quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

SER FELIZ - Casemiro Cunha


Se você que ser feliz
Fuja a todo assunto vão
Que não clareie a cabeça,
Nem ajude ao coração.

Em tudo o que suceder
Procure a margem do bem,
Levante, ajude, esclareça,
Não pense mal de ninguém.

Ampare aos irmãos em prova,
De mão aberta e alma sã;
Necessitado de hoje
É o benfeitor de amanhã.

Guarde a paz de consciência
Atendendo à Lei Divina;
A flor da felicidade
Não vive sem disciplina.

Conserva a luz que te apoia,
Sobre a fé que te bendiz,
E sirva sem perguntar
Se você que ser feliz.

Livro: Sinais de Rumo.
Espíritos Diversos / Chico Xavier.

Contribuir - Emmanuel

“Cada um contribua, segundo propôs em seu coração; não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama o que dá com alegria.” – Paulo – II Coríntios, 9:7.
Quando se divulgou a afirmativa de Paulo de que Deus ama o que dá com alegria, muita gente apenas lembrou a esmola material. O louvor, todavia, não se circunscreve às mãos generosas que espalham óbolos de bondade entre os necessitados e sofredores. Naturalmente, todos os gestos de amor entram em linha de conta no reconhecimento divino, mas devemos considerar que o verbo contribuir, na presente lição, aparece em toda a sua grandiosa excelsitude.
A cooperação no bem é questão palpitante de todo lugar e de todo dia. Qualquer homem é suscetível de fornecê­la. Não é somente o mendigo que a espera, mas também o berço de onde se renova a experiência, a família em que acrisolamos as conquistas de virtude, o vizinho, nosso irmão em humanidade, e a oficina de trabalho, que nos assinala o aproveitamento individual, no esforço de cada dia. Sobrevindo o momento de repouso diuturno, cada coração pode interrogar a si próprio, quanto à qualidade de sua colaboração  no serviço, nas palestras, nas relações afetivas, nessa ou naquela preocupação da vida comum.
Tenhamos cuidado contra as tristezas e sombras esterilizadoras.
Má­-vontade, queixas, insatisfação, leviandades, não integram o quadro dos trabalhos que o Senhor espera de nossas atividades no mundo.
Mobilizemos nossos recursos com otimismo e não nos esqueçamos de que o Pai ama o filho que contribui com alegria.
Livro: Pão Nosso.
Emmanuel / Chico Xavier.

Jesus e Deus III – Martins Peralva.

