quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Konsultu la bonon / CONSULTE O BEM

Konsultu la bonon
Klaĉemulo deziras, ke vi, same kiel li, rimarku la malkorektaĵojn de la aliula vivo.
Hezitema kaj malfortanima homo imagas al si, ke viaj fortoj estas facilrompeblaj.
Diskutanto deziras vian aleston ĉe disputoj pri ĉio kaj pri ĉiuj.
Sendankulo ne ĝojas, vidante vin danka al aliaj.
Memadoranto ne ĝojas, vidante vian respekton al la kontraŭuloj.
Ribelanto penas meti sur vian vizaĝon la maskon de ribelo.
Nekomprenema homo penas dronigi vian menson en profundajn konfuzojn.
Neŭrasteniulo petas vin ne ridi.
Malsaĝulo postulas, ke vi estu same malsaĝa.
Homo, ankoraŭ ne tute rompinta kun la surteraj ligiloj, ĉiam penas egaligi siajn similulojn al li mem. Tamen memoru, ke vi estas vi mem,homo, havanta tute propran taskon kaj malsamajn prirespondojn, kaj se vi aspiras realan feliĉon, ne forgesu konsulti modelajn bonfarantojn, kun la Kristo, en ĉiuj horoj de via vivo.
         Libro: Kristana Agendo.
         Andreo Ludoviko / Chico Xavier 
CONSULTE O BEM
O maledicente desejará que você observe, tanto quanto ele, o lado desagradável da vida alheia.
A criatura vacilante e frágil esperará que suas forças sejam quebradiças.
O discutidor aguardará seu comparecimento às disputas, a propósito de tudo e de todos.
O ingrato não se alegrará em vê-lo reconhecido aos outros.
O personalista não se regozijará, identificando-lhe o respeito aos adversários.
O revoltado tentará afivelar a máscara da rebeldia ao seu rosto.
O incompreensível procurará mergulhar sua mente no fundo das perturbações.
O neurastênico pedir-lhe-á não sorrir.
O insensato reclamará sua adesão à loucura.
O homem imperfeitamente espiritualizado sempre busca igualar os semelhantes a si mesmo. Lembre-se, contudo, de que você é você, com tarefa original e responsabilidades diferentes e, se pretende a felicidade real, não deve esquecer a consulta aos padrões do bem, com o Cristo, em todas as horas de sua vida.
         Livro: Agenda Cristã – Andre Luiz / Chico Xavier.

