segunda-feira, 30 de junho de 2025
Para pedir a corrigenda de um defeito / Preĝo por peti korektiĝon de malvirto.
18. Prefácio. — Os
nossos maus instintos resultam da imperfeição do nosso próprio Espírito e não
da nossa organização física; a não ser assim, o homem se acharia isento de toda
espécie de responsabilidade. De nós depende a nossa melhoria, pois todo aquele
que se acha no gozo de suas faculdades tem, com relação a todas as coisas, a
liberdade de fazer ou de não fazer. Para praticar o bem, de nada mais precisa
senão do querer. (Cap. XV, n.º 10; cap. XIX, n.º 12.)
19. Prece. —
Deste-me, ó meu Deus, a inteligência necessária a distinguir o que é bem do que
é mal. Ora, do momento em que reconheço que uma coisa é do mal, torno-me
culpado, se não me esforçar por lhe resistir.
Preserva-me do
orgulho que me poderia impedir de perceber os meus defeitos e dos maus
Espíritos que me possam incitar a perseverar neles.
Entre as minhas
imperfeições, reconheço que sou particularmente propenso a. . .; e, se não
resisto a esse pendor, é porque contraí o hábito de a ele ceder.
Não me criaste
culpado, pois que és justo, mas com igual aptidão para o bem e para o mal; se
tomei o mau caminho, foi por efeito do meu livre-arbítrio. Todavia, pela mesma
razão que tive a liberdade de fazer o mal, tenho a de fazer o bem e,
conseguintemente, a de mudar de caminho.
Meus atuais
defeitos são restos das imperfeições que conservei das minhas precedentes
existências; são o meu pecado original, de que me posso libertar pela ação da
minha vontade e com a ajuda dos Espíritos bons.
Bons Espíritos que
me protegeis, e sobretudo tu, meu anjo-da-guarda, dai-me forças para resistir
às más sugestões e para sair vitorioso da luta.
Os defeitos são
barreiras que nos separam de Deus e cada um que eu suprima será um passo dado
na senda do progresso que dele me há de aproximar.
O Senhor, em sua
infinita misericórdia, houve por bem conceder-me a existência atual, para que
servisse ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudai-me a aproveitá-la, para
que me não fique perdida e para que, quando ao Senhor aprouver me retirar, eu
dela saia melhor do que entrei. (Cap. V, n.o 5; cap. XVII, n.o 3.)
Livro:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Preĝo por peti korektiĝon de malvirto.
18. Antaŭparolo.
Niaj malbonaj instinktoj estas rezulto de malperfekteco de nia propra Spirito,
kaj ne de nia korpo, kontraŭe la homo sin fortirus de ĉia respondeco. Nia pliboniøĝo
dependas de ni, ĉar ĉiu homo, en la uzrajto de siaj kapabloj, havas pri ĉiuj
aferoj la liberecon fari aŭ ne fari; por fari la bonon, al li sufiĉas nur la
volo.(Ĉap.XV, §10; ĉap.XIX, §12)
19. Preĝo. Vi
donis al mi, ho mia Dio, la prudenton por distingi inter la bonon kaj malbonon;
nu, de la momento, kiam mi rekonas, ke io estas malbona, mi estas kulpa, se mi
ne penas rezisti al ĝi.
Liberigu min de la
fiero, kiu povus malebligi al mi vidi miajn erarojn, kaj de la malbonaj
Spiritoj, kiuj povas instigi min obstini.
El inter miaj
malperfektaĵoj, mi konfesas, ke mi estas precipe inklina al ..., kaj mi ne
rezistas al tia inklino nur tial, ke mi kutimiĝis cedi al ĝi.
Vi ne kreis min
kulpa, ĉar Vi estas justa, sed Vi kreis min kun egala kapableco por la bono kaj
la malbono; se mi sekvis la malbonan vojon, tio estas efiko de mia libera volo.
Sed tial, ke mi havis la liberecon fari la malbonon, mi havas ankaŭ la
liberecon fari la bonon, sekve mi havas la liberecon ŝanĝi mian vojon.
Miaj nuntempaj
malvirtoj estas restaĵo el la neperfektaĵoj konservitaj el miaj antaŭaj
ekzistadoj; tio estas mia origina peko, de kiu mi povas liberiĝi per mia volo kaj
kun la helpo de la bonaj Spiritoj.
Bonaj Spiritoj,
kiuj protektas min, kaj precipe vi, mia Gardanĝelo, donu al mi forton por
malcedi al la malbonaj sugestoj kaj por eliri kiel venkinto el la lukto.
La malvirtoj estas
baroj, kiuj apartigas nin de Dio, kaj ĉiu malvirto venkita estas paŝo farita
sur la vojo de la progreso, kiu nin alproksimigas al Li.
La Sinjoro, per
Sia senlima favorkoreco, bonvolis doni al mi la nunan ekzistadon, por ke ĝi
utilu al mia progreso; bonaj Spiritoj, helpu min uzi ĝin kun profito, por ke ĝi
ne estu perdita kaj por ke, kiam al Dio plaĉos repreni ĝin de mi, mi eliru pli
bona, ol mi eniris (Ĉap.V, § 5; ĉap.XVII, § 3.)
Libro: La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
sábado, 28 de junho de 2025
sexta-feira, 27 de junho de 2025
Problemas do mundo - Bezerra de Menezes
O mundo está
repleto de ouro.
Ouro no solo. Ouro
no mar. Ouro nos cofres.
Mas o ouro não
resolve o problema da miséria.
O mundo está
repleto de espaço.