Herdeiros de Deus e co­herdeiros de Jesus Cristo.
No exame do problema da identidade de Jesus com Deus, do Filho com Pai, é justo e conveniente auscultemos, também, a opinião dos apóstolos. Precisamos conhecer o pensamento, o testemunho daqueles que foram vasos escolhidos para o ministério evangélico.
Diz Allan  Kardec, com a prudência e sensatez que lhr valor são, incontestavelmente, as dos apóstolos, uma vez que estes O assistiram em sua missão, e uma vez também que, se Ele lhes houvesse dado instruçõese caracterizavam o Espírito: “De todas essas opiniões, as de maio
secretas, respeito à Sua natureza, alguns traços dessas instruções se descobririam nos escritos deles.
Tendo vivido na sua intimidade, melhor do que ninguém haviam eles de conhecê-Lo.”
Ouçamos a palavra de Pedro, o velho Barjonas, que assistiu a Jesus desde a primeira hora: “O Deus de nossos Pais ressuscitou a Jesus, que vós fizestes morrer, pendurando­o no madeiro.” — Atos, 5: 30.
“Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós. .” — Atos, 2: 22.
“A este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” — Atos, 2: 32.
“Que, pois, toda a Casa de Israel saiba, com absoluta certeza, que Deus fez Senhor e Cristo a esse Jesus que vós crucificastes.” — Atos, 2: 36.
“Foi por vós, primeiramente, que Deus suscitou seu  Filho e vo­Lo enviou  para vos abençoar, a fim de que cada um se convertesse da sua má vida.” — Atos, 3: 26.
* * * 
Ouçamos, agora, a Paulo de Tarso, o erudito e sublimado Doutor dos Gentios. Paulo de Tarso  —  o ardoroso discípulo de Gamaliél e seu  presumível substituto no  Sinédrio.
Conheçamos, também, o vigoroso e inspirado pensamento do notável bandeirante do  Evangelho do Reino, “cujos escritos prepararam os primeiros formulários da religião cristã”.
“Se o confessais de boca que Jesus Cristo é o Senhor e se credes que Deus o ressuscitou  dentre os mortos, sereis salvos.” — Romanos, 10: 9.
“Porque se nós, quando inimigos fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu  Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida.” — Romanos, 5:10.
“Deus, em sua bondade, tendo querido que Ele morresse por todos — por ser Ele bem digno de Deus.” — Hebreus, 2:9.65.
“Se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co­herdeiros de Jesus Cristo.” — Romanos, 8: 17.
* * * 
Como se vê, assimilando o pensamento de Jesus, os apóstolos dão testemunho sobre a personalidade do Mestre. Dezenas de passagens semelhantes poderiam ser alinhadas, sem qualquer  dificuldade, todas elas estabelecendo clara distinção entre Deus e Jesus, entre o Pai e o Filho.
Depois do auto­pronunciamento do Cristo, inegavelmente as opiniões mais abalizadas são as dos apóstolos, uma vez que participaram da vida de Jesus, em todos os instantes da sua atividade pública.
Privaram da intimidade do Senhor.
Recebiam­Lhe, diretamente dos lábios, os ensinos e as instruções.
Ouviam­lhe, diuturnamente, as lições de eterna beleza e de eterna sabedoria.
Acatar­lhes, pois, o pensamento, constitui homenagem viva de nossas almas àqueles homens pelo próprio Mestre escolhidos, e pré­escolhidos, para o ministério evangélico.
Se a palavra de Jesus e as opiniões dos apóstolos nos merecem fé, não tenhamos dúvida em afirmar que Deus é um, e Jesus é outro.
Deus — é o Pai.
Jesus — é o Filho.
E nós, os humanos, somos os irmãos de Jesus.
Herdeiros de Deus.
Co­herdeiros de Jesus.
Livro: Estudando O Evangelho.
Martins Peralva.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A POSSE DA FELICIDADE - Emmanuel

 Meus amigos, não são poucas as ilusões que o homem necessita alijar do seu coração, para a posse dessa felicidade em cuja busca consome os seus dias, destruindo às vezes ineficazmente as suas forças.
*
 A vida é o patrimônio sagrado de energias que a alma precisa coordenar para a aquisição de sua ventura espiritual, convindo não esquecerdes os vossos deveres sociais e espirituais dentro de qualquer situação em que sejais colocados.
 Muitos de vós pedis uma palavra nossa, uma orientação e um conselho, porém, não vos esqueçais que através do luminoso oráculo de vossas consciências, Deus se manifesta porque Deus é a Verdade para eliminardes dos vossos espíritos o fardo de enganos, que carregais freqüentemente anos a fio, adquirindo penosamente as experiências que representam as riquezas em vossas almas, de Sua presença constante em seus próprios corações.
*
Todos vós sois falíveis.
O homem luta a vida inteira com o assédio das tentações e, às vezes, cai nas ciladas que as suas próprias ilusões lhe preparam, causando-lhe danos que apenas os séculos de dores expiatórias podem reparar.
*
 Tendes, entretanto o meio de evitardes as quedas que tão dolorosamente vos surpreendem, perturbando a vossa marcha ascensional para Deus.
 Observai-vos intimamente.
 Sede tolerante com o vizinho, sendo severos conosco mesmo.
*
Todas as lições de moral são batidas e velhas, afirmais naturalmente.
Todavia, as vossas novidades cientificas e religiosas só vos tem perturbado, conduzindo aos beirais de abismos tenebrosos.
*
É ainda exemplos do passado que devereis volver os olhos.
É ainda fortificando o instituto sagrado da família, reatando os laços da fé, confiando em uma Justiça Superior que podeis beneficiar à vossa civilização corrompida por todos os abusos, regenerando os seus costumes em todas as esferas das atividades individuais e coletivas.
 Vós, porém, amigos, tendes a missão consoladora.
 Mãos à obra! ...  E que o Evangelho do Mestre Divino seja o vosso roteiro em todos os momentos.
Livro: Ação, Vida e Luz.
Espíritos Diversos / Chico Xavier.