Redonu al Cezaro tion, kio apartenas al Cezaro / Dai a César o que é de Cesar

Redonu al Cezaro tion, kio apartenas al Cezaro.
5. Tiam iris la Fariseoj, kaj konsiliĝis, kiel ili povus impliki lin per interparolado. Kaj ili sendis al li siajn disĉiplojn kun la Herodanoj, por diri: Majstro, ni scias, ke vi estas verama, kaj instruas laŭ la vero la vojon de Dio, kaj ne zorgas pri iu ajn; ĉar vi ne favoras la personon de homoj. Diru do al ni, kiel ŝajnas al vi? Ĉu konvenas doni tributon al Cezaro, aŭ ne?
Sed Jesuo, sciante ilian ruzecon, diris: Kial vi min provas, hipokrituloj? Montru al mi la tributan moneron. Kaj ili alportis al li denaron. Kaj li diris al ili: Kies estas ĉi tiu bildo kaj la surskribaĵo? Ili diris al li: De Cezaro. Tiam li diris al ili: Redonu do al Cezaro la propraĵon de Cezaro, kaj al Dio la propraĵon de Dio. Kaj aŭdinte, ili miris, kaj lin lasis kaj foriris. (Jesuo Laŭ Mateo, 22:15-22; Marko, 12:13-17.)
6. La demando prezentita al Jesuo havis kiel motivon la cirkonstancon, ke la Judoj, abomenante la tributon al ili truditan de la Romanoj, estis farintaj el la pago de tiu tributo religian aferon; granda partio estis starigita kontraŭ tia imposto; la pago de la tributo estis do por ili koleriga temo de la momento, kaj, se tiel ne estus, la demando farita al Jesuo: “Ĉu konvenas doni tributon al Cezaro, aŭ ne?” havus nenian sencon. Tiu demando estis kaptilo; ĉar, laŭ la respondo, ili esperis instigi kontraŭ li la roman aŭtoritaton, aŭ la skismajn Judojn. Sed “Jesuo, sciante ilian ruzecon”, lerte sin elturnis el la malfacilaĵo, donante al ili lecionon de justeco per tio, ke al ĉiu estu donata, kio estas al li ŝuldata. (Vidu en la enkonduko de tiu ĉi verko la artikolon: Impostistoj.)
7. Ĉi tiu maksimo: “Redonu al Cezaro la propraĵon de Cezaro” ne devas esti komprenata en limiga kaj absoluta senco. Kiel ĉiuj instruoj de Jesuo, tie kuŝas ĝenerala principo, resumita sub praktika, komunuza formo, kaj deduktita el aparta cirkonstanco. Tiu principo estas sekvo de tiu alia, laŭ kiu ni devas konduti kontraŭ la aliaj tiel same, kiel ni volus, ke la aliaj kondutu kontraŭ ni; ĝi kondamnas ĉian materian kaj moralan malprofiton, kiun oni povus fari al aliulo, ĉian atencon kontraŭ la rajtoj de aliaj; ĝi ordonas la respekton al ĉies rajtoj, kiel ĉiu deziras, ke oni respektu la liajn; ĝi etendiĝas eĉ al la plenumado de la devoj al la familio, al la socio, al la aŭtoritato, same kiel al la individuoj ĝenerale. (Libro: La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec, ĉap. XI 5- 7. Ami sian proksimulon kiel sin Mem.)
Dai a César o que é de Cesar
5 – Então, retirando-se os fariseus, projetaram entre si comprometê-lo no que falasse. E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos homens; dize-nos, pois, qual é o teu parecer: é lícito dar tributo a César ou não? Porém Jesus, conhecendo a sua malícia, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do censo. E eles lhes apresentaram um dinheiro. E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe eles: De César. Então lhes disse Jesus: Pois daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E quando ouviram isto, admiraram-se, e deixando-o se retiraram. (Mateus, XXII: 15-22; Marcos, XII: 13-17).
            6 – A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de haverem os judeus transformados em motivo de horror o pagamento do tributo exigido pelos romanos, elevando-o a problema religioso. Numeroso partido se havia formado para rejeitar o imposto. O pagamento do tributo, portanto, era para eles uma questão de irritante atualidade, sem o que, a pergunta feita a Jesus: “É lícito dar tributo a César ou não?”, não teria nenhum sentido. Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as autoridades romanas ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, conhecendo a sua malícia”, escapa à dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido.
            7 – Esta máxima: “Daí a César o que é de César” não deve ser entendida de maneira restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, resumido numa forma prática e usual, e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é uma conseqüência daquele que manda agir com os outros como quereríamos que os outros agissem conosco. Condena todo prejuízo moral e material causado aos outros, toda violação dos seus interesses, e prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos. (Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, cap. XI item 5 - 7. Amar ao Próximo como a si Mesmo.)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cigarra morta - Carmem Cinira.


Chamam-me agora aí
Cigarra morta,
E não podia haver melhor definição,
Porque caí estonteada à porta
Do castelo em ruínas,
Do desencanto e da desilusão!...

Minhas futilidades pequeninas...
Meus grandes desenganos...
Eu mesma inda não sei
Se é ventura morrer na flor dos anos...
Sei apenas que choro
O tempo que perdi,
Cantando em demasia a carne inutilmente;
E vivo aqui, somente,
De quanto idealizei
De belo, de perfeito, grande e santo,
Que inda hei de realizar
Com a rima do meu verso e a gota do meu pranto.

