segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Os anjos segundo o Espiritismo / Los ángeles según el Espiritismo

12. – Que haja seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, não se pode duvidar. A revelação espírita confirma, sobre esse ponto, a crença de todos os povos; mas ela nos faz conhecer ao mesmo tempo a natureza e a origem desses seres.
As almas ou Espíritos são criados simples ou ignorantes, ou seja, sem conhecimentos e sem consciência do bem e do mal, mas aptos a adquirir tudo o que lhes falta; eles o adquirem pelo trabalho; o objetivo, que é a perfeição, é o mesmo para todos; chegam lá mais ou menos rapidamente em virtude de seu livre-arbítrio e em razão de seus esforços; todos têm os mesmos graus a percorrer, o mesmo trabalho a cumprir; Deus não faz a porção maior nem mais fácil para uns do que para outros, porque todos são seus filhos, e, sendo justo, ele não tem preferência por nenhum. Ele diz-lhes: “Eis a lei que deve ser vossa regra de conduta; só ela pode levar-vos ao objetivo; tudo o que é conforme a esta lei é o bem, tudo o que lhe é contrário é o mal. Sois livres para observá-la ou infringi-la, e sereis assim os árbitros de vosso próprio destino.” Deus portanto não criou o mal; todas as suas leis são para o bem; é o próprio homem que cria o mal infringindo as leis de Deus; se as observasse escrupulosamente, nunca se afastaria do bom caminho.
13. – Mas a alma, nas primeiras fases de sua existência, assim como a criança, carece de experiência; é por isso que é falível. Deus não lhe dá a experiência, mas dá-lhe os meios de adquiri-la; cada passo errado no caminho do mal é para ela um atraso; ela sofre-lhe as consequências, e aprende à sua custa o que deve evitar. É assim que pouco a pouco se desenvolve, se aperfeiçoa e avança na hierarquia espiritual, até que tenha chegado ao estado de puro Espírito ou de anjo. Os anjos são, pois, as almas dos homens chegadas ao grau de perfeição que comporta a criatura, e gozando da plenitude da felicidade prometida. Antes de ter alcançado o grau supremo, eles gozam de uma felicidade relativa ao seu adiantamento, mas essa felicidade não está na ociosidade; está nas funções que agrada a Deus confiar-lhes, e que eles ficam felizes de cumprir, porque essas ocupações são um meio de progredir. (Ver cap. III, o Céu.)
14. – A humanidade não está limitada à terra; ela ocupa os inúmeros mundos que circulam no espaço; ocupou aqueles que desapareceram, e ocupará os que se formarão. Deus criou por toda a eternidade e cria incessantemente. Portanto, muito tempo antes que a terra existisse, seja qual for a antiguidade que se lhe atribua, houvera em outros mundos Espíritos encarnados que percorreram as mesmas etapas que nós, Espíritos de formação mais recente, percorremos neste momento, e que chegaram ao objetivo antes mesmo que tivéssemos saído das mãos do Criador. Por toda a eternidade, houve então anjos ou puros Espíritos; mas perdendo-se sua existência humanitária no infinito do passado, é para nós como se eles sempre tivessem sido anjos.
15.– Assim se acha realizada a grande lei de unidade da criação; Deus nunca esteve inativo; teve sempre puros Espíritos experientes e esclarecidos para a transmissão de suas ordens e para a direção de todas as partes do universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes. Não precisou, portanto, criar seres privilegiados, isentos de encargos; todos, antigos ou novos, conquistaram seus graus na luta e por seu próprio mérito; todos, enfim, são os filhos de suas obras. Assim se cumpre igualmente a soberana justiça de Deus.
O Céu e o Inferno – Allan Kardec.
12. No puede dudarse de que hay seres dotados de todas las cualidades atribuidas a los ángeles. La revelación espiritista confirma sobre este punto la creencia de todos los pueblos. Pero además nos hace conocer la naturaleza y origen de esos seres.
Las almas o espíritus son creados sencillos e ignorantes, esto es, sin conocimiento y sin conciencia del bien y del mal, pero aptos para adquirir todo lo que les falta, y lo adquieren por el trabajo. El fin, que es la perfección, es el mismo para todos: llegan a él más o menos pronto en virtud de su libre albedrío y en razón a sus esfuerzos. Todos tienen grados que recorrer, el mismo trabajo que realizar. Dios no señala una parte ni mayor ni más fácil a los unos que a los otros, porque todos son sus hijos, y siendo justo, no tiene preferencia por ninguno.
Él les asegura: “He aquí la ley que debe ser vuestra regla de conducta. Ella sola puede conduciros al fin. Todo lo que está conforme a esta ley, es el bien. Todo lo que es contrario a ella, es el mal. Sois libres de observarla o de infringirla, y así seréis los árbitros de vuestra propia suerte.”
Dios no ha creado, pues, el mal. Todas sus leyes son para el bien. El mismo hombre es quien crea el mal, infringiendo las leyes de Dios. Si las observase escrupulosamente, no se apartaría jamás del buen camino.
13. Pero el alma, en las primeras fases de su existencia, lo mismo que el niño, tiene falta de experiencia, por esto es falible. Dios no le da la experiencia, pero le da los medios de adquirirla. Cada paso en falso en el camino del mal es un atraso, sufre las consecuencias, y aprende a su costa lo que debe evitar. Así es como poco a poco se desenvuelve, se perfecciona y adelanta en la jerarquía espiritual, hasta que haya llegado al estado de puro espíritu o de ángel. Los ángeles son, pues, las almas de los hombres que han alcanzado el grado de perfección concedida a la criatura, y gozan de la plenitud de la felicidad prometida. Antes de haber conseguido el grado supremo, gozan de una dicha relativa a su adelanto. Pero esta dicha no consiste en la ociosidad, sino en las funciones que Dios tiene a bien confiarles, y que se tienen por dichosos en cumplir, porque sus ocupaciones son un medio de progreso (véase Cáp. III, “El Cielo”).
14. La Humanidad no está restringida a la Tierra. Ocupa los innumerables mundos que circulan en el espacio. Ha ocupado los que han desaparecido, y ocupará los que se formen.
Dios ha creado desde la eternidad, y crea sin cesar. Mucho tiempo, pues, antes de que la Tierra existiese, por antigua que se la suponga, hubo en otros mundos espíritus encarnados que recorrieron las mismas etapas que nosotros, espíritus de formación más reciente, recorremos en este momento, y que llegaron al fin antes de que nosotros hubiésemos salido de las manos del Creador. Desde la eternidad ha habido, pues, ángeles o espíritus puros. Pero su existencia humanitaria se pierde en lo infinito del pasado, y es para nosotros como si siempre hubiesen sido ángeles.
15. Así se encuentra realizada la gran ley de unidad de la Creación. Dios no ha estado jamás inactivo. Siempre ha tenido espíritus puros experimentados e iluminados, para transmitirle sus órdenes y para la dirección de todas las partes del Universo, desde el gobierno de los mundos hasta los más ínfimos detalles. No ha tenido, pues, necesidad de crear seres privilegiados exentos de cargas. Todos, antiguos o nuevos, han conquistado sus grados en la lucha y por su propio mérito, en fin, son hijos de sus obras. Así se cumplen igualmente la soberana justicia de Dios.
EL CIELO Y EL INFIERNO – Allan Kardec.

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