BENFEITORES E BÊNÇÃOS

         Confiemos nos benfeitores e nas bênçãos que nos enriquecem os dias, sem no entanto, esquecer as próprias obrigações, no aproveitamento do amparo que nos ofertam.
Pais abnegados da Terra, que nos propiciam o ensejo da reencarnação, por muito se façam servidores de nossa felicidade, não nos retiram da experiência de que somos carecedores.
Mestres que nos arrancam às sombras da ignorância, por muito carinho nos dediquem, não nos isentam do aprendizado.
Amigos que nos reconfortam na travessia dos momentos amargos, por mais nos estimem, não nos carregam a luta íntima.
Cientistas que nos refazem as forças, nos dias de enfermidade, por mais que nos amem, não usam por nós a medicação que as circunstâncias nos aconselham.
Instrutores da alma que nos orientam a viagem de elevação, por muito nos protejam, não nos suprimem o suor da subida moral.
Ninguém vive sem a cooperação dos outros.
Encontramo-nos, porém, à frente do amor de que todos somos necessitados, assim como o vegetal, diante do apoio da Natureza. A planta não se cria sem ar, não medra sem sol, não dispensa o auxílio da terra e não prospera sem água, mas deve produzir por si mesma.
Assim também, no reino do espírito.
Todos temos problemas reclamando o concurso alheio, mas ninguém pode forjar a solução do esforço para o bem que depende exclusivamente de nós.
Livro: Estude e Viva.
Emmanuel e André Luiz.
Chico Xavier e Waldo Vieira.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
491. Qual a missão do Espírito protetor?
       A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida. 

domingo, 28 de dezembro de 2014

PAROLO


Parolo estu ĉiam ne malsaĝa, 
Sed ora briko por la vivkonstruo; 
Alportas eĉ vorteto tro kuraĝa 
La tutan domon certe al detruo. 

“Du baroj gardu vin: lango, dentaro”; 
Amikon ni ja perdas per vortpiko; 
Ne estu do parolo ia baro, 
Sed vojo de amiko al amiko. 

El via kor’ forstreku ĉian vorton, 
Per kiu ĉagreniĝus korsentem’; 
Ne pripensita vort’ signifas morton, 
Parol’ amika estas vivo mem! 

23/9/1961  / JOHANN MAAS
Libro: Mediuma Poemaro.
Porto Carreiro Neto.

Jesus e Deus - II / Martins Peralva.

