«Sì. Ci sono dei mondi destinati in particolare agli esseri erranti, mondi nei quali essi possono abitare per qualche tempo. Sono specie di bivacchi, di campi per riposarsi da un troppo lungo errare, stato questo sempre piuttosto penoso. Sono delle posizioni intermedie fra gli altri mondi, graduate secondo la natura degli Spiriti, i quali possono soggiornarvi e godere di un benessere più o meno grande.»

234a. Gli Spiriti che abitano questi mondi possono lasciarli quando vogliono?

«Sì. Gli Spiriti che si trovano in questi mondi possono staccarsene per andare dove devono recarsi. Immaginatevi degli uccelli migratori che atterrino su un'isola, in attesa di riprendere le forze per recarsi al luogo di destinazione.»

235. Gli Spiriti progrediscono durante le loro soste nei mondi transitori?

«Certamente. Quelli che si riuniscono così lo fanno con lo scopo di istruirsi e di poter più facilmente ottenere il permesso di recarsi in luoghi migliori e raggiungere la posizione che ottengono gli eletti.»

236. I mondi transitori, per la loro particolare natura, sono destinati perpetuamente agli Spiriti erranti?

«No. La loro situazione è solo temporanea.»

236a. Questi mondi sono abitati contemporaneamente da esseri fisici?

«No. La loro superficie e sterile. Coloro che li abitano non hanno bisogno di niente.»

236b. Questa sterilità è permanente e concerne la loro particolare natura?

«No. Essi sono sterili transitoriamente.»

236c. Questi mondi allora sono privi di bellezze naturali?

«La natura si manifesta attraverso le bellezze dell'immensità, che non sono meno ammirevoli di quelle che voi chiamate le bellezze della natura.»

236d. Poiché lo stato di questi mondi e transitorio, la nostra Terra sarà parte un giorno di quel numero?

«Lo è stata.»

236e. In quale epoca?

«Durante la sua formazione.»

Niente e inutile in natura: ogni cosa ha il suo scopo, la sua finalità. Niente è vuoto, tutto è abitato, la vita è dappertutto. Così nel lungo corso dei secoli che si sono succeduti prima dell'apparizione dell'uomo sulla Terra, durante questi lenti periodi di transizione, attestati dagli strati geologici, prima ancora della formazione dei primi esseri organici, su questa massa informe, in questo arido caos dove gli elementi erano confusi, non c'era assenza di vita. Vi trovavano rifugio esseri che non avevano né i nostri bisogni né le nostre sensazioni fisiche. Dio ha voluto che, anche in questa condizione imperfetta, questo nostro mondo servisse a qualcosa. Pertanto chi oserebbe dire, che fra i miliardi di mondi che ruotano nell'immensità, uno solo, uno dei più piccoli, perso nella moltitudine, ebbe il privilegio esclusivo di essere popolato? Quale sarebbe dunque l'utilità degli altri? Dio li avrebbe fatti al solo scopo di ricreare i nostri occhi? Supposizione assurda, incompatibile con la saggezza che scaturisce da tutte le Sue opere, e inammissibile se si pensa a tutte quelle cose che non possiamo percepire. Nessuno contesterà che, in questa idea di mondi non ancora adatti alla vita materiale, e tuttavia popolati da esseri viventi idonei a questo ambiente, c’è qualcosa di grande e di sublime, dove forse si trova la soluzione a più di un problema.

IL LIBRO DEGLI SPIRITI – Allan Kardec.

Fotos - 57 Anos de Existência da atual encarnação.






Pilar - Alagoas (Palestra no Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade no dia 20 / 01 / 2021 - Segunda palestra do ano)



"Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão sobre nós mesmos. " – Carl Gustav Jung.

"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta." – Carl Gustav Jung.

Gratidão eterna a Deus, pais,   professores, familiares, e amigos. 57 anos de vida. Que minhas eternas companheiras sejam a fé, a sabedoria e a resignação. (Aniversário: 19 / 01 / 1965)

Vida Feliz CII (O Pão do Espírito / Spirita Pano)

Este teu cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e de mau humor, é um sinal vermelho de perigo em tua vida.