Espaço nos
continentes. Espaço nas cidades. Espaço nos campos.
Mas o espaço não
resolve o problema da cobiça.
O mundo está
repleto de cultura.
Cultura no ensino.
Cultura na técnica. Cultura na opinião.
Mas a cultura da
inteligência não resolve o problema do egoísmo.
O mundo está
repleto de teorias.
Teorias na
ciência. Teorias nas escolas filosóficas. Teorias nas religiões.
Mas as teorias não
resolvem o problema do desespero.
O mundo está
repleto de organizações.
Organizações
administrativas. Organizações econômicas. Organizações sociais.
Mas as
organizações não resolvem o problema do crime.
Para extinguir a
chaga da ignorância, que acalenta a miséria; para dissipar a sombra da cobiça,
que gera a ilusão; para exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra;
para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco
do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de
Jesus no coração humano.
Sejamos, assim,
valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que o desentranha da letra, na
construção da Humanidade Nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino
Mestre, pela emoção e pela ideia, pela diretriz e pela conduta, pela palavra e
pelo exemplo e, parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno
da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: “Fora do Cristo não há
solução”.
Do livro O
Espírito da Verdade, obra psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, de autoria de Espíritos diversos.
Prece por alguém que esteja em aflição / Preĝo por la afliktito.
42.
Prefácio. — Se é do interesse do aflito que a sua prova prossiga, ela não será
abreviada a nosso pedido. Mas fora ato de impiedade desanimarmos por não ter
sido satisfeita a nossa súplica. Aliás, em falta de cessação da prova, podemos
esperar alguma outra consolação que lhe mitigue o amargor. O que de mais
necessário há para aquele que se acha aflito, são a resignação e a coragem, sem
as quais não lhe será possível sofrê-la com proveito para si, porque terá de
recomeçá-la. É, pois, para esse objetivo que nos cumpre, sobretudo, orientar os
nossos esforços, quer pedindo lhe venham em auxílio os bons Espíritos, quer
levantando-lhe o moral por meio de conselhos e encorajamentos, quer, enfim,
assistindo-o materialmente, se for possível. A prece, neste caso, pode também
ter efeito direto, dirigindo, sobre a pessoa por quem é feita, uma corrente
fluídica com o intento de lhe fortalecer o moral. (Cap. V, n.os 5 e 27; cap.
XXVII, n.os 6 e 10.)
43.
Prece. — Deus de infinita bondade, digna-te de suavizar o amargor da posição em
que se encontra N. . ., se assim for a tua vontade. Bons Espíritos, em nome de
Deus todo-poderoso, eu vos suplico que o assistais nas suas aflições. Se, no
seu interesse, elas lhe não puderem ser poupadas, fazei compreenda que são
necessárias ao seu progresso. Dai-lhe a confiança em Deus e no futuro que lhas
tornará menos acerbas. Dai-lhe também forças para não sucumbir ao desespero,
que lhe faria perder o fruto de seus sofrimentos e lhe tornaria ainda mais
penosa no futuro a situação. Encaminhai para ele o meu pensamento, a fim de que
o ajude a manter-se corajoso.
Livro:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Preĝo
por la afliktito
42.
Antaŭparolo. Se estas en la intereso de la afliktito, ke lia provo daŭru plu, ĝi
ne estos mallongigita pro nia peto; sed estus malpieco senkuraĝiĝi tial, ke la peto
ne estas aŭskultata; cetere, se la provo ne ĉesos, oni povas esperi, ke ia
konsolo mildigos ties amarecon. Kio estas vere utila por iu, kiu estas en
sufero, tio estas la kuraĝo kaj la rezignacio, sen kiuj liaj suferoj estas senutilaj
por li, ĉar li estos devigita rekomenci la provon. Sekve, precipe al tiu celo
oni devas direkti niajn klopodojn, aŭ vokante la bonajn Spiritojn por lin
helpi, aŭ revigligante la animon de l’ afliktito per konsiloj kaj kuraĝigo, aŭ,
fine, helpante lin materiale, se tio estas ebla. En ĉi tiu okazo, la preĝo
povas havi ankaŭ rektan efikon, direktante al la persono emanaĵon kun la celo
fortigi lian animon. (Ĉap.V, §§ 5 kaj 27; ĉap. XXVII, §§ 6 kaj 10.)
43.
Preĝo. Mia Dio, kies boneco estas senlima, volontu mildigi la amarecon de la
situacio de N..., se tia estas Via volo.
Bonaj
Spiritoj, en la nomo de Dio Ĉiopova, mi petegas vin helpi lin en liaj afliktoj.
Se, en lia intereso, la afliktoj ne povas esti ŝparataj al li, igu lin
kompreni, ke ili estas necesaj al lia progreso. Donu al li konfidon al Dio kaj
al la estonteco, kiuj faros al li malpli amaraj la afliktojn. Donu al li ankaŭ
la forton por ne perei pro malespero, kiu perdigus por li la fruktojn de la
sufero kaj farus ankoraŭ pli peniga lian estontan situacion. Konduku mian
penson al li, kaj povu ĝi subteni lian kuraĝon.
Libro:
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
quarta-feira, 25 de junho de 2025
Lecioneto / pequena lição. - Paco / Paz.