Meu Pai, nas tuas mãos entrego a minha alma
Vai o Espiritismo ganhando terreno não só no coração, mas também na consciência da Humanidade, em virtude da lógica de sua doutrina e da clareza com que estuda e elucida os problemas da evolução espiritual.
E como os explica com simplicidade, a cada dia mais se veem os seus adeptos defrontados com variadas interpelações, das mais simples às mais complicadas.
Percebe­se, no homem moderno, a ânsia do conhecimento.
E como quem está sequioso procura, naturalmente, dessedentar­se, vem­se o Espiritismo  constituindo, sob  os clarões do Evangelho, a fonte generosa que a todos ampara, na sublime missão de servir.
Inegavelmente vem sendo a Doutrina Espírita o poço de Jacob da atualidade. Localizado à margem do caminho, fornece aos viajores a preciosa linfa do esclarecimento e da consolação.
Assim sendo, cresce a responsabilidade dos que lhe abraçam os ideais renovativos; eis que se tornam alvo de expressivas indagações, inclusive das que se referem à personalidade de Jesus, que, no parecer de muita gente, é o próprio Deus.
Embora dispensando o maior apreço à opinião dos que pensam, aceitam e difundem a ideia de que Jesus e Deus são a mesma entidade, somos compelidos a abordar, com sincera genuflexão, o delicado e transcendente problema.
Coloquemos, todavia, à guisa de moldura, as próprias palavras do Mestre. Folheemos, pois, mui respeitosamente, o Evangelho do Senhor Repositório de Suas lições, Santuário de Suas palavras.
Deixemos que os próprios ensinos do Cristo de Deus façam luz sobre o  assunto, equacionem o problema que tanto tem aguçado a curiosidade dos homens.
As passagens que alinharemos a seguir foram extraídas do Novo Testamento. Todas elas se reportam, com absoluta clareza, ao assunto em estudo, deixando, pelo  menos a nós, Espíritas, a convicção de que Jesus é um, e Deus é outro.
Um — é o Pai; outro — é o Filho.
Deus — o Criador do Universo.
Jesus — o Governador Espiritual da Terra.
O primeiro — Outorgante.
O Segundo — Outorgado.
Reflitamos, pois. “A palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.” — João, 14: 24.
“Porque me chamais bom? Não há bom senão um só, que é Deus.” -Mateus, 19: 17; Marcos, 10: 18; Lucas, 18: 19.63
– “. . . eu  desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” — João, 6: 38.
“Assim procedo para que o mundo saiba que eu  amo o  Pai e faço como o  Pai me ordenou.” — João, 14: 31.
“Quem quer que me recebe, recebe aquele que me enviou.” — Lucas, 9: 48.
“. . . agora procurais dar­me a morte, a mim que vos tenho dito a verdade que aprendi de Deus.” — João, 8: 40.
“Ainda estou  convosco por um pouco de tempo e vou  em seguida para aquele que me enviou.” — João, 7: 33.
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja para sempre convosco.” — João, 14: 16.
“Se me amásseis, alegrar­vos­íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” — João, 14: 28.
“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice.” — Mateus, 26: 39.
Mais adiante, no versículo 42, continua a sublime e incompreendida conversação com Deus:
“Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice, sem que eu  o beba, faça­se a tua vontade.”
Mais adiante, ainda, o incisivo, admirável, incontrovertido apontamento de Lucas (capítulo 23º, versículo 46): — “Meu Pai, nas tuas mãos entrego a minha alma.”
* * * 
Jesus declara que a palavra ouvida não foi sua, mas do Pai. Que Ele não é bom, mas Deus o é. Que não desceu do Céu para fazer a Sua vontade, mas a d’Aquele que O enviou. Que ama o Pai. Que quem O recebe, recebe Aquele que O enviou.
Que aprendeu a verdade de Deus. Que vai para junto d’Aquele que O enviou.
Que rogará ao Pai e Ele nos dará outro Consolador.
Que, se O amássemos, alegrar­nos­íamos de que fosse para o Pai. Que o Pai é maior do que Ele. Pede que o cálice seja afastado d’Ele, se possível. Que, se não for possível, se faça a vontade do Pai. Entrega, afinal, nas mãos de Deus o Seu Espírito, a Sua Alma.
Livro: Estudando O Evangelho.

Martins Peralva.

