sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Muito e pouco

É na bênção do “pouco” que rasgas, de imediato, a senda ideal para o sol da alegria.
Enquanto o “muito” é constrangido a sopesar responsabilidades maiores, no campo dos compromissos que envolvem o bem geral, podes, com o fruto do teu trabalho, semear a divina felicidade que nasce do coração.
Dentro do “pouco” que te limita a existência, atenderás, desse modo, às necessidades que, hoje, aparentemente sem expressão, quais sementes desvaliosas, serão, de futuro, verdadeiras messes de talentos celestiais.
É assim que solucionarás modestas despesas de conteúdo sublime, quais sejam:
O copo de leite para a criança necessitada...
A sopa eventual para os que passam sem rumo...
O remédio para o doente esquecido...
O socorro fraterno às mães caídas em abandono...
O agasalho singelo aos hóspedes da calçada...
O prato adequado ao enfermo difícil...
O colchão que alivie o paralítico em sombra...
A lembrança espontânea que ampara o menino triste...
O concurso silencioso, conquanto humilde, em favor do amigo hospitalizado...
O serviço discreto às casas beneficentes...
O livro renovador ao companheiro em desânimo...
A gentileza para com o vizinho enjaulado na provação...
A cooperação indiscriminada a esse ou àquele setor de luta...
Não esperes, portanto, que a vida te imponha uma cruz de ouro para ajudar e servir.
Lembra-te de que os chamados ricos, por se encarcerarem nas algemas do “muito”, nem sempre podem auxiliar, sem delongas, presas que são de suspeitas atrozes, na defensiva dos patrimônios que foram chamados a manobrar, na extensão do progresso...
Ora por eles, ao invés de reprochar-lhes a hesitação e a conduta, porquanto, se tens amor, sairás de ti mesmo com o “pouco” abençoado que o Senhor te confia e, de pronto, obedecerás ao próprio Senhor, espalhando, em Seu nome, a força da paz e o benefício da luz.
            Livro: Religião dos Espíritos - 25
                  Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
                              QUESTÃO 716 - Necessário e supérfluo
716. Mediante a organização que nos deu, não traçou a Natureza o limite das nossas necessidades?
Resposta: Sem dúvida, mas o homem é insaciável. Por meio da organização que lhe deu, a Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.

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