Dá-me força, Senhor,
Para concretizar meu anseio de amor:
Evita-me a saudade
Da minha improdutiva mocidade!
 Eu não quero sentir,
Como cigarra que era,
A falta das canículas doiradas
Sob a luz de ridente primavera.
Já que tombei cansada de cantar,
Calando amargamente,
Perdoa, Deus de Amor, o meu pecado:
Que eu olvide a cigarra do passado,
Para ser uma abelha previdente.
Parnaso de Além-Túmulo – Chico Xavier.

 
Cármen Cinira
Nome literário de Cinira do Carmo Bordini Cardoso: nasceu no Rio de Janeiro, em 1902, e faleceu em 30 de agosto de 1933.
Sua espontaneidade poética era tão grande que ela própria acreditava serem os seus versos de origem mediúnica. Glorificou o Amor, a Renúncia, o Sacrifício e a Humildade, em obras como: Crisálida, Grinalda de Violetas, Sensibilidade.

Hora extrema – Auta de Souza


Quando exalei meus últimos alentos
Nesse mundo de mágoas e de dores,
Senti meu ser fugindo aos amargores
Dos meus dias tristonhos, nevoentos.

A tortura dos últimos momentos
Era o fim dos meus sonhos promissores,
Do meu viver sem luz, sem paz, sem flores,
Que se extinguia em atros sofrimentos.

Senti, porém, minhalma sofredora
Mergulhada nas brisas de uma aurora,
Sem as sombras da dor e da agonia...

Então parti, serena e jubilosa,
Em demanda da estrada esplendorosa
Que nos conduz às plagas da harmonia
Livro: Parnaso de Além-Túmulo – Chico Xavier.


Auta de Souza (Macaíba, 12 de setembro de 1876 — Natal, 7 de fevereiro de 1901) foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica (ultrarromântica, byroniana ou Mal do Século), autora de Horto.
Escrevia poemas românticos com alguma influência simbolista, e de alto valor estético. Segundo Luís da Câmara Cascudo, é "a maior poetisa mística do Brasil".

EM REVERÊNCIA

Ei-­la cansada, com o peito ofegante e o andar em desalinho, que passa...
O tempo sulcou­lhe a face, apergaminhando­a, deixando em cada ruga um sofrimento, uma decepção, uma amargura.
Quem a vê não é capaz de avaliar  as lutas que travou  com estoicismo  demorado.
Talvez tenha vendido o corpo para que o pão  minguado  não faltasse totalmente em casa, ou  a gota de leite nutriente não  fosse negado ao  filho, que sustentou com abnegação e devotamento.
Possivelmente, quando percebeu  a presença do gérmen da vida movimentando­se na intimidade do ventre e cantou a notícia aos ouvidos do amor  que a fecundou, foi convidada a extirpá­lo e preferiu  a rota da soledade, do  abandono, ao infanticídio...
Quem sabe os demorados travos de amargura que lhe tisnaram os lábios e os silêncios que foram sufocados no coração, a fim de que, misturando as suas com as lágrimas do filho, não o deixasse sofrer em demasia?...
Há, sim, muitas mães que se transformaram em hienas desapiedadas. Outras se fizeram indiferentes ao sublime cometimento maternal, deixando  os filhos a esmo. Muitas, incontáveis, fizeram­no vitimadas pela miséria, pela ignorância, pelo desespero... E são, no entanto, exceção.
Um sem número de jovens traídas no sonho de felicidade a que se deixaram arrastar, santificaram as horas mais tarde sustentando o filhinho nos braços como o  mais precioso tesouro que jamais ambicionaram.
Desde a hora em que lhes sorriu o pedacinho daquela vida, parte da sua vida, elas se esqueceram de si mesmas e empenharam­se com sofreguidão a protegê­ lo, acalentando, talvez, a ambição de receberem um amparo mais tarde para si mesmas, não obstante amparando em regime integral de proteção e defesa o filhinho  que sustinham nos braços...
Há, também, os filhos ingratos, que se transformaram em abutres que sobrevoam o quase cadáver de quem lhes ofertou o vaso orgânico...
Também os há que se converteram em regaço de luz e em aroma de benignidade, em santa devoção, tentando retribuir...
Mães — estrelas da Vida, multiplicando vidas! 
Filhos — gemas brutas a serem trabalhadas para as fulgurações estelares!
Muitos corpos não geraram outros corpos, no entanto fizeram­se mães da dedicação em nome do amor de Nosso Pai, sustentando essas vidas que não se estiolaram porque elas tomaram a si o ministério de socorrê­las e ampará­las.
São as mães da abnegação e do sofrimento...
Em singela manjedoura, um dia, uma mulher sublime fez­se Mãe Santíssima e depois de uma cruz de infâmia transformou­se na mãe­modelo de todas as mães, simultaneamente mãe de todos nós.
Quando as criaturas da Terra evocam para homenagear a própria genitora, Maria, a Santíssima, roga ao Filho Celeste que abençoe a Humanidade, especialmente as mães, no momento em que, ultrajada e sofrida, a maternidade é considerada punição e desgraça pelas mulheres e pelos homens que passam enlouquecidos na direção do desespero...
“Honrai a vosso pai e a vossa mãe”. Jesus / Lucas, 18:20. 
“Honrar a seu pai e a sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; e também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância.”(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Cap. XIV – item 3 : 2).
Livro: Florações Evangélicas.
Espírito: Joanna de Angelis
Médium: Divaldo Franco.