Parentesco e Filiação - Emmanuel

1 - A morte arquiva os serviços inacabados das criaturas humanas?
 - No mundo, a morte parece uma estação de problemas insolúveis, arquivando serviços inacabados. Entretanto, isso é apenas aparência.
2 - As conseqüências dos crimes obscuros dos homens terminam com a morte?
         - Dramas passionais, crimes que não foram investigados pelos juízes humanos, tragédias íntimas e assaltos na sombra, cujos protagonistas sabemos identificar por vítimas e carrascos, não desaparecem no silêncio do túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e conseqüências.
3 - O princípio de causa e efeito funciona além da morte?
         - O princípio de causa e efeito tanto funciona na existência humana, quanto além dos implementos físicos perecíveis.
4 - Para onde nos conduz a morte?
 - Porque nós outros, seres humanos, encarnados e desencarnados, somos ainda discípulos imperfeitos e inexperientes da vida, a morte não nos impele, em definitivo, às esferas superiores e nem nos rebaixa, indefinidamente, a círculos degradantes.
5 - Para as criaturas humanas o que significa a vida terrestre?
         - Considera-nos a Lei Divina por inteligências juvenis, sob o patrocínio da escola, concedendo-nos, na vida terrestre, o mais alto campo edificante e reeducativo.
6 - Qual a conexão entre a consangüinidade e o destino?
 - Nos elos da consanguinidade, reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram ao destino, pelos vínculos do bem ou do mal, através das portas benditas da reencarnação.
7 - Que precisamos para vencer na luta doméstica?
 - Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira escola da reabilitação e do reajuste.
8 - O que foram, em vidas anteriores, os pais despóticos?
- Quase sempre, os pais despóticos de hoje são aqueles filhos do passado, em cuja mente inoculamos o egoísmo e a intolerância.
9 - E o filho rebelde?
- O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, à intemperança e à delinqüência.
10 - E a filha desatinada?
- A filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade.
11 - E o marido desleal?
         - O marido ingrato e desleal, em muitas circunstâncias, é o mesmo esposo do pretérito, que precipitamos na deserção, com os próprios exemplos menos felizes.
12 - E a esposa desorientada?
- A companheira desorientada que nos amarga o sentimento, é a mulher que menosprezamos, em outra época, obrigando-a a resvalar no poço da loucura.
13 - E os parentes abnegados?
 - Os parentes abnegados, em que nos escoramos, são os amigos de outras eras, com os quais já construímos os sólidos alicerces da amizade e do entendimento, proporcionando-nos o reconforto da segurança recíproca.
14 - Como influir o nosso passado no clima familiar e na atividade profissional?
- Cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto, que surpreendemos na família ou na atividade profissional, são forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho na vitória do bem.
15 - Em vista de tudo isso, que nos cabe fazer ante os parentes?
- Diante dos parentes e dos companheiros de jornada, consagremo-nos à felicidade de todos e façamos o melhor ao nosso alcance, a benefício de cada um.
16 - O que devemos fazer se a presença de alguém nos é penosa?
- Se a presença de alguém nos é penosa ou difícil ao coração, anulemos os impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos as nossas relações com esse alguém numa sementeira constante de paz e luz.
17 - Todo laço de parentesco possui razão de ser?
- Ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso não existe nas obras da Criação.
Livro: Leis de Amor.
Espírito: Emmanuel
Chico Xavier e Waldo Vieira.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

NO EXAME DO PERDÃO

 Observemos o ensinamento do Cristo, acerca do perdão.
 Note-se que o Senhor afirma, convincente:
 -“se o vosso irmão agiu contra vós...”.
 Isso quer dizer que Jesus principia considerando-nos na condição de pessoas ofendidas, incapazes de ofender: ensina-nos a compreender os semelhantes, crendo-nos seguros no trato fraternal.
 Nas menores questões de ressentimento, sujeitemo-nos a desapaixonado auto-exame.
 Quem sabe a reação surgida contra nós terá nascido de ações impensadas, desenvolvidas por nós mesmos?
 Se do balanço de consciência estivermos em débito com os outros, tenhamos suficiente coragem de solicitar-lhes desculpas, diligenciando sanar a falta cometida e articulando serviço que nos evidencie o intuito de reparação.
 Se nos sentimos realmente feridos ou injustiçados, esqueçamos o mal. Na hipótese de o prejuízo alcançar-nos individualmente e tão –somente a nós, reconheçamo-nos igualmente falíveis e ofertemos aos nossos inimigos imediatas possibilidades de reajuste.
Se, porém, o dano em que fomos envolvidos atinge a coletividade, cabendo à justiça e não a nós o julgamento do golpe verificado, é claro que não nos compete louvar a leviandade. Ainda assim, podemos reconciliar-nos com os nossos adversários, em espírito, orando por eles e amparando-os, por via indireta, a fim de que se valorizem para o bem geral nas tarefas que a vida lhes reservou.
 De qualquer modo, evitemos estragar o pensamento com o vinagre do azedume.
Nem sempre conseguimos jornadear, nas sendas terrestres, junto de todos, porquanto, até que venhamos a completar o nosso curso de auto-burilamento no instituto da evolução universal, nem todos renasceremos simultaneamente em uma só família e nem lograremos habitar a mesma casa.  Sigamos, assim, de nossa parte, vida afora, em harmonia com todos, embora não possamos a todos aprovar, entendendo e auxiliando, desinteressadamente, aqueles diante dos quais ainda possuímos o dom de agradar em pessoa, e rogando a Bênção Divina para aqueles outros junto de quem não nos será lícito apoiar a delinqüência ou incentivar perturbação.
Livro: Estude e Viva.
Emmanuel / André Luiz.
Chico Xavier e Waldo Vieira.