Paco paz. paca 1 pacífico, que está em paz:
coexistência pacífica paca kunekzistado. 2 pacato. pace (tb. en paco)
pacificamente, em paz. pacama 1 pacífico, que ama a paz. 2 pacato. pacamo amor
à paz. pacema pacato, pacífico, propenso à paz. pacemo pacatez, propensão à
paz. paciga 1 pacificador, apaziguador, apacificador, conciliador,
conciliatório, conciliativo, que promove a paz. 2 amigável. pacigi 1 pacificar,
apaziguar, apacificar, reconciliar, conciliar, fazer a paz. 2 aquietar,
tranquilizar. pacigo pacificação, apaziguamento, conciliação, reconciliação
(que se faz a outrem). paciganto (aquele que pacifica) pacificador. paciĝi 1
pacificar-se, apaziguar-se, apacificar-se, fazer a paz, conciliar-se,
reconciliar-se. 2 tranquilizar-se, aquietar-se. paciĝo pacificação,
apaziguamento, conciliação, reconciliação (que se faz a si mesmo). pacisma (tb.
pacifisma) (relativo ao pacifismo) pacifista, do pacifismo: li defendas
pacismajn (ou pacifismajn) ideojn ele defende ideias pacifistas. pacismo (tb.
pacifismo) (doutrina política de desarmamento e paz entre as nações) pacifismo.
pacista (relativo aos pacifistas) (tb. pacifista) pacifista, de pacifista: lia
pacista sinteno estas nur ŝajno a atitude pacifista dele é só aparência. pacisto (tb. pacifisto) (o adepto do
pacifismo) pacifista. pacperanto mediador, negociador, intermediário,
moderador, medianeiro (de paz). interpaco (período de paz entre duas guerras ou
conflitos) armistício, trégua. interpacigi 1 pacificar, apaziguar, apacificar,
reconciliar, conciliar, fazer a paz. 2 aquietar, tranquilizar. interpacigo
pacificação, apaziguamento, conciliação, reconciliação (que se faz a outrem).
interpaciĝi 1 pacificar-se, apaziguar-se, apacificar-se, fazer a paz,
conciliar-se, reconciliar-se. 2 tranquilizar-se, aquietar-se. interpaciĝo
pacificação, apaziguamento, conciliação, reconciliação (que se faz a si mesmo).
malpaci (i.) estar em guerra, estar brigado, estar em desavença, brigar,
guerrear, guerrear-se. malpaco altercação, discórdia, contenda, desavença,
guerra, desinteligência, briga, divisão (fig.). malpacema brigão, briguento,
brigalhão, brigoso, brigador, brigante, rixoso. malpaceto arrufo. malpacigi
desavir, malquistar, indispor. malpacigilo (tb. pomo de malkonkordo) pomo da
discórdia. malpaciĝi brigar, indispor-se, desavir-se: li malpaciĝis kun sia
koramikino ele brigou com a namorada. repaciga repacificador, reconciliatório,
reconciliativo. repacigi repacificar, reconciliar, apaziguar. repaciĝi
reconciliar-se, apaziguar-se, apacificar-se fazer as pazes: repaciĝi kun iu
fazer as pazes com alguém. senpaca agitado, inquieto. ¨ tre pacema pacatório.
Vortaro
Túlio Flores.
Dicionário
Túlio Flôres
Português - Esperanto || Esperanto - Português || Esperanto – Esperanto.
Pac/o
1
Stato de regno, nacio aŭ alia homgrupo, kiu ne estas militanta kontraŭ alia: se
vi volas pacon, preparu pacon; se paco ĉiam ambaŭ la popolojn ligu plej
trankvile […] Z; li sukcesis do akiri la pacon por la Samosanoj K; Mi donos
pacon al via lando X; li havis pacon kun ĉiuj ĉirkaŭaj landoj X; en tempo de
paco; rompi la pacon; armita paco (dum kiu ĉiu sin pretigas por milito);
packondiĉoj, packontrakto.
2
Stato de anaro (nacio, gento, familio, societo ks), inter kies anoj ekzistas
nenia malakordo aŭ malkonsento: por interna paco en ia lando […] Z; ni kreis
pacon k unuecon Z; geedzoj en paco vivas en reĝa palaco Z; paco estu inter viaj
muroj! X; mi venis, por enkonduki ne pacon, sed glavon N; ili foriris de li en
paco X; iru en paco! Z; (f) paco estu en la arbaro! Z. ☞ akordo, harmonio,
konkordo, konsento.
3
Stato de psiko, kiu ne estas maltrankviligata de zorgoj, timoj ks: miaj
instruoj […] akirigos al vi jarojn de vivo k paco X; mia animo estis forpuŝita
for de paco, bonstaton mi forgesis X; kiam la paco de la dormo kuŝis super la
denove feliĉa domo Z; paco estis sur la vizaĝo de la mortinto Z; (f) paco al
lia cindro! Z (li ripozu trankvile!).
PIV
2020.
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Prece nas aflições da vida / Preĝo en la afliktoj de la vivo.
26.
Prefácio. — Podemos pedir a Deus favores terrenos e ele no-los pode conceder,
quando tenham um fim útil e sério. Mas, como a utilidade das coisas sempre a
julgamos do nosso ponto de vista e como as nossas vistas se circunscrevem ao
presente, nem sempre vemos o lado mau do que desejamos. Deus, que vê muito
melhor do que nós e que só o nosso bem quer, pode recusar o que peçamos, como
um pai nega ao filho o que lhe seria prejudicial. Se não nos é concedido o que
pedimos, não devemos por isso entregar-nos ao desânimo; devemos pensar, ao
contrário, que a privação do que desejamos nos é imposta como prova, ou como
expiação, e que a nossa recompensa será proporcionada à resignação com que a
houvermos suportado. (Cap. XXVII, n.o 6; cap. II, n.os 5 a 7.)
27.
