domingo, 3 de dezembro de 2023

Marta, Maria e Maria de Magdala

IDEIAS PRINCIPAIS.

A visita de Jesus desencadeou diferentes comportamentos em seus amigos de Betânia: Lázaro, atento, ouve as narrações do Mestre sobre os últimos acontecimentos; Maria, embevecida, prostra-se aos seus pés, quando este começa ensinar; Marta, afadigada, preocupa-se com os afazeres da casa. Diante deste quadro, Jesus afirma: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. Lucas, 10.41,42.

Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, na ressurreição: Foi então, quando, na manhã do terceiro dia, a ex-pecadora de Magdala se acercou do sepulcro com perfumes e flores. Queria, ainda uma vez, aromatizar aquelas mãos inertes e frias […]. Estupefata, por não encontrar o corpo, já se retirava entristecida, para dar ciência do que verificara aos companheiros, quando uma voz carinhosa e meiga exclamou brandamente aos seus ouvidos: — Maria!… […]. Instintivamente, Madalena se ajoelhou e recebeu o olhar do Mestre, num transbordamento de lágrimas de inexcedível ventura. Humberto de Campos: Boa nova, Capítulo 22.

SUBSÍDIOS.

1. Texto evangélico.

E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. Lucas, 10.38-42.

Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. João, 12.1-3.

E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. […] E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. […] E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe. Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni! (que quer dizer Mestre) João, 20.1,2,11,13-16.

A tradição judaica mantinha a liberdade feminina semelhante à dos homens, nos tempos antigos. “Israel vivia num mundo patriarcal, mas sua sociedade era sempre conformada por uma fé que dava igualdade às mulheres aos olhos de Deus.” (4) Antes do exílio babilônico (587-586 a.C), encontram-se mulheres profetisas, juízas,rainhas, sem jamais serem excluídas do culto de Deus.

São, por vezes, veneradas como modelo de sabedoria. A honra das mães é equivalente à dos pais na lei básica de Israel, os Dez Mandamentos. Os direitos de família de viúvas e mães são protegidos por lei. A mulher que se envolve em empreendimentos comerciais lucrativos, que ensina com sabedoria, e que serve à comunidade mediante atos de caridade é reverenciada como ideal. […] Quando Israel foi levada para o exílio babilônio, seus sacerdotes no exílio determinaram que iriam traçar um plano para a vida de Israel que asseguraria que ela [a nação judia] jamais seria de novo julgada por Deus. Assim, coletaram e escreveram uma legislação sacerdotal que iria assegurar o ritual e a pureza social de Israel. Ao mesmo tempo, enfatizaram a importância da circuncisão como sinal de aliança. Essa ênfase levou a sexualidade para o domínio do culto e relacionou as mulheres à comunidade da aliança apenas através de seus homens. (5)

As ordenações religiosas foram, aos poucos, limitando a ação da mulher. Por exemplo: ao eliminar a prática de derramamento de sangue na sinagoga, pelo sacrifício de animais, as mulheres foram excluídas do culto no período de parto ou de menstruação; o marido podia anular os votos a Deus pronunciados por sua esposa; não podiam aprender ou ensinar a Torah, etc. As ações de Jesus em relação às mulheres foram consideradas revolucionárias, também neste sentido.

Ele não hesitou em envolver até mulheres estrangeiras impuras em conversação pública. Ignorou todas as restrições de impureza ritual. Ele próprio ensinou mulheres, deu-lhes uma posição igual às dos homens […] e conferiu-lhes o mais elevado respeito como pessoas. (5)

Estas medidas foram mantidas pelos apóstolos e discípulos nos tempos do Cristianismo primitivo: as mulheres podiam, entre outras atividades, ser batizadas; praticar a caridade; ser ministras da Igreja; pregar no culto; profetizar e ensinar. (6)

Marta era irmã de Maria que ungiu nosso Senhor pouco antes de sua morte [Mt 26.7; Mc 14.3; Jo 12.3] […]; e de Lázaro, a quem Jesus ressuscitou dos mortos (Jo 11), que era irmão de ambas. Segundo Jo 11.1 a família veio de Betânia, uma vila provavelmente cerca de 3 km distante de Jerusalém, na estrada de Jericó. (2)

O nome Maria Madalena, outra importante personagem do Evangelho, sugere que ela veio da aldeia galileia de Magdala.