PROVA E FORÇA - Emmanuel

Se a provação te visita, não esmoreças.
Problema é condição para crescimento.
Reflete na semente a esforçar-se para vencer o solo que a constrange.
A árvore protetora fala sem palavras quantas vezes agüentou a fúria do vento, a fim de sobreviver.
Dor é uma proposta do Céu para que te promovas.
Confia e atravessa a dificuldade.
O Senhor da Vida que te sustentou ontem, sustentar-te-á também hoje.
Mobiliza a própria fé e caminha adiante.
Liga-te a Deus e segue.
Pensa no prodígio da luz e reconhecerás que a força vem de dentro.
Livro: Sinais de Rumo.
Espíritos Diversos / Chico Xavier.

VALORES DA VIDA – André Luiz

Olhar, gesto e palavra têm significações profundas para a garantia da felicidade.
O olhar exprime os mais diversos sentimentos na mímica da face.
O gesto pode ser movimento inicial de grandes ações.
A palavra constrói ou destrói facilmente.
Toda criação da consciência reveste-se de importância particular.
Pensamento e ação - tudo tem valor específico, medido e julgado por Leis Eternas.
Modificam-se os valores da vida externa, segundo os valores do entendimento.
Uma enciclopédia é vista de uma forma pelo professor e de outra pelo analfabeto.
As notas musicais são melodias para o músico e vibrações sonoras para o físico.
A avaliação do bem e do belo varia, portanto, de espírito a espírito, conforme o burilamento íntimo de cada um.
Observa o lado nobre das ocorrências.
Busca a tua integração com o melhor, caminhando firme no rumo da Perfeição.      
André Luiz / Waldo Vieira.
Livro: Sol nas Almas.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Natal – Emmanuel

Junto a Manjedoura, as legiões angélicas anunciam o Grande Renovador, mas sem apresentar qualquer ação de reajuste violento.
Nem castigo ao rico avarento;
Nem punição ao pobre desesperado;
Nem desprezo aos fracos;
Nem condenação aos pecadores;
Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso;
Nem maldição ao gentio inconsciente.
A justiça do “olho por olho” encontra, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até a cruz.
A partir desse momento, a Terra se renovaria.
O inimigo se tornaria irmão transviado.
O criminoso passaria à condição de doente.
Em Roma, se extinguiria a matança nos circos.
Em Sidon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores.
Jesus trazia a mensagem da real fraternidade. Revelando-a, transitou, vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.
Ele veio até nós para que nos amemos.
Comecemos a viver realmente com Jesus sob os esplendores de um novo dia.
Diversos Espíritos / Chico Xavier.
Livro: Antologia Mediúnica do Natal.

ROGATIVA DE NATAL – Emmanuel.

