sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PAROLO AL JESUO - CONVERSA COM JESUS




PAROLO AL JESUO

Sinjoro,
Ni ne tre bedaŭras rimarki sur la vojo la sennoman malabundon, ĉar ni scias, ke Vi helpos la malsatulojn je pano kaj la soifantojn je paco.
Estas dolore renkonti en la vivo tiujn, kiuj kaŭzas la malsaton.
Pri tiuj, kiuj ploras, ni ne tre bedaŭras, ĉar Vi etendas la brakojn al ĉiuj, kiuj ĝemas pro angoro kaj laceco.
Ni priploras tion, ke ni trovas en la mondaj homamasoj tiujn, kiuj malfermas al la Tero la kluzojn de la larmado.
Ni ne tre kompatas tiujn, kiuj lacegigas sin, subtenante afliktiĝon, kiel feran krucon, pro tio, ke ni scias, kiom multe Vi helpas la humilulojn kaj la malĝojulojn.
Ni kompatas la cerbojn, kiuj brilas, sed detenas la lumon.
Ni ne tre priploras tiujn, kiuj eltenas sarkasmojn kaj solecon pro la senhaveco de amo, ĉar Vi ofte uzas la manojn, por la konsolo kaj apogo al ĉiu ploranta estulo.
Ni priploras rigardi la feliĉajn amikojn, kiuj havigas la doloron.
Estas pro ĉio tio, Jesuo, ke ni petegas vin, ke:
Vi ne lasu nin sekvi viajn paŝojn vane.
La plezuro de la komforto ne regu nin.
Liberigu nin, ke ni ne falu en la polvon de la indiferenteco...
Eĉ se la provo estos al ni helpilo kaj gvidilo, okupu kaj tenu en servado nian koron.
Maria Dolores / Chico Xavier
CONVERSA COM JESUS
Senhor ! Não lastimamos tanto contemplar no caminho a penúria sem nome, porque sabemos que socorrerás os famintos de pão e os sedentos de paz.
Dói encontrar na vida os que fazem a fome.
Ante aqueles que choram não lamentamos tanto, já que estendes o braço aos que gemem de angústia e cansaço.
Deploramos achar nas multidões do mundo os que abrem na Terra as comportas do pranto.
Não lastimamos tanto os que se esfalfam, carregando a aflição de férrea cruz, de vez que nós sabemos quanto assistes os humildes e os tristes.
Lastimamos os cérebros que brilham e sonegam a luz
Não deploramos tanto os que suportam sarcasmo e solidão na carência de amor, porquanto tens as mãos, hora por hora, no consolo e no apoio a todo ser que chora.
Lamentamos fitar os amigos felizes que alimentam a dor.
É por isso, Jesus, que nós te suplicamos:
Não nos deixes seguir-te o passo em vão.
Que o prazer do conforto não nos vença.
Livra-nos de tombar no pó da indiferença...
Inda que a provação nos seja amparo e guia, toma e guarda em serviço o nosso coração.
Maria Dolores / Chico Xavier

Seu verdadeiro nome era Maria de Carvalho Leite. Nasceu em Bonfim da Feira (BA), em 10/09/1900. Filha de Hermenegildo Leite e D. Balbina de Carvalho Leite. Diplomou-se ainda jovem como professora pelo Educandário dos Perdões em Salvador. Foi jornalista e redatora da coluna feminina de O imparcial, colaborou no Diário de Notícias do Imperial, onde além de ter o cargo de redatora-chefe, fazia versos e poesias e escondia-os em um baú por sua timidez. Só depois que ela regressou à espiritualidade, alguém, abrindo o baú, ficou deslumbrado com seu trabalho cultural. Foi então publicado o livro "Ciranda da Vida", com poesias inéditas que escreveu ainda encarnada.
Casou-se com Dr. Odilon Machado mas não foi feliz no casamento, sofrendo até maltratos. Desquitou-se, não tiveram filhos.
Diante de seu sofrimento conheceu o espiritismo. Devotou-se então à caridade assistindo aos menos favorecidos especialmente nos bairros pobres de Salvador, onde era estimada por sua bondade.
Sua maior dor era não ter sido mãe, mas adotou as meninas: Nilza, Yara Laroca, Maria Regina, Maria Rita, Leny, Eliene e Lisbeth em diferentes datas.
Adoeceu com uma pneumonia e veio a falecer em 27/08/1959. Do plano espiritual continou, através de Chico Xavier, a brindar-nos com poesias, que bem diz o seu grau evolutivo. 
(Anuário Espírita 2000)

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