Em Lucas, 8.2, […] lemos que entre as mulheres curadas de possessão demoníaca [isto é, subjugação], e que passaram a acompanhar o Senhor e seus discípulos durante o ministério de evangelização dos mesmos, estava também “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” [sete obsessores] (cf. Mc 16.9; na terminação mais longa) (1)

2. Interpretação do texto evangélico

2.1 Análise do texto de Lucas: Marta e Maria

E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. (Lc 10.38-42).

As irmãs, Marta e Maria, recebem a bênção da visita de Jesus na intimidade do lar, oportunidade em que manifestam entusiasmo pela presença do Mestre, na forma que lhes é própria, consoante o temperamento, necessidades e entendimento espirituais.

Maria, cujo nome aparece citado em Lucas, 10.38-42 e em João, 11.2; 28-32 e 12.3, prostra-se aos pés de Jesus, ouvindo, embevecida, suas narrações e ensinamentos. Naquele momento, nada mais lhe era importante, tudo se tornou secundário, a não ser acomodar-se e escutar o Mestre. Reconhece-se nesta ação de Maria uma espontânea demonstração de devoção ao Salvador.

Marta, porém, interpreta equivocadamente o comportamento da irmã, pedindo auxílio ao Mestre: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude”. O Senhor, porém, faz-lhe suave advertência, esclarecendo-lhe para não valorizar em demasia as coisas materiais, ainda que importantes, como a alimentação e o conforto da hospedagem, por serem bens passageiros. Por isto, afirma: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”.

“Ela não era menos devotada a Jesus do que Maria, mas não percebeu o caminho certo para recebê-lo, aquele que mais o agradaria.” (2) A lição é inestimável, e deve nos conduzir a reflexões mais aprofundadas. O mundo moderno, com as suas contínuas requisições, pode colocar o ser humano à deriva, se ele não tomar cuidado. É importante, à semelhança da atitude de Maria, fazer uma pausa e não deixar passar uma feliz oportunidade de melhoria espiritual, por excesso de zelo ou apego às ações cotidianas.

Envolvidos pelas atividades comuns da vida no Plano físico, nem sempre agimos com bom senso. É comum as pessoas alegarem falta de tempo, por se encontrarem assoberbadas pelas requisições do dever profissional, familiar, social ou religioso.

Neste sentido, surpreendem-se certos comportamentos e atitudes radicais de alguns companheiros de estrada evolutiva que se atrelam a cronogramas rígidos, imutáveis, sem oferecerem espaço para improvisações ou mínimas alterações: não há tempo para contato fraterno, telefonema, carta, e-mail ou visita. As atividades são conduzidas, dia após dia, num ritmo frenético, metódico, tiranizante.

Nos tempos atuais há, em geral, uma doentia subjugação a horários, rotinas e processos que mantêm as criaturas distantes, cada vez mais afastadas. Devemos analisar melhor esta questão. É bom investir na qualidade de vida. Ponderar que é possível reestruturar a existência, “escolher a boa parte”, como fez Maria, sair dessa “camisa de força”, mantendo, ainda, a responsabilidade, ordem e disciplina, exigidas pela existência.

Maria escolheu a boa parte porque concedeu o valor preciso às necessidades de hospedagem e alimentação. A maior parte do seu tempo, os esforços e energias foram canalizados para o essencial. O Cristo encontrava-se presente em sua casa, por algumas horas. Talvez, não mais o visse naquela reencarnação. Assim, por que perder esses instantes, tão especiais, para se dedicar mais tempo às coisas materiais, ainda que estas fossem importantes?