Resulta da maneira irregular de como vens aplicando os teus recursos e energias, sem o competente refazimento.

Não te bastará dormir, dar descanso ao corpo, se permaneceres emocionalmente inquieto, ansioso.

Assim, dá um balanço dos teus atos, medita em profundidade e perceberás que te está faltando o pão do espírito, que nutre e reconforta.

Reorganiza a vida e busca o equilíbrio, enquanto é tempo.

FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 102.

 

Tiu konstanta laciĝo, sekvata de malĝojo kaj malbonhumoro, estas averto pri danĝero en via vivo.

Ĝi rezultas el neordinara maniero, kiel vi uzas viajn rimedojn kaj energiojn, sen la necesa reprovizo.

Ne sufiĉos al vi dormi, ripozigi la korpon, se vi estas emocie maltrankvila, senpacienca.

Tiamaniere atentu pri viaj agoj, meditu profunde kaj vi konstatos, ke mankas al vi la "spirita pano", kiu nutras kaj revigligas.

Reorganizu do la vivon, kaj serĉu la ekvilibron dum la tempo.

Libro: Vivo Feliĉa.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.

Preces do Coração - Lourival Lopes. (7)

 


Senhor!

Faze-me tranquilo nas necessidades. Tenho necessidades, como trabalhar, de comprar, de pagar, de estar presente e de solucionar problemas. Perante o que fazer, fico indeciso e intranquilo; sinto-me incapaz e a esperar o insucesso. Mas tenho que mudar isso. Sou inteiramente capaz. Tenho a competência, a qualidade, a inteligência, a saúde, a disposição e as coisas são perfeitamente realizáveis. Revisto-me, pois, neste instante, da poderosa força que nasce de Ti e passo a considerar insignificante as minhas tarefas e compromissos, pois que posso realizá-los a tempo e a hora. Com este novo pensar, transformarei inimigos em amigos; o que comprar, o que fazer, o que cumprir, serão ações agradáveis; viverei aliviado de tensões, problemas, angústias. Compreendo, agora, que tudo colabora para o meu engrandecimento íntimo, ensejando-me um futuro de dias alegres e noites tranquilas. Obrigado! Obrigado!

Livro: Preces do Coração.

Lourival Lopes. (7)

Citações - 14





CAFÉ com EVANGELHO MUNDIAL com SÓCRATES PEREIRA SILVA, Lição 86: JESUS...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Espíritos errantes / ESPÍRITUS ERRANTES.

223. A alma reencarna logo depois de se haver separado do corpo?

“Algumas vezes reencarna imediatamente, porém, de ordinário só o faz depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata. Sendo aí menos grosseira a matéria corporal, o Espírito, quando encarnado nesses mundos, goza quase que de todas as suas faculdades de Espírito, sendo o seu estado normal o dos sonâmbulos lúcidos entre vós.”

224. Que é a alma no intervalo das encarnações?

“Espírito errante, que aspira a novo destino; fica esperando.”

a) – Quanto podem durar esses intervalos?

“Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há limite máximo estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada a purificá-lo das máculas de suas existências precedentes.”

b) – Essa duração depende da vontade do Espírito, ou lhe pode ser imposta como expiação?

“É uma consequência do livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem. Mas, também, para alguns, constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos que só na condição de Espírito livre podem efetuar-se com proveito.”

225. A erraticidade é, por si só, um sinal de inferioridade dos Espíritos?

“Não, porquanto há Espíritos errantes de todos os graus. A encarnação é um estado transitório, já o dissemos. Em seu estado normal o Espírito está liberto da matéria.”

226. Poder-se-á dizer que são errantes todos os Espíritos que não estão encarnados?

“Sim, com relação aos que tenham de reencarnar. Não são errantes, porém, os Espíritos puros que chegaram à perfeição. Esses se encontram no seu estado definitivo.”

No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens, ou graus, pelos quais vão passando sucessivamente, à medida que se purificam. Com relação ao estado em que se acham, podem ser: encarnados, isto é, ligados a um corpo; errantes, isto é, sem corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros, isto é, perfeitos, não precisando mais de encarnação.

