segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pré-ocupação.




"Observai os pássaros do céu: eles não semeiam nem colhem..."
"Observai como crescem os lírios dos campos: eles não trabalham nem fiam..."
"...não estejais inquietos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. A cada dia basta o seu mal"

(Mateus, VI 19-21 e 25-34).

A estratégia da preocupação é nos manter distantes do momento presente, imobilizando as realizações do agora em função de coisas que poderão ou não acontecer.
Desperdiçamos, por conseqüência, tempo e energias preciosas, obcecados com os eventos do porvir, sobre os quais não temos qualquer tipo de comando, pois olvidamos que tudo que podemos e devemos dirigir é somente nossas próprias vidas.
São realmente diversas as preocupações sobre as quais não temos nenhum controle: a doença dos outros, a alegria dos filhos, o amor das pessoas, o julgamento alheio sobre nós, a morte de familiares e outras tantas.
Podemos, porém, nos "pré-ocupar" o quanto quisermos com essas questões, que não traremos a saúde, a felicidade, o amor, a consideração ou mesmo o retorno à vida, porque todas elas são coisas que fogem às nossas possibilidades.
Outra questão é quando passamos por enormes desequilíbrios causados pelo desgaste emocional de nos ocuparmos antes do tempo certo com coisas e pessoas, o que ocasiona insônias, decepções e angústias pelo temor antecipado do que poderá vir a acontecer no amanhã.
Não confundamos "pré-ocupação" com "previdência", porque se preparar ou ser precavido para realizar planos para dias vindouros é tino de bom senso e lógica; mas prudência não é preocupação, porque enquanto uma é sensata e moderada, a outra é irracional e tolhe o indivíduo, prejudicando-o nos seus projetos e empreendimentos do hoje. (...)
"Não estejais inquietos com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.
A cada dia basta seu mal"
O Criador provê suas criaturas com o necessário, porquanto seria impossível a Natureza criar em nós uma necessidade sem nos dar meios para supri-la.
"Vede os pássaros do céu, vede os lírios dos campos"
Além do mais, pedia-nos que fizéssemos observações de como a vida se comporta e que deixássemos de nos "pré-ocupar", convidando-nos a olhar para nossa criação divina que a todos acolhe.
O Mestre queria dizer com essas afirmativas que tudo o que vemos tem ligação conosco e com todas as partes do Universo e que somos, em realidade, participantes de uma Natureza comum. As mesmas causas que cooperam para o benefício de uns cooperam da mesma forma para o de outros.
Quando há confiança, existe fé; e é essa fé que abre o fluxo divino para a manutenção e prosperidade de nossa existência, dando-nos juntamente a proteção que buscamos em todos os níveis da vida.

Livro: "Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto pelo espírito Hammed"
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