Se desejas

Reunião pública de 23/11/59
Toda melhora parece distante.
Toda superação surge como sendo quase impossível. Pediste, porém, o berço terrestre, no exato lugar em que te cabe aprender e reaprender.
Não olvides, por isso, que o domínio da lição não dispensa a vontade.
Recebeste no lar muitos daqueles que te não alimentam a simpatia.
No entanto, se desejas, podes transformar toda aversão em amor, desde que te decidas a ajudá-los com paciência.
Sofres o chefe insano, a crivar-te de inúmeros dissabores.
Contudo, se desejas, podes convertê-lo em amigo, desde que te disponhas a auxiliá-lo sem pretensão.
Padeces dura condição social, renteando o infortúnio.
Todavia, se desejas, podes transfigurar a subalternidade em elevação, desde que te eduques, para que a vida te use em plano mais alto.
Trazes o órgão enfermo, a cercar-te de inibições. Entretanto, se desejas, podes aproveitá-lo, na própria sublimação, em nível superior.
Ainda hoje, é possível encontres sombras enormes...
O obstáculo dos que te não compreendem, a palavra dos que te insultam, o apontamento insensato ou as lágrimas que a prova redentora talvez te venha pedir.
Mas podes usar o silêncio e a oração, clareando o caminho...
Declaras-te sem trabalho, amargando posição desprezível, mas, se desejas, podes ainda agora começar humilde tarefa, conquistando respeito e cooperação.Acusam-te de erros graves, criando-te impedimentos, mas, se desejas, podes tomar, em bases de humildade e serviço, a atitude necessária à justa renovação.
Sentes-te dominado por esse ou aquele hábito vicioso, que te exila no desapreço, mas, se desejas, podes reaver o próprio equilíbrio, empenhando energia e tempo no suor do trabalho digno.
Afirmas-te na impossibilidade de socorrer os necessitados, mas, se desejas, podes efetuar pequeninos sacrifícios domésticos em favor dos outros, de modo a que tua vida seja uma bênção na vida de teus irmãos.
Para isso, porém, é preciso não esquecer os recursos singelos que tanta gente deixa ao olvido...
O minuto de tolerância.
O esquecimento de toda injúria.
O concurso anônimo.
A bondade que ninguém pede.
O contacto do livro nobre.
A enxada obediente.
A panela esquecida.
O tanque de lavar.
A agulha simples.
A flor da amizade.
O resto de pão.
Queixas-te de necessidade e desencanto, fadiga e discórdia, abandono e solidão, mas, se realmente desejas, tudo pode mudar.
Livro: Religião dos Espíritos.
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Livre-arbítrio
843. Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
Resposta: Pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Marchemos! - Castro Alves

Há mistérios peregrinos
No mistério dos destinos
Que nos mandam renascer:
Da luz do Criador nascemos,
Múltiplas vidas vivemos,
Para à mesma luz volver.