Prece. — Deus onipotente, que vês as nossas misérias, digna-te de escutar,
benevolente, a súplica que neste momento te dirijo. Se é desarrazoado o meu
pedido, perdoa-me; se é justo e conveniente segundo as tuas vistas, que os bons
Espíritos, executores das tuas vontades, venham em meu auxílio para que ele
seja satisfeito.
Como
quer que seja, meu Deus, faça-se a tua vontade. Se os meus desejos não forem
atendidos, é que está nos teus desígnios experimentar-me e eu me submeto sem me
queixar. Faze que por isso nenhum desânimo me assalte e que nem a minha fé nem
a minha resignação sofram qualquer abalo.
(Formular
seu pedido.)
Livro:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Preĝo
en la afliktoj de la vivo.
26.
Antaŭparolo. Ni povas peti de Dio surterajn favorojn, kaj Li povas ilin al ni
doni, kiam ili havas utilan kaj seriozan celon; sed tial, ke ni juĝas la
utilecon de l’ aferoj el nia vidpunkto, kaj nia vido estas limigita en la
nuntempo, ni ne ĉiam vidas la malbonan flankon de tio, kion ni deziras. Dio,
kiu vidas pli ĝuste ol ni kaj deziras nur nian bonon, povas do ne kontentigi
nin, kiel patro rifuzas al sia infano tion, kio povas malutili al ĝi.
Se
tio, kion ni petas, ne estas al ni donata, ni ne devas senkuraĝiĝi; kontraŭe,
estas necese pensi, ke la malhavo de tio, kion ni deziras, estas trudata al ni
kiel provo aŭ kiel kulpelaĉeto, kaj ke nia rekompenco estos proporcia al la
rezignacio, kun kiu ni eltenos la provon. (Ĉapitro XXVII, § 6; ĉap. II, §§ 5,
6, 7.)
27.
Preĝo. Dio Ĉiopova, kiu vidas niajn afliktojn, konsentu favore aŭskulti la
peton, kiun mi faras al Vi en tiu ĉi momento. Se mia peto estas malprudenta, pardonu
ĝin al mi; se ĝi estas justa kaj utila en Viaj okuloj, la bonaj Spiritoj, kiuj
plenumas Vian volon, venu al mia helpo por ĝia plenumiĝo.
Kio
ajn okazos, mia Dio, plenumiĝu Via volo. Se miaj deziroj ne estas aŭskultataj,
tiel estas, ĉar Vi decidis elprovi min, kaj mi submetiĝas sen murmuro. Konsentu,
ke mi ne senkuraĝiĝu kaj ke mia fido kaj mia rezignacio ne ŝanceliĝu.
(Formuli
sian peton.)
Libro:
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
sábado, 21 de junho de 2025
Prece para pedir um conselho / Preĝo por peti konsilon.
24.
Prefácio. — Quando estamos indecisos sobre o fazer ou não fazer uma coisa,
devemos antes de tudo propor-nos a nós mesmos as questões seguintes:
1.ª
— Aquilo que eu hesito em fazer pode acarretar qualquer prejuízo a outrem?
2.ª
— Pode ser proveitoso a alguém?
3.ª
— Se agissem assim comigo, ficaria eu satisfeito?
Se
o que pensamos fazer, somente a nós nos interessa, lícito nos é pesar as
vantagens e os inconvenientes pessoais que nos possam advir. Se interessa a
outrem e se, resultando em bem para um, redundará em mal para outro, cumpre,
igualmente, pesemos a soma de bem ou de mal que se produzirá, para nos
decidirmos a agir, ou a abster-nos. Enfim, mesmo em se tratando das melhores
coisas, importa ainda consideremos a oportunidade e as circunstâncias
concomitantes, porquanto uma coisa boa, em si mesma, pode dar maus resultados
em mãos inábeis, se não for conduzida com prudência e circunspecção. Antes de
empreendê-la, convém consultemos as nossas forças e meios de execução. Em todos
os casos, sempre podemos solicitar a assistência dos nossos Espíritos
protetores, lembrados desta sábia advertência: Na dúvida, abstém-te. (Cap.
XXVIII, n.o 38.)
25.
Prece. — Em nome de Deus todo-poderoso, inspirai-me, bons Espíritos que me
protegeis, a melhor resolução a ser tomada na incerteza em que me encontro.
Encaminhai meu pensamento para o bem e livrai-me da influência dos que tentarem
transviar-me.
Livro:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Preĝo
por peti konsilon.
24.
Antaŭparolo. Kiam ni hezitas pri tio, ĉu fari aŭ ne fari ion, ni devas, antaŭ ĉio,
proponi al ni mem la jenajn demandojn:
1-e.
Ĉu la ago, pri kies efektivigo mi hezitas, povas porti ian malutilon al iu
alia?
2-e.
Ĉu ĝi povas esti utila al iu?
3-e.
Se iu farus tion al mi, ĉu mi estus kontenta?
Se
la ago interesas nur nin mem, ni devas pesi la sumon da personaj profitoj kaj
malprofitoj, kiuj povas el ĝi rezulti.
Se
ĝi interesas alian personon, sed, utilante al unu, ĝi eble portos malutilon al
alia, oni devas ankaŭ pesi la sumon de la bono kaj de la malbono, por agi aŭ ne
agi.