Entre os Espíritos não encarnados, há aqueles que têm missões a cumprir, que se entregam a ocupações ativas, gozando de relativa felicidade. Outros como que flutuam no vazio e na incerteza; são estes os errantes, na acepção própria do termo, constituindo, na realidade, o que se designa pela expressão almas a penar. Os primeiros nem sempre se consideram errantes, porque fazem uma distinção entre sua situação e a dos outros. (1015.) (Este último parágrafo é parte da Errata da 5ª edição, de 1865.)

227. De que modo se instruem os Espíritos errantes? Certo não o fazem do mesmo modo que nós outros?

“Estudam o seu passado e procuram meios de elevar-se. Veem, observam o que ocorre nos lugares aonde vão; ouvem os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados, e tudo isso lhes incute ideias que antes não tinham.”

228. Conservam os Espíritos algumas das paixões humanas?

“Ao perderem o envoltório, os Espíritos elevados deixam as paixões más e só guardam a do bem; mas os Espíritos inferiores as conservam; pois do contrário pertenceriam à primeira ordem.”

229. Por que, deixando a Terra, não deixam aí os Espíritos todas suas más paixões, uma vez que lhes reconhecem os inconvenientes?

“Vês nesse mundo pessoas excessivamente invejosas. Imaginas que, mal o deixam, perdem esse defeito? Acompanha os que da Terra partem, sobretudo os que alimentaram paixões bem acentuadas, uma espécie de atmosfera que os envolve, conservando-lhes o que têm de mau, por não se achar o Espírito inteiramente desprendido da matéria. Só por momentos ele entrevê a verdade, que assim lhe aparece como que para mostrar-lhe o bom caminho.”

230. Na erraticidade, o Espírito progride?

“Pode melhorar-se muito, tais sejam a vontade e o desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na existência corporal é que põe em prática as novas ideias que adquiriu.”

231. São felizes ou desgraçados os Espíritos errantes?

“Mais ou menos, conforme seus méritos. Sofrem por efeito das paixões cujo princípio conservaram, ou são felizes, de conformidade com o grau de desmaterialização a que hajam chegado. Na erraticidade, o Espírito percebe o que lhe falta para ser mais feliz e, desde então, procura os meios de alcançá-lo. Nem sempre, porém, lhe é permitido reencarnar segundo sua vontade, representando isso, para ele, uma punição.”

232. Podem os Espíritos errantes ir a todos os mundos?

“Depende. Pelo simples fato de haver deixado o corpo, o Espírito não se acha completamente desprendido da matéria, e continua a pertencer ao mundo onde acabou de viver, ou a outro do mesmo grau, a menos que durante a vida se tenha elevado, o que, aliás, constitui o objetivo para que devem tender seus esforços, pois, do contrário, nunca se aperfeiçoaria. Pode, no entanto, ir a alguns mundos superiores, mas na qualidade de estrangeiro. A bem dizer, consegue apenas entrevê-los, donde lhe nasce o desejo de melhorar-se, para ser digno da felicidade de que gozam os que os habitam, e poder habitá-los mais tarde.”

233. Os Espíritos já purificados vêm aos mundos inferiores?

“Fazem-no frequentemente, com o fim de auxiliar-lhes o progresso. A não ser assim, esses mundos estariam entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los.”

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.

223. ¿El alma se encarna inmediatamente después de su separación del cuerpo?

«A veces inmediatamente, pero con más frecuencia después de intervalos más o menos largos. En los mundos su periores la reencarnación es casi siempre inmediata. Siendo menos grosera la materia corporal, el espíritu en ella encarnado goza de casi todas sus facultades de espíritu, y su estado normal es el de vuestros sonámbulos lúcidos».

224. ¿Qué es el alma en el intervalo de las encarnaciones?

«Espíritu errante que aspira a su nuevo destino; espera».

-¿Cuál puede ser la duración de esos intervalos?

«Desde algunas horas a algunos miles de siglos. Por lo demás, hablando con exactitud, no hay límite extremo señalado al estado errante, que puede prolongarse mucho tiempo; pero nunca es perpetuo, pues el espíritu puede siempre. tarde o temprano, volver a empezar una existencia que sirve para purificar sus existencias anteriores».