“Busquemos o lado melhor das situações, dos acontecimentos e das pessoas. “Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada” — disse-nos o Senhor. Assimilemos a essência da divina lição. Quem procura a “boa parte” e nela se detém, recolhe no campo da vida o tesouro espiritual que jamais lhe será roubado.” (13)

“Uma só coisa é necessária”, asseverou o Mestre, em sua lição a Marta, cooperadora dedicada e ativa. Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de nós mesmos, uma atitude adequada, ante os desígnios do Todo-Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos traçou a Divina Lei. Realizado esse “necessário”, cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o Celeste Instrutor, é muito difícil agir alguém com proveito. (14)

2.2 Análise do texto de João: a unção dos pés de Jesus

Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. (Jo 12.1-3).

Vemos, neste texto, situação semelhante à analisada no anterior: Marta que serve a ceia, Maria que unge os pés de Jesus com um bálsamo. Ela está sempre aos pés do Senhor, revelando atitude humilde e devotada. Marta encontra-se ao lado de Jesus, atende-o com afeto e dedicação, mas não se desliga dos demais. O quadro reflete duas modalidades de servidores: um que se abstrai de tudo para estar com o Mestre, fervorosamente. Outro que é fiel e dedicado, também, mas que faz uma ponte entre Jesus e os demais seres humanos.

Os dois comportamentos estão corretos e são necessários. Em determinado contexto, a atitude de Maria é a mais indicada, noutro é a de Marta. O desafio é fazer o que é certo. “Fazer algo em Cristo é fazer sempre o melhor para todos: sem expectativa de remuneração. Sem exigências. Sem mostrar-se. Sem exibir superioridade. Sem tributos de reconhecimento. Sem perturbações.” (12)

Entre saber e fazer existe singular diferença. Quase todos sabem, poucos fazem. Todas as seitas religiosas, de modo geral, somente ensinam o que constitui o bem. Todas possuem serventuários, crentes e propagandistas, mas os apóstolos de cada uma escasseiam cada vez mais. Há sempre vozes habilitadas a indicar os caminhos. É a palavra dos que sabem. Raras criaturas penetram valorosamente a vereda, muita vez em silêncio, abandonadas e incompreendidas. É o esforço supremo dos que fazem. (11)

Há outro ponto a considerar, útil na análise do comportamento das duas irmãs: a liderança de Marta se justifica, no sentido de fornecer condições de boa hospedagem, por indicar, segundo a tradição judaica, que ela era a dona da casa — casada com certo Simão, o leproso — e a irmã mais velha, a quem cabia as iniciativas de dirigir as atividades diárias, no lar. (2)

Em relação às unções a Jesus, o Evangelho relata que ocorreram duas: uma administrada por uma pecadora penitente, na Galileia (Lc 7.37,38), outra pela piedosa Maria de Betânia, indicada neste Roteiro. Em ambas as situações, o sentido é o mesmo: devoção, atenção, cuidados, reverência ao Senhor. A ação de ungir apresentava caráter sagrado para os judeus. Tratava-se de uma prática considerada santa. Além disso, a unção simbolizava o “derramamento” do Espírito de Deus sobre a criatura ungida. Assim, era comum ungir os doentes com azeite (Tg 5.14) para que este recebesse benefícios de Deus, o doador da vida. (3)

2.3 Análise do segundo texto de João: Maria de Magdala.

E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. […] E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. […] E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe. Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni! (que quer dizer Mestre) (Jo 20.1,2,11,13-16).

Maria de Magdala representa o exemplo dos que cometem equívocos graves em sua marcha evolutiva, mas que conseguem, ao toque do amor do Cristo, reajustar-se perante a Lei de Deus e voltar-se, definitivamente, para o bem. Seguiu Jesus em muitas de suas peregrinações, estando presente nos momentos dolorosos da crucificação, em companhia de outras mulheres, e também no sublime instante da ressurreição do Senhor.