Fine,
eĉ pri la plej bonaj aferoj, estas ankoraŭ necese konsideri la oportunecon kaj
la flankajn cirkonstancojn, ĉar io tre bona per si mem povas rezulti malbone en
mallertaj manoj, se ĝi ne estas kondukita kun prudento kaj singardemo. Antaŭ ol
komenci, oni devas konsulti siajn fortojn kaj rimedojn por plenumado. En ĉiaj
okazoj, oni povas ĉiam peti la helpon de la protektantaj Spiritoj, memorante
jenan saĝan maksimon: Se vi dubas, ne agu. (Ĉap. XXVIII, § 38.)
25.
Preĝo. En la nomo de Dio Ĉiopova, bonaj Spiritoj, kiuj min protektas, inspiru
al mi la plej bonan decidon en la necerteco, en kiu mi troviĝas. Direktu mian
penson al la bono, kaj deturnu la influon de tiuj, kiuj provus devojigi min.
Libro:
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Suicídas no mundo Espiritual / Memmortigo en la spirita mondo. (LE957)
957.
Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do
suicídio? / Kiuj estas, entute, la sekvoj de memmortigo en la spirita mondo?
“Muito
diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em
todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma
consequência a que o suicida não pode escapar: o desapontamento. Mas, a sorte
não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta
imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo
curso interromperam.”
A
observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são sempre os
mesmos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a
consequência da interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais
prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre
esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que
no caso de morte natural ele se enfraquece gradualmente, e muitas vezes se
desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As consequências
desse estado de coisas são o prolongamento da perturbação que se segue à morte
e da ilusão em que, durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que
ainda pertence ao número dos vivos. (155 e 165.)
A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu malgrado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que pode perdurar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas em nenhum caso o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.
A
religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às
leis da natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de
abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito?
Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo
estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio
não somente é uma falta, por constituir infração de uma lei moral —
consideração de pouco peso para certos indivíduos —, mas também um ato
estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá,
como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.
Livro:
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
957.
Kiuj estas, entute, la sekvoj de memmortigo en la spirita mondo?
“La
sekvoj de memmortigo estas tre malsamaj: ne ekzistas difinitaj punoj kaj, en ĉiuj
okazoj, ili estas ĉiam konformaj al siaj kaŭzoj; tamen ekzistas sekvo, kiun memmortiginto
ne povas evitigi al si, nome la desapontiĝo. Cetere, la sorto ne estas unu sola
por ĉiuj: ĝi dependas de la cirkonstancoj; iuj elpagas sian kulpon tuj, aliaj
en nova ekzistado, kiu estos pli malbona ol tiu, kies kuron ili interrompis.”
La
observado montras, efektive, ke la sekvoj de memmortigo ne ĉiam estas samaj;
sed kelkaj estas komunaj al ĉiuj okazoj de perforta morto, kaj rezultato de
abrupta tranĉo de vivo. Unue, la ligilo, kuniganta la Spiriton kun la korpo, estas
pli daŭra kaj persista, ĉar tiu ligilo preskaŭ ĉiam havas sian plenan
fortikecon ĉe la momento, kiam ĝi estas ŝirita; ĉe natura morto, ĝi iom post
iom malfortiĝas, kaj ofte malfariĝas eĉ pli frue ol la plena estingiĝo de la
vivo. La sekvoj de tiu perforto estas la plidaŭrigo de la konsterniteco de la
Spirito kaj la iluzio, kiu, dum pli aŭ malpli longa tempo, igas la Spiriton
kredi, ke li ankoraŭ apartenas al la rondo de la vivantoj (155 kaj 165).
La
kuniĝemo, persistanta inter Spirito kaj korpo, naskas, ĉe iuj memmortigintoj,
ian reefikon de la stato de la korpo sur la Spiriton; kaj tial ĉi tiu sentas,
kontraŭvole, la efikojn de la putrado de l’ materio kaj spertas angorojn kaj
teruraĵojn; tiu stato povas daŭri tiel longe, kiel devus daŭri la vivo
interrompita. Tiu efiko ne estas ĝenerala, sed en nenia okazo la memmortiginto
evitas la sekvojn de sia malkuraĝeco; kaj, pli aŭ malpli frue, li, iel aŭ iel
alie, elpagos sian kulpon. Iuj Spiritoj, iam tre malfeliĉaj sur la Tero, diris,
ke ili sin mortigis en sia antaŭa ekzistado kaj ke ili volonte submetiĝis al
novaj provoj, por vidi, ĉu ili tiujn elportos pli rezignacie. Ĉe kelkaj
ekzistas ia ligiteco al la materio, de kiu ili vane penas liberiĝi por iri en
pli bonajn mondojn, kies eniro estas al ili malpermesita; la plimulto bedaŭras,
ke ili faris ion senutilan, ĉar el tio ili ricevis nur disreviĝojn.
Religio,
moralo, ĉiaj filozofioj malaprobas memmortigon, kiel ion kontraŭan al la leĝo
de l’ Naturo; ili ĉiuj diras al ni, kiel principon, ke neniu rajtas memvole
malplidaŭrigi sian vivon; sed, kial neniu tion rajtas? Kial la homo ne povas
libere meti finon al siaj suferoj? Estis destinite al Spiritismo pruvi, per la
ekzemplo de homoj, kiuj falis sur la vojo, ke tiu ago estas ne nur eraro, sed
ankaŭ malobeo je leĝo morala – konsidero ne multe peza por iuj individuoj –, kaj,
ankaŭ, stultegaĵo, ĉar el ĝi oni neniom profitas: kontraŭe, oni perdas; tion
instruas al ni ne teorio, sed la faktoj, kiujn Spiritismo metas sub niajn
okulojn.
Libro:
La Libro de la Spiritoj – Allan Kardec.
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Conhece-se a árvore pelo fruto / Oni konas la arbon laŭ la frukto.