-¿Esa duración está subordinada a la voluntad del espíritu, o puede serle impuesta como expiación?

«Es consecuencia del libre albedrío. Los espíritus saben perfectamente lo que hacen; pero los hay también para quienes aquélla es un castigo impuesto por Dios. Otros piden la prolongación de semejante estado para proseguir ciertos estudios que sólo los espíritus errantes pueden hacer con provecho».

225. ¿La erraticidad es en si misma señal de inferioridad del espíritu?

»No; porque hay espíritus errantes de todos los grados. La encarnación es un estado transitorio, como tenemos dicho, y en estado normal el espíritu está desprendido de la materia».

226. ¿Puede decirse que todos los espíritus que no están encarnados están errantes?

«Los que se han de reencarnar, sí; pero los espíritus puros que han llegado a la perfección, no están errantes: su estado es definitivo».

Bajo el aspecto de las cualidades intimas, los espíritus son de diferentes órdenes o grados que sucesivamente recorren, a medida que se purifican. Por su estado, pueden estar: encarnados, es decir, unidos a un cuerpo; errantes, es decir, separados del cuerpo material y esperando una nueva encarnación para mejorarse, y pueden ser espirítus puros, es decir, perfectos y sin necesidad de nuevas encarnaciones.

227. ¿De qué modo se instruyen los espíritus errantes, pues sin duda no lo hacen de la misma manera que nosotros?

«Estudian su pasado e inquieren los medios de elevarse. Miran y observan lo que ocurre en los lugares que recorren; oyen los discursos de los hombres ilustres y las advertencias de los espíritus más elevados, y todo esto les proporciona ideas de que carecían».

228. ¿Los espíritus conservan algunas de las pasiones humanas?

«Los espíritus elevados, al dejar su envoltura, dejan las malas pasiones y no conservan más que las buenas; pero los espíritus inferiores no se desprenden de aquéllas, pues de otro modo pertenecerían al primer orden».

229. ¿Por qué los espíritus, al dejar la tierra, no abandonan todas sus malas pasiones, puesto que ven sus inconvenientes?

«En este mundo hay personas excesivamente celosas, ¿crees que al abandonarlo se desprenden de ese defecto? Después de salir de la tierra, les queda, sobre todo a los que han tenido pasiones dominantes, una especie de atmósfera que les rodea y les coñserva todas esas cosas malas; porque el espíritu no está completamente desprendido de ellas, y sólo en ciertos momentos entrevé la verdad, como para enseñarle el buen camino».

230. ¿ Progresa el espíritu en estado errante?

«Puede mejorarse mucho, siempre según su voluntad y su deseo; pero en la existencia corporal es donde practica las nuevas ideas que ha adquirido».

231. ¿Son felices o desgraciados los espíritus errantes?

«Más o menos, según su mérito. Sufren las consecuencias de las pasiones cuyo principio han conservado, o bien son felices según están más o menos desmaterializados. En estadó errante, el espíritu entrevé lo que le falta para ser más dichoso, y entonces busca los medios para conseguirlo; pero no siempre le es permitido reencarnarse a su gusto, lo que entonces constituye un castigo».

232. En estado errante, ¿pueden los espíritus ir a todos los mundos?

«Según y cómo. Separado el espíritu del cuerpo. no está por ello completamente desprendido de la materia, y pertenece aún al mundo en que ha vivido, o a otro del mismo grado, a menos que, durante la vida, se haya elevado, y este es el fin a que debe dirigirse, pues sin él no se perfeccionaría nunca. Puede, sin embargo, ir a ciertos mundos superiores; pero estará en ellos como un extraño. Por decirlo así, no hace más que entreverlos, lo que le despierta el deseo de mejorarse, para ser digno de la felicidad que en ellos se goza y poder habitarlos más tarde».

233. ¿Los espíritus purificados vienen a los mundos inferiores?

«Vienen a menudo para ayudarles a progresar, pues, a no ser así, semejantes mundos estarían abandonados a si mismos, sin guías que los dirigiese».

EL LIBRO DE LOS ESPÍRITUS – Allan Kardec.