domingo, 22 de setembro de 2013

PACIÊNCIA 2 - Hammed

0 despertar da religiosidade proporciona a paz de espírito. Paciência e um estado de alma em que a criatura não é atingida pelas inquietações ou irritabilidades, visto que se libertou do desassossego e da agitação do ego.
Quem atingiu a essência do sagrado entendeu que a autêntica religião é, acima de tudo, uma "realidade interna", porque expressa as nossas mais íntimas relações com Deus.
O despertar da religiosidade proporciona a paz de espírito. Paciência é um estado de alma em que a criatura não é atingida pelas inquietações ou irritabilidades, visto que se libertou do desassossego e da agitação do ego.
Carl Gustav Jung desenvolveu uma teoria fascinante, uma análise notável que contribui efetivamente para aperfeiçoar o comportamento e pensamento humanos.
Desde a infância, ele foi influenciado de forma marcante por questões religiosas e espirituais porquanto seu pai e vários parentes eram pastores luteranos. Estudou e investigou profundamente a natureza humana, dedicando-se também à análise das filosofias orientais e da mitologia.
Jung é considerado um sábio instrutor; estudou medicina, mas jamais abandonou o compromisso de manter o interesse pelos fenômenos psíquicos e pelas ciências naturais e humanas. Foi um psiquiatra por excelência, um missionário que pesquisou os "distúrbios da personalidade", contribuindo para o entendimento dos diversos aspectos do comportamento humano e colaborando para o crescimento e enriquecimento das criaturas em sua trajetória de iluminação individual.
Dr. Carl Jung, como todo indivíduo que utiliza a lógica, a coerência e a razão, sentiu-se distanciado da devoção religiosa alicerçada no pietismo - afirmação da superioridade da fé sobre a razão. Afastou-se das experiências teológicas e das prescrições litúrgicas de seu pai e de outros parentes, que preconizavam a permanência incondicional pela letra da convenção (Paulo, II Coríntios, 3:6), e foi em busca do Espírito de Deus como uma realidade viva. (Jesus / João, 4:24)
A religião vai muito além dos limites do intelecto, no entanto não o refuta nem o contesta. A genuína religiosidade não se vincula a nenhuma organização externa; ela nos remete ao despertar íntimo, ao relacionamento com a própria alma.
Da mesma forma, Allan Kardec, como homem de ciência que era, educado em Yverdon, na Escola de Johann Heinrich Pestalozzi - célebre pedagogo suíço e discípulo de Jean-Jacques Rousseau -, asseverou: "(...) não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade". "(...) para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque quer se impor e exige a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 7).
Por isso, o Espiritismo "não tem a pretensão de ter a última palavra sobre todas as coisas, mesmo sobre aquelas que são da sua competência". (A Genese  - Allan Kardec, cap. XIII, item 8)
Os Guias da Humanidade disseram a Kardec que "(...) não há para o estudioso, nenhum sistema filosófico antigo, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, porque tudo contém os germes de grandes verdades (...) graças à chave que nos dá o Espiritismo para uma multidão de coisas que puderam, até aqui, vos parecer sem razão e da qual, hoje, a realidade vos é demonstrada de maneira irrecusável." (O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, questão 628).
Para Jung, toda criatura traz uma aptidão para a autotransformação, o que ele chamou de individuação, e definiu-a como um processo de desenvolvimento pessoal em que a criatura se torna uma personalidade unificada, ou seja, um indivíduo, um ser humano indiviso e integrado.
A individuação está inteiramente voltada para o equilíbrio entre o ego (centro da consciência) e o Self (centro da psique) e para o aprimoramento e interação constante e criativa entre eles.
As criaturas ligadas excessivamente ao sistema ilusório do ego são afeitas a um zelo religioso obsessivo que pode levá-las aos extremos da intolerância. Possuem uma fé cega, o hábito de polemizar com exaltação, visto serem impacientes e inquietas. Exageradamente ajustadas a uma vida "impecável", denominam-se "pessoas de hábito". Estão presas a este padrão de pensamento: "Só eu sei como as coisas são ou devem ser feitas."
O fanatismo é filho dileto do ego; é uma adesão cega a uma idéia, sistema ou doutrina. Os fanáticos se irritam facilmente com tudo aquilo que possa ser contrário ao que eles consideram tradicional, imutável e verdadeiro, defendendo um status quo rigoroso quanto à política, à sociedade e à religião.
Religiosos intransigentes são considerados pessoas dogmáticas. Exigem de si mesmos e dos outros uma vida puritana e de retidão extremada como forma de compensar suas dúvidas indecorosas e seus desejos reprimidos, que eles cultivam, de forma inconsciente ou não, no próprio mundo interior. Baseiam sua maneira de agir em teorias e estudos arcaicos e seguem modelos e padrões obsoletos. São observadores literais de leis consideradas como certas e indiscutíveis, e esperam que as pessoas as aceitem sem qualquer questionamento.
Os indivíduos que estão conectados com o Self vivem as necessidades do presente e respondem a elas através de uma análise criteriosa das pessoas, dos fatos e dos acontecimentos. Utilizam-se do exame paciencioso e da reflexão sapiencial da consciência Para elaborar cogitações sobre a vida e sobre si mesmos.
Por estarem mais sintonizados com o Self, conquistaram a fé raciocinada e alicerçada na paz de espírito, na razão e na coerência.
Têm como forma de procedimento respeito aos direitos humanos - de liberdade de expressão, de individualidade, de ir e vir, de intelectualidade, de consciência; enfim, os direitos considerados inerentes ao homem como ser social, independentemente de raça, país, sexo, idade e religião.
São pensadores versáteis e originais; têm propósitos definidos - buscam alcançar pacienciosamente em seus estudos e reflexões uma síntese racional e lógica a respeito do físico e do espiritual, do real e do imaginário, do indivíduo e da sociedade.
Livro: Os Prazeres da Alma.
Espírito: Hammed
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
628. Por que a verdade não foi sempre posta ao alcance de toda gente?
Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado.

Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia, como sabeis, na antigüidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos. Pelo que conheceis das leis que regem estes fenômenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático. Entretanto, para o estudioso, não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o Espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada. Não desprezeis, portanto, os objetos de estudo que esses materiais oferecem. Ricos eles são de tais objetos e podem contribuir grandemente para vossa instrução.

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