1.
A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não
é má; — porquanto, cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem
figos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. — O homem de bem tira
boas coisas do bom tesouro do seu coração e o mau tira as más do mau tesouro do
seu coração; porquanto, a boca fala do de que está cheio o coração. (S. Lucas,
6:43 a 45.)
2.
Guardai-vos dos falsos profetas que vêm ter convosco cobertos de peles de
ovelha e que por dentro são lobos rapaces. — Conhecê-los-eis pelos seus frutos.
Podem colher-se uvas nos espinheiros ou figos nas sarças? — Assim, toda árvore
boa produz bons frutos e toda árvore má produz maus frutos. — Uma árvore boa
não pode produzir frutos maus e uma árvore má não pode produzir frutos bons. —
Toda árvore que não produz bons frutos será cortada e lançada ao fogo. —
Conhecê-la-eis, pois, pelos seus frutos. (S. Mateus, 7:15 a 20.)
3.
Tende cuidado para que alguém não vos seduza; — porque muitos virão em meu
nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e seduzirão a muitos.
Levantar-se-ão
muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; — e porque abundará a
iniquidade, a caridade de muitos esfriará. — Mas aquele que perseverar até ao
fim se salvará.
Então,
se alguém vos disser: O Cristo está aqui, ou está ali, não acrediteis
absolutamente; — porquanto falsos Cristos e falsos profetas se levantarão e
farão grandes prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzirem, se fosse
possível, os próprios escolhidos. (S. Mateus, 24:4, 5, 11 a 13, 23 e 24; S.
Marcos, 13:5, 6, 21 e 22.).
O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Oni
konas la arbon laŭ la frukto.
1.
Ĉar ne ekzistas bona arbo, kiu donas putran frukton; nek putra arbo, kiu donas
bonan frukton. Ĉar ĉiu arbo estas konata per sia propra frukto. Ĉar el
dornarbetoj oni ne kolektas figojn, nek el rubusujo oni rikoltas vinberojn.
Bona homo el la bona trezorejo de sia koro liveras bonon, kaj malbona homo el la
malbona trezorejo liveras malbonon; ĉar el la abundo de la koro parolas lia buŝo.
(Luko, 6:43-45.)
2.
Gardu vin kontraŭ la falsaj profetoj, kiuj venas al vi en ŝafaj feloj, sed
interne estas rabemaj lupoj. Per iliaj fruktoj vi konos ilin. Ĉu el dornarbetoj
oni kolektas vinberrojn, aŭ el kardoj figojn? Tiel ĉiu bona arbo donas bonajn fruktojn,
sed putra arbo donas malbonajn fruktojn. Bona arbo ne povas doni malbonajn
fruktojn, nek putra arbo doni bonajn fruktojn. Ĉiu arbo, kiu ne donas bonan
frukton, estas dehakata kaj ĵetata en fajron. Tial per iliaj fruktoj vi konos
ilin. (Mateo, 7:15-20.)
3.
Gardu vin, ke neniu vin forlogu. Ĉar multaj venos en mia nomo, dirante: Mi
estas la Kristo; kaj ili forlogos multajn.
Kaj
multaj falsaj profetoj leviĝos, kaj forlogos multajn. Kaj pro la multobligo de
la maljusteco, la amo de la plimulto malvarmiĝos. Sed kiu persistos ĝis la
fino, tiu estos savita.
Tiam
se iu diros al vi: Jen ĉi tie la Kristo, aŭ: Tie; ne kredu; ĉar leviĝos falsaj
kristoj kaj falsaj profetoj kaj faros grandajn signojn kaj miraklojn, tiel ke
ili forlogus, se eble, eĉ la elektitojn. (Mateo, 24:4, 5, 11, 12, 13, 23 kaj
24.)
Libro:
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
Dom de curar e Preces Pagas / Kapablo Sanigi kaj Pagataj Preĝoj.
Dom de curar.
1.
Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos,
expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido.
(S. Mateus, 10:8.)
2.
“Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus
discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo
por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a
faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus
Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e
como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem
dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.
Preces
pagas.
3.
Disse em seguida a seus discípulos, diante de todo o povo que o escutava: —
Precatai-vos dos escribas que se exibem a passear com longas túnicas, que
gostam de ser saudados nas praças públicas e de ocupar os primeiros assentos
nas sinagogas e os primeiros lugares nos festins — que, a pretexto de extensas
preces, devoram as casas das viúvas. Essas pessoas receberão condenação mais
rigorosa. (S. Lucas, 20:45 a 47; S. Marcos, 12:38 a 40; S. Mateus, 23:14.)
4.
Disse também Jesus: não façais que vos paguem as vossas preces; não façais como
os escribas que, “a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas”,
isto é, abocanham as fortunas. A prece é ato de caridade, é um arroubo do
coração. Cobrar alguém que se dirija a Deus por outrem é transformar-se em
intermediário assalariado. A prece, então, fica sendo uma fórmula, cujo
comprimento se proporciona à soma que custe. Ora, uma de duas: Deus ou mede ou
não mede as suas graças pelo número das palavras. Se estas forem necessárias em
grande número, por que dizê-las poucas, ou quase nenhumas, por aquele que não
pode pagar? É falta de caridade. Se uma só basta, é inútil dizê-las em excesso.
Por que então cobrá-las? É prevaricação.
