sábado, 25 de novembro de 2023

Princípio vital / Vital Principle / El principio vital.

Princípio vital.

16. Dizendo que as plantas e os animais são formados dos mesmos princípios constituintes dos minerais, falamos em sentido exclusivamente material, pois que aqui apenas do corpo se trata. Sem falar do princípio inteligente, que é questão à parte, há, na matéria orgânica, um princípio especial, inapreensível e que ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto; mas, nem por isso deixa de dar à substância propriedades que a distinguem das substâncias inorgânicas. A química, que decompõe e recompõe a maior parte dos corpos inorgânicos, também conseguiu decompor os corpos orgânicos; jamais chegou, porém, a reconstituir, sequer, uma folha morta, prova evidente de que há nestes últimos o que quer que seja, inexistente nos outros.

17. Será o princípio vital alguma coisa particular, que tenha existência própria? Ou, integrado no sistema da unidade do elemento gerador, apenas será um estado especial, uma das modificações do fluido cósmico, pela qual este se torne princípio de vida, como se torna luz, fogo, calor, eletricidade? É neste último sentido que as comunicações acima reproduzidas resolvem a questão. (Cap. VI, "Uranografia geral".)

Seja, porém, qual for a opinião que se tenha sobre a natureza do princípio vital, o certo é que ele existe, pois que se lhe apreciam os efeitos. Pode­-se, portanto, logicamente, admitir que, ao se formarem, os seres orgânicos assimilaram o princípio vital, por ser necessário à destinação deles; ou, se o preferirem, que esse princípio se desenvolveu em cada indivíduo, por efeito mesmo da combinação dos elementos, tal como se desenvolvem, dadas certas circunstâncias, o calor, a luz e a eletricidade.

18. Combinando­-se sem o princípio vital, o oxigênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono unicamente teriam formado um mineral ou corpo inorgânico; o princípio vital, modificando a constituição molecular desse corpo, dá­-lhe propriedades especiais. Em lugar de uma molécula mineral, tem­-se uma molécula de matéria orgânica.

A atividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela ação do funcionamento dos órgãos, do mesmo modo que o calor, pelo movimento de rotação de uma roda. Cessada aquela ação, por motivo da morte, o princípio vital se extingue, como o calor, quando a roda deixa de girar. Mas, o efeito produzido por esse princípio sobre o estado molecular do corpo subsiste, mesmo depois dele extinto, como a carbonização da madeira subsiste à extinção do calor. Na análise dos corpos orgânicos, a química encontra os elementos que os constituem: oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono; mas, não pode reconstituir aqueles corpos, porque, já não existindo a causa, não lhe é possível reproduzir o efeito, ao passo que possível lhe é reconstituir uma pedra.

19. Tomamos para termo de comparação o calor que se desenvolve pelo movimento de uma roda, por ser um efeito vulgar, que todo mundo conhece, e mais fácil de compreender­-se. Mais exato, no entanto, houvéramos sido, dizendo que, na combinação dos elementos para formarem os corpos orgânicos, desenvolve­-se eletricidade. Os corpos orgânicos seriam, então, verdadeiras pilhas elétricas, que funcionam enquanto os elementos dessas pilhas se acham em condições de produzir eletricidade: é a vida; que deixam de funcionar, quando tais condições desaparecem: é a morte. Segundo essa maneira de ver, o princípio vital não seria mais do que uma espécie particular de eletricidade, denominada eletricidade animal, que durante a vida se desprende pela ação dos órgãos e cuja produção cessa, quando da morte, por se extinguir tal ação.

A Gênese – Allan Kardec.

Vital Principle

16. Though we say that plants and animals are formed of the same constituents as minerals, it is necessary to understand this statement in a purely material sense, as it has reference only to the body.

Without speaking of the intelligent principle, which is a question by itself, there is in organic matter a special indiscernible principle, which has never yet been defined: it is the vital principle. This principle, which is active in living beings, though extinct in beings deprived of life by death, nevertheless gives to them characteristic properties, distinguishing them from inorganic substances. Chemistry, which decomposes and recomposes the greater part of inorganic bodies, has power to decompose organic bodies, but has never known to reconstruct even a dead leaf, which is a conclusive proof that there is something in one which does not exist in the other.

17. Is the vital principle something distinct, having a separate existence before it enters the systematic unity of the generative element? Or is it only a particular state, one of the modifications of the universal cosmic fluid, which has become the principle of life, as light, fire, heat, electricity? It is in this last sense that the question is solved by the communications connected with this subject (chap. VI, “General Uranography”).

But, whatever the opinion be concerning the nature of the vital principle, we know it exists as we see the effects of it. One can then admit logically that, in forming themselves from it, organic beings have assimilated the vital principle necessary to their existence as immortal beings; or, if one wishes to say that this principle has been developed in each individual through a combination of elements under the rule of certain circumstances, one sees heat, light, and electricity develop themselves.

18. Oxygen, hydrogen, nitrogen, and carbon, in combining themselves without the vital principle, form only a mineral or inorganic body. The vital principle, modifying the molecular constitution of this body, gives to it special properties. In place of a mineral molecule is found a molecule of organic matter.