Buscamos na Humanidade
As verdades da Verdade,
Sedentos de paz e amor;
E em meio dos mortos-vivos
Somos míseros cativos
Da iniqüidade e da dor.

É a luta eterna e bendita,
Em que o Espírito se agita
Na trama da evolução;
Oficina onde a alma presa
Forja a luz, forja a grandeza
Da sublime perfeição.

É a gota d'água caindo
No arbusto que vai subindo,
Pleno de seiva e verdor;
O fragmento do estrume,
Que se transforma em perfume
Na corola de uma flor.

A flor que, terna, expirando,
Cai ao solo fecundando
O chão duro que produz,
Deixando um aroma leve
Na aragem que passa breve,
Nas madrugadas de luz.

É a rija bigorna, o malho,
Pelas fainas do trabalho,
A enxada fazendo o pão;
O escopro dos escultores
Transformando a pedra em flores,
Em Carraras de eleição.

É a dor que através dos anos,
Dos algozes, dos tiranos,
Anjos puríssimos faz,
Transmutando os Neros rudes
Em arautos de virtudes,
Em mensageiros de paz.

Tudo evolui, tudo sonha
Na imortal ânsia risonha
De mais subir, mais galgar;
A vida é luz, esplendor,
Deus somente é o seu amor,
O Universo é o seu altar.

Na Terra, às vezes se acendem
Radiosos faróis que esplendem
Dentro das trevas mortais;
Suas rútilas passagens
Deixam fulgores, imagens,
Em reflexos perenais.

É o sofrimento do Cristo,
Portentoso, jamais visto,
No sacrifício da cruz,
Sintetizando a piedade,
E cujo amor à Verdade
Nenhuma pena traduz.

É Sócrates e a cicuta,
É César trazendo a luta,
Tirânico e lutador;
É Cellini com sua arte,
Ou o sabre de Bonaparte,
O grande conquistador.

É Anchieta dominando,
A ensinar catequizando
O selvagem infeliz;
É a lição da humildade,
De extremosa caridade
Do pobrezinho de Assis.

Oh! bendito quem ensina,
Quem luta, quem ilumina,
Quem o bem e a luz semeia
Nas fainas do evolutir:
Terá a ventura que anseia.
Nas sendas do progredir.

Uma excelsa voz ressoa,
No Universo inteiro ecoa:
“Para a frente caminhai!
“O amor é a luz que se alcança,
“Tende fé, tende esperança,
“Para o Infinito marchai!”
Livro: Parnaso de Além Túmulo – Chico Xavier.
Antônio Frederico de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 - Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.
Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro.

Do Além - António Nobre

Pudesse o nosso olhar, vagueando os ermos,
Ver através da própria soledade
A expressão luminosa da Verdade,
E da luz da Verdade não descrermos...
Preocupar-se aí, porém, quem há de
Com o problema de sermos ou não sermos,
Pois que o ardente desejo de o sabermos
É sempre o anelo falso da vaidade?
Peregrinos da dor, na dor andamos
Sem que a nossa miséria se desfaça
No escabroso caminho onde marchamos,
Seguindo a alma nos sonhos iludida,
Até que a dor unindo-se à desgraça
Descerre os véus que encobrem outra vida.
Livro: Parnaso de Além Túmulo - Chico Xavier. 
António Pereira Nobre (Porto, 16 de Agosto de 1867 — Foz do Douro, 18 de Março de 1900), mais conhecido como António Nobre, foi um poeta português cuja obra se insere nas correntes ultra-romântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na ressurgência dos valores pátrios) da geração finissecular do século XIX português. A sua principal obra, Só (Paris, 1892), é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjectivismo, mas simultaneamente suavizada pela presença de um fio de auto-ironia e com a rotura com a estrutura formal do género poético em que se insere, traduzida na utilização do discurso coloquial e na diversificação estrófica e rítmica dos poemas. Apesar da sua produção poética mostrar uma clara influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, ela insere-se decididamente nos cânones do simbolismo francês. A sua principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais coloquial, reflexo da sua infância junto do povo nortenho. Faleceu com apenas 32 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar.