Deus
não vende os benefícios que concede. Como, pois, um que não é, sequer, o
distribuidor deles, que não pode garantir a sua obtenção, cobraria um pedido
que talvez nenhum resultado produza? Não é possível que Deus subordine um ato
de clemência, de bondade ou de justiça, que da sua misericórdia se solicite, a
uma soma em dinheiro. Do contrário, se a soma não fosse paga, ou fosse
insuficiente, a justiça, a bondade e a clemência de Deus ficariam em suspenso.
A razão, o bom-senso e a lógica dizem ser impossível que Deus, a perfeição
absoluta, delegue a criaturas imperfeitas o direito de estabelecer preço para a
sua justiça. A justiça de Deus é como o Sol: existe para todos, para o pobre
como para o rico. Pois que se considera imoral traficar com as graças de um
soberano da Terra, poder-se-á ter por lícito o comércio com as do soberano do
Universo?
Ainda
outro inconveniente apresentam as preces pagas: é que aquele que as compra se
julga, as mais das vezes, dispensado de orar ele próprio, porquanto se
considera quite, desde que deu o seu dinheiro. Sabe-se que os Espíritos se
sentem tocados pelo fervor de quem por eles se interessa. Qual pode ser o
fervor daquele que comete a terceiro o encargo de por ele orar, mediante paga?
Qual o fervor desse terceiro, quando delega o seu mandato a outro, este a outro
e assim por diante? Não será isso reduzir a eficácia da prece ao valor de uma
moeda em curso?
Livro:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Kapablo
Sanigi
1.
Malsanulojn sanigu, mortintojn levu, leprulojn purigu, demonojn elpelu: donace
vi ricevis, donace vi donu. (Mateo, 10:8.)
2.
“Donace vi ricevis, donace vi donu”, diris Jesuo al siaj disĉiploj; per tiu
maksimo li ordonas, ke ni ne devigu alian pagi al ni ion, por kio ni mem nenion
pagis; nu, kion la disĉiploj senpage ricevis, tio estis la kapablo sanigi
malsanulojn kaj elpeli demonojn, tio estas, la malbonajn Spiritojn; tiun
kapablon ili senpage ricevis de Dio, por mildigi la sorton de la suferantoj kaj
por helpi la disvastigon de la kredo; Jesuo do rekomendis al ili ne fari el tia
kapablo ian komercon, negocon aŭ vivrimedon.
Pagataj
Preĝoj.
3.
Kaj dum la popolo aŭskultis, li diris al siaj disĉiploj: Gardu vin kontraŭ la
skribistoj, kiuj amas promenadi en roboj kaj amas salutojn sur la placoj, kaj ĉefseĝojn
en la sinagogoj, kaj ĉeflokojn en la festenoj; kaj kiuj formanĝas domojn de
vidvinoj, kaj por preteksto longe preĝas. Ĉi tiuj ricevos pli severan
kondamnon. (Luko, 20:45-47; Marko, 12:38-40; Mateo, 23-14.)
4.
Jesuo diris ankaŭ: Igu neniun pagi vin por viaj preĝoj; ne faru kiel la
skribistoj, “kiuj formanĝas domojn de vidvinoj, kaj por preteksto longe preĝas”,
tio estas, kiuj akaparas la riĉaĵojn. La preĝo estas ago de karitemo, impeto de
la koro; postuli de alia pagon por preĝo, kiun por li oni turnas al Dio, estas
fariĝi salajrata peranto; la preĝo fariĝas do ia formulo, kies longo estas
proporcia al la alportata sumo. Nu, el la jenaj du aferoj unu estas certa: aŭ
Dio mezuras, aŭ ne mezuras, Siajn gracojn laŭ la nombro de la paroloj; se multaj
vortoj estas necesaj, kion helpas malmultaj aŭ preskaŭ neniaj al tiu, kiu ne
povas pagi? tio estas manko de karito; se unu sola vorto sufiĉas, la ceteraj
estas senutilaj; kial do postuli pagon por ili? tio estas malhonestaĵo.
Dio
ne vendas la bonaĵojn, kiujn Li konsentas. Kial do iu, kiu ne estas eĉ la
disdonanto de tiuj favoroj, kiu ne povas garantii ties ricevon, postulu pagon
por peto, kiu eble nenion rezultigos? Dio ne povus kondiĉigi konsenton de
pardono, de bono aŭ de justaĵo, kiun oni petas de Lia favorkoreco, al ioma sumo
da mono; alie, se la sumo ne estus pagita, aŭ se ĝi estus nesufiĉa, la justeco,
la boneco kaj la pardonemo de Dio sin detenus de agado. La racio, la komuna saĝo,
la logiko diras, ke Dio, la absoluta perfekteco, ne povus delegi al Siaj neperfektaj
kreitoj la rajton tarifi Liajn verdiktojn. La justeco de Dio similas la Sunon: Ĝi
ekzistas por ĉiuj, ĉu malriĉaj aŭ riĉaj. Se oni konsideras malmorale negoci pri
favoroj de surtera suvereno, ĉu estus do morale vendi la gracojn de la Suvereno
de l’ Universo?
La
pagataj preĝoj havas alian malbonaĵon: kiu aĉetas ilin, tiu plej ofte opinias,
ke li ne havas mem la devon preĝi, ĉar juĝas sin kvita, donante sian monon. Oni
scias, ke la Spiritoj estas tuŝataj de la fervoro de tiu, kiu interesiĝas pri
ili; kia povas esti la fervoro de homo, kiu komisias al alia preĝi anstataŭ li,
kontraŭ pago? kia la fervoro de tiu alia, kiam li delegas sian mandaton aŭ iu
tria, tiu ĉi al iu kvara ktp? Ĉu tio ne estas redukti la efikon de la preĝo al
la valoro de kursohava mono?