The activity of the vital principle is sustained during life by the action of the organs, as is heat by the rotary movement of a wheel. As this action ceases with death, the vital principle is extinguished, as heat is when the wheel ceases to turn. But the effect produced upon the molecular state of the body by the vital principle lives after its extinction, just as the carbonization of wood continues after the extinction of heat. In the analysis of organic bodies, chemistry finds again the constituent elements, oxygen, hydrogen, nitrogen, and carbon; but it cannot reconstruct them, because the cause exists no more: and thus the effect cannot be reproduced, although it can reconstruct a stone.

19. We have taken as an illustration heat generated by the movement of a wheel, because it is a common effect known to all and easier to comprehend; but it had been more exact to say, that in the combination of elements needed to form organic bodies, they are developed by electricity. Organic bodies are therefore veritable electric batteries which operate to the extent that the elements composing them are in a condition to generate electricity, which is life. When these conditions are arrested, death ensues. The vital principle can be none other than a particular kind of electricity designated under the name of animal electricity, evolved during life by the action of the organs, of which the production is arrested by death owing to the cessation of this action.

The GENESIS  - Allan Kardec.

El principio vital.

16. Cuando decimos que las plantas y los animales están formados por los mismos principios que constituyen los minerales, hablamos en sentido exclusivamente material, pues sólo se trata del cuerpo.

Sin referirnos al principio inteligente, que es una cuestión aparte, existe en la materia orgánica un principio especial, inaprensible, que aún no se ha podido definir: el principio vital. Ese principio, que está activo en el ser vivo, se ha extinguido en el ser muerto; pero no por eso deja de conferirle a la sustancia propiedades características que la distinguen de las sustancias inorgánicas. La química, que descompone y recompone la mayor parte de los cuerpos inorgánicos, también consiguió descomponer los cuerpos orgánicos, pero nunca llegó a reconstituir ni siquiera una hoja muerta, lo que constituye una prueba evidente de que existe en los seres orgánicos algo que no existe en los inorgánicos.

17. ¿Será el principio vital algo distinto, que tiene existencia propia? ¿O bien, integrado en el sistema de la unidad del elemento generador, no es más que un estado particular, una de las modificaciones del fluido cósmico universal, mediante la cual este se convierte en el principio de vida, del mismo modo que se convierte en luz, fuego, calor, electricidad? En este último sentido, las comunicaciones que hemos reproducido más arriba resuelven el problema. (Véase el Capítulo VI: Uranografía general.)

No obstante, sea cual fuere la opinión que se tenga sobre la naturaleza del principio vital, lo cierto es que existe, pues observamos sus efectos. Por lo tanto, podemos admitir lógicamente que, al formarse, los seres orgánicos han asimilado el principio vital, pues este es necesario para su destino; o si se prefiere, que ese principio se desarrolló en cada individuo por efecto mismo de la combinación de los elementos, tal como se desarrollan en ciertas circunstancias el calor, la luz y la electricidad.

18. Al combinarse sin el principio vital, el oxígeno, el hidrógeno, el nitrógeno y el carbono sólo habrían formado un mineral o cuerpo inorgánico. Sin embargo, puesto que el principio vital modifica la constitución molecular de ese cuerpo, le confiere propiedades especiales y, en lugar de una molécula mineral, se obtiene una molécula de materia orgánica.

La actividad del principio vital es mantenida durante la vida mediante la acción del funcionamiento de los órganos, del mismo modo que el calor por el movimiento de rotación de una rueda. Al cesar esa acción, con motivo de la muerte, el principio vital se extingue, al igual que el calor cuando la rueda deja de girar. No obstante, el efecto producido sobre el estado molecular del cuerpo por el principio vital subsiste hasta después de la extinción de ese principio, como la carbonización de la madera persiste después de que se ha extinguido el calor. En el análisis de los cuerpos orgánicos, la química encuentra los elementos que los constituyen: oxígeno, hidrógeno, nitrógeno y carbono, pero no puede reconstituir aquellos cuerpos; dado que ya no existe la causa, le es imposible reproducir el efecto, mientras que sí puede reconstituir una piedra.

19. Hemos tomado como elemento de comparación el calor que se desarrolla por el movimiento de una rueda, por tratarse de un efecto común, que todos conocen, y es más fácil de comprender. No obstante, habríamos sido más exactos si hubiésemos dicho que, en la combinación de los elementos para formar los cuerpos orgánicos, se desarrolla la electricidad. Los cuerpos orgánicos serían entonces verdaderas pilas eléctricas, que funcionan mientras los elementos de esas pilas se encuentran en las condiciones requeridas para producir electricidad: esa es la vida; y que dejan de funcionar cuando esas condiciones desaparecen: esa es la muerte. De acuerdo con esto, el principio vital no sería más que una especie particular de electricidad, denominada electricidad animal, que durante la vida se desprende mediante la acción de los órganos, y cuya producción cesa en ocasión de la muerte, a raíz de que se extingue esa acción.

EL GÉNESIS – Allan Kardec.

Nenhum comentário:

Postar um comentário