BOAS OBRAS

"Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que estás nos Céus." -  JESUS (MATEUS, 5:16.)
 “Brilhe vossa luz” – disse-nos o MESTRE - e muitas vezes julgamo-nos unicamente no dever de buscar as alturas mentais. E suspiramos inquietos pela dominação do cérebro.
 Contudo, o CRISTO foi claro e simples no ensinamento: “brilhe também a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”.
 Não apenas pela cultura intelectual. Não somente pela frase correta. Nem só pelo verbo flamejante. Não apenas pela interpretação eficiente das Leis Divinas. Não somente pela prece labial, apurada e comovedora. Nem só pelas palavras e pelos votos brilhantes.
 É indiscutível que não podemos menosprezar a educação da inteligência, mesmo porque escola, em todos os planos, é obra sublime com que nos cabe honrar o Senhor, mas JESUS, com a referência, convidava-nos ao exercício constante das boas obras, seja onde for, pois somente o coração tem o poder de tocar o coração e, somente aperfeiçoando os nossos sentimentos, conseguiremos nutrir a chama espiritual em nós, consoante o Divino apelo.
Com o amor estimularemos o amor...
Com a humildade geraremos a humildade...
Com a paz em nos ajudaremos a construir a paz dos outros...
Com a nossa paciência edificaremos a paciência alheia.
Com a caridade em nosso passo, semearemos a caridade nos passos do próximo.
Com a nossa fé garantiremos a fé ao redor de nós mesmos.
Atendamos, pois, ao nosso próprio burilamento, porquanto apenas contemplando a luz das boas obras em nós, é que os outros entrarão no caminho das boas obras, glorificando a bondade e a sabedoria de Deus.
Livro: Palavras de Vida Eterna.
Emmanuel / Chico Xavier.

BILHETE

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mario Quintana

Se

"Não se acostume com o que não o faz feliz.
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças..
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o".
Fernando Pessoa 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mensagem do dia - Scheilla

"Não permitas que pensamentos infelizes criem raízes na tua mente.
A Vida não se resume aos problemas que defrontas neste momento.
Acima deles Sorriem para ti Inúmeras Oportunidades de Progresso Espiritual.
Basta que Confies em Deus e Faças o Melhor que estiver ao teu Alcance.
Por isso, Aprende a Seleccionar os Pensamentos que te Visitam... como quem separa as Sementes Sadias para Cultivar o Solo da Alma.
Confiando e Agindo no Bem, encontrarás Forças para que Floresçam em ti a Harmonia e a Saúde, o Amor e a Luz."
Espírito: Scheilla
Livro: A Mensagem do Dia
Médium: Clayton B. Levy

Oportunidade - Legado Kardequiano.

Para que o mundo apresente no futuro os sinais característicos da Era Nova do Espírito, em que a verdade se possa expressar livremente, é indispensável que você se integre no real programa das realizações enobrecedoras desde agora.
Desperte para o labor santificante.
Acorde para edificar.
Esclareça-se, e dilatará a claridade dos tempos novos.
Habitue-se às oportunidades de contribuir vigorosamente para a Era Nova da Verdade, em cujo caminho seguem, desde hoje, os seus pés, sem “ficar deslumbrado” e, conseqüentemente, inútil, no concerto geral.
http://www.divaldofranco.com
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Origem e conhecimento da lei natural
628. Por que a verdade não foi sempre posta ao alcance de toda gente?
Resposta: Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado.
“Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia, como sabeis, na antigüidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos. Pelo que conheceis das leis que regem estes fenômenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático. Entretanto, para o estudioso, não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o Espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada. Não desprezeis, portanto, os objetos de estudo que esses materiais oferecem. Ricos eles são de tais objetos e podem contribuir grandemente para vossa instrução.”