Libro:
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
sábado, 14 de junho de 2025
quinta-feira, 12 de junho de 2025
Prece pelos nossos inimigos e pelos que nos querem mal / Preĝo por niaj malamikoj kaj por tiuj, kiuj deziras al ni malbonon.
46.
Prefácio. — Disse Jesus: Amai os vossos inimigos. Esta máxima é o sublime da
caridade cristã; mas, enunciando-a, não pretendeu Jesus preceituar que devamos
ter para com os nossos inimigos o carinho que dispensamos aos amigos. Por
aquelas palavras, ele nos recomenda que lhes esqueçamos as ofensas, que lhes
perdoemos o mal que nos façam, que lhes paguemos com o bem esse mal. Além do
merecimento que, aos olhos de Deus, resulta de semelhante proceder, ele
equivale a mostrar aos homens o em que consiste a verdadeira superioridade.
(Cap. XII, n.os 3 e 4.)
47.
Prece. — Meu Deus, perdoo a N. . . o mal que me fez e o que me quis fazer, como
desejo me perdoes e também ele me perdoe as faltas que eu haja cometido. Se o
colocaste no meu caminho, como prova para mim, faça-se a tua vontade. Livra-me,
ó meu Deus, da ideia de o maldizer e de todo desejo malévolo contra ele. Faze
que jamais me alegre com as desgraças que lhe cheguem, nem me desgoste com os
bens que lhe poderão ser concedidos, a fim de não macular minha alma por
pensamentos indignos de um cristão.
Possa
a tua bondade, Senhor, estendendo-se sobre ele, induzi-lo a alimentar melhores
sentimentos para comigo! Bons Espíritos, inspirai-me o esquecimento do mal e a
lembrança do bem. Que nem o ódio, nem o rancor, nem o desejo de lhe retribuir o
mal com outro mal me entrem no coração, porquanto o ódio e a vingança só são
próprios dos Espíritos maus, encarnados e desencarnados! Pronto esteja eu, ao
contrário, a lhe estender mão fraterna, a lhe pagar com o bem o mal e a
auxiliá-lo, se estiver ao meu alcance. Desejo, para experimentar a sinceridade
do que digo, que ocasião se me apresente de lhe ser útil; mas, sobretudo, ó meu
Deus, preserva-me de fazê-lo por orgulho ou ostentação, abatendo-o com uma
generosidade humilhante, o que me acarretaria a perda do fruto da minha ação,
pois, nesse caso, eu mereceria me fossem aplicadas estas palavras do Cristo: Já
recebeste a tua recompensa. (Cap. XIII, n.os 1 e seguintes.)
Livro:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Por
niaj malamikoj kaj por tiuj, kiuj deziras al ni malbonon.
46.
Antaŭparolo. Jesuo diris: Amu viajn malamikojn. Tiu maksimo estas la supro de
la kristana karitemo; sed per tio Jesuo neniel opinias, ke ni devas havi por
niaj malamikoj tian saman korinklinon, kian ni havas por niaj amikoj; per tiuj
paroloj li diras al ni, ke ni forgesu la ofendojn, ni pardonu al ili la
malbonon, kiun ili faras al ni, ni pagu al ili la malbonon per bono. Krom la
merito, kiu tio estas en la okuloj de Dio, tio montras al la okuloj de la homoj
la veran superecon. (Ĉap.XII, §§ 3 kaj 4.)
47.
Preĝo. Mia Dio, mi pardonas al N.... la malbonon, kiun li al mi faris kaj tiun,
kiun li volis al mi fari, tiel kiel mi deziras, ke Vi al mi pardonu kaj li mem al
mi pardonu la kulpojn, kiujn mi eble faris. Se Vi metis lin sur mian vojon kiel
provon, Via volo plenumiĝu.
Deturnu
de mi, ho mia Dio, la ideon malbeni lin kaj ĉian deziron malican kontraŭ li.
Permesu, ke mi nenian ĝojon sentu pro la malfeliĉoj, kiuj povos okazi al li,
nek ian ĉagrenon pro la bonaĵoj, kiuj povos esti al li donataj, por ke mia
animo ne malpuriĝu per pensoj neindaj je kristano.
Povu
Via boneco, Sinjoro, etendiĝi super lin kaj gvidi lin al pli bonaj sentoj pri
mi!
Bonaj
Spiritoj, inspiru al mi forgeson pri la malbono kaj memoron pri la bono. La
malamo, venĝemo, deziro repagi al li malbonon per malbono neniel eniru en mian koron,
ĉar malamo kaj venĝemo estas propraj nur al la malbonaj Spiritoj, ĉu en la
karno, ĉu ekster la karno! Kontraŭe, mi estu preta aletendi al li fratan manon,
doni al li bonon por malbono, kaj veni helpi lin, se tio estas en mia povo!
Mi
deziras, por provi la sincerecon de miaj paroloj, ke estu al mi donata okazo
esti al li utila; sed precipe gardu min, ho mia Dio, ke mi ne faru tion pro
fiero aŭ parado, lin malaltigante per humiliga grandanimeco, kio perdigus al mi
la frukton de mia ago, ĉar tiam mi meritus, ke estu al mi aplikitaj jenaj
paroloj de Jesuo: Vi jam ricevis vian rekompencon. (Ĉap. XIII, §§ 1 kaj sekv.)
Libro:
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
.jpg)
.jpg)




.jpg)

.jpg)





.jpg)
.jpeg)
.jpeg)



.jpeg)



.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)

.jpeg)