Senhor Jesus!
Quando chegastes à Terra, na manjedoura, as sombras dominavam o mundo inteiro.
Sombras no trabalho, em forma de escravidão; na justiça, na forma de crueldade; na governança, na forma de tirania; e na mente do povo, na forma de ignorância e miséria.
Pouco a pouco, ao clarão de tua infinita bondade, quebraram-se as algemas da escravidão, transformou-se a crueldade em apreciáveis direitos humanos, transmudou-se o fanatismo em fé raciocinada, converteu-se a tirania em administração...
E, gradualmente, a ignorância e a miséria vão recebendo o socorro da escola e da solidariedade.
Entretanto, Senhor, ainda sobram trevas no amor, em forma de egoísmo! Egoísmo no lar e no afeto... Egoísmo na caridade, na devoção e na prestação de serviço.
Mestre, ensina-nos a amar como nos amaste, como reais irmãos, em buscar nos que amamos o reflexo de nós mesmos.     
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Antologia Mediúnica do Natal.

MENSAGEM DO NATAL – Emmanuel.

O Natal exprime renovação da alma e do mundo, nas bases do Amor, da Solidariedade e do Trabalho.
Dantes, os que se anunciavam, em nome de Deus, exibiam a púrpura dos triunfadores sobre o acervo de cadáveres e despojos dos vencidos.
Com Jesus, temos o Divino Vencedor arrebanhando os fracos e os sofredores, os pobres e os humildes para a revelação do Bem Universal.
Dantes, exércitos, armadilhas e flagelos para a conquista sanguinolenta.
Agora, porém, é um Coração armado de Amor, aberto à compreensão de todas as dores, ao encontro das almas.
Não amaldiçoa, não condena e não fere.
Fortalece as boas obras, ensina e passa.
Natal! Glória a Deus! Paz na Terra! Boa Vontade para com os Homens!
Se já podes ouvir a mensagem da Noite Inesquecível, recorda que a Boa Vontade para com todos é o nosso dever de sempre.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Antologia Mediúnica do Natal.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ORAREMOS – Emmanuel

 “E esta é a confiança que temos para ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” – JOÃO. (I João, 5:14.)
 Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstáculos, pedindo as providências que se nos façam necessárias à paz e à execução dos encargos que a vida nos delegou; entretanto, suplicaremos também a ele nos ilumine o entendimento, para que lhes saibamos receber dignamente as decisões.
 Não nos esquecemos de que a nossa capacidade visual abrange, mais ou menos, unicamente o curto espaço dos sessenta segundos de um minuto, enquanto que o Senhor, que nos acompanhou as numerosas existências passadas – existências que conservas, agora, na Terra, temporariamente esquecidas -, nos conhece o montante das necessidades de hoje e de amanhã.
 Tenhamos suficiente gratidão para não suprimir-lhe a benção.
 A Providência Divina possui os recursos e caminhos que lhe são próprios para alcançar-nos.
 Quando encarnados no plano físico, se na posição de enfermos, costumamos implorar do Céu a dádiva da saúde corpórea, na expectativa de obter um milagre e, às vezes, o Céu nos responde com a imposição de um bisturi, que nos rasgue as entranhas, de maneira a reconstituir-nos o equilíbrio orgânico.
 Simbolicamente, ocorrem circunstâncias idênticas no quadro espiritual de nossa vida cotidiana.
 Rogamos a Deus a presença da felicidade em nossos dias, segundo a concepção com que a imaginamos, mas somos, via de regra, portadores de certos defeitos, que nos impediriam acolhê-la, sem agravar as próprias dívidas, e Deus, em muitos casos, nos envia primeiramente o espinho da provação, que nos faculte a experiência precisa para recebê-la em momento oportuno, como determina o recurso operatório para o corpo doente, antes que se lhe restaure a saúde.
 Oraremos, sim; no entanto, é imperioso, em matéria de petição, rogar isso ou aquilo ao Senhor, sempre de acordo com a Sua Vontade, porque a Vontade do Senhor inclui, invariavelmente, a harmonia e a felicidade de nossa vida.
Livro: Ceifa de Luz.
Emmanuel / Chico Xavier.