Humberto de Campos nos transmite oportunas informações sobre esse valoroso Espírito:

Maria de Magdala ouvira as pregações do Evangelho do Reino, não longe da vila principesca onde vivia entregue a prazeres, em companhia de patrícios romanos, e tomara-se de admiração profunda pelo Messias. Que novo amor era aquele apregoado aos pescadores singelos por lábios tão divinos? Até ali, caminhara ela sobre as rosas rubras do desejo, embriagando-se com o vinho de condenáveis alegrias. No entanto, seu coração estava sequioso e em desalento. Jovem e formosa, emancipara-se dos preconceitos férreos de sua raça; sua beleza lhe escravizara aos caprichos de mulher os mais ardentes admiradores; mas seu Espírito tinha fome de amor. O profeta nazareno havia plantado em sua alma novos pensamentos. Depois que lhe ouvira a palavra, observou que as facilidades da vida lhe traziam agora um tédio mortal ao Espírito sensível. As músicas voluptuosas não encontravam eco em seu intimo, os enfeites romanos de sua habitação se tornaram áridos e tristes. Maria chorou longamente, embora não compreendesse ainda o que pleiteava o profeta desconhecido. Entretanto, seu convite amoroso parecia ressoar-lhe nas fibras mais sensíveis de mulher. Jesus chamava os homens para uma vida nova. (7)

Procurou, decidida, o Mestre, a quem abriu o coração: — “Senhor, ouvi a vossa palavra consoladora e venho ao vosso encontro!… […] Sou uma filha do pecado. Todos me condenam. Entretanto, Mestre, observai como tenho sede do verdadeiro amor!…Minha existência, como todos os prazeres, tem sido estéril e amargurada …” (8)

Jesus escutou-lhe atencioso o desabafo sincero e falou-lhe, então, sobre a Boa Nova, o Reino dos céus, a bondade e misericórdia do Pai Celestial. Mostrou-lhe os sacrifícios que marcam a vida dos que buscam o amor verdadeiro. Não lhe criticou os desvios, nem as faltas cometidas, mas abraçou-a como irmã querida, oferecendo o seu apoio inestimável. Sabe-se que, a partir desse instante, Maria Madalena se transformou, dedicando-se com fervor e humildade em servir Jesus, irrestritamente, através do amor ao próximo. Renunciou a todos os prazeres que o mundo lhe oferecia, acolhendo como filhas as irmãs que sofriam, os infortunados do caminho, os aleijados e os leprosos. Passou a viver junto a eles, em permanente dedicação. (9)

Submeteu-se a todo tipo de infortúnio, exemplificando-se como fiel servidora do Cristo, sem jamais desfalecer ou reclamar de algo. Vivendo junto aos leprosos (hansenianos), cuidando deles, foi contaminada pelo agente infeccioso, responsável pela doença. A morte do corpo a alcançou num momento em que a enfermidade se espalhava, inflexível, por todo o seu organismo, cobrindo-o de pústulas e lesões deformantes. Entretanto, o seu Espírito estava em paz, ela conseguira passar pela porta estreita e alcançara a glória da felicidade verdadeira. (10)

Livro: Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita. Tomo II

Referências:

1. DOUGLAS, J. D. O novo dicionário da Bíblia. Tradução de João Bentes. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2006, p. 840.

2. Idem, ibidem - p. 841.

3. Idem, ibidem - p. 1362.

4. METZER, Bruce M e COOGAN, Michael D. Dicionário da Bíblia. Vol. 1. As pessoas e os lugares. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. Item: Mulheres - texto de Elisabeth Achtemeier, p. 206.

5. Idem, ibidem - p. 207.

6. Idem, ibidem - p. 207-208.

7. XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos (Irmão X). 35. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 20 (Maria de Magdala), p. 131.

8. Idem, ibidem - p. 132-133.

9. Idem, ibidem - p. 135-137.

10. Idem, ibidem - p. 137-140.

11. Idem - Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 49 (Saber e fazer), p. 113.

12. Idem - Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 36. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 2 (Modo de fazer), p. 19-20.

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