domingo, 20 de agosto de 2023

A geração nova / The New Generation / La nova generacio.

 

A geração nova.

27. Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Muito menos, pois, se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.” Assim, decepcionados ficarão os que contem ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos.

28. A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.

Têm ideias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém, sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressivas e aptos a secundar o movimento de regeneração.

O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.

29. Não se deve entender que por meio dessa emigração de Espíritos sejam expulsos da Terra e relegados para mundos inferiores todos os Espíritos retardatários. Muitos, ao contrário, aí voltarão, porquanto muitos há que o são porque cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo. Nesses, a casca é pior do que o cerne. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos prejuízos do mundo corporal, eles, em sua maioria, verão as coisas de maneira inteiramente diversa daquela por que as viam quando em vida, conforme os múltiplos casos que conhecemos. Para isso, têm a auxiliá-los Espíritos benévolos que por eles se interessam e se dão pressa em esclarecê-los e em lhes mostrar quão falso era o caminho que seguiam. Nós mesmos, pelas nossas preces e exortações, podemos concorrer para que eles se melhorem, visto que entre mortos e vivos há perpétua solidariedade.

É muito simples o modo por que se opera a transformação, sendo, como se vê, todo ele de ordem moral, sem se afastar em nada das leis da natureza.

30. Sejam os que componham a nova geração Espíritos melhores, ou Espíritos antigos que se melhoraram, o resultado é o mesmo. Desde que trazem disposições melhores, há sempre uma renovação. Assim, segundo suas disposições naturais, os Espíritos encarnados formam duas categorias: de um lado, os retardatários, que partem; de outro, os progressivos, que chegam. O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.

31. Uma comparação vulgar ainda melhor dará a compreender o que se passa nessa circunstância. Figuremos um regimento composto na sua maioria de homens turbulentos e indisciplinados, os quais ocasionarão nele constantes desordens que a lei penal terá por vezes dificuldades em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque mais numerosos do que os outros. Eles se amparam, animam e estimulam pelo exemplo. Os poucos bons nenhuma influência exercem; seus conselhos são desprezados; sofrem com a companhia dos outros, que os achincalham e maltratam. Não é essa uma imagem da sociedade atual?

Suponhamos que esses homens são retirados um a um, dez a dez, cem a cem, do regimento e substituídos gradativamente por iguais números de bons soldados, mesmo por alguns dos que, já tendo sido expulsos, se corrigiram. Ao cabo de algum tempo, existirá o mesmo regimento, mas transformado. A boa ordem terá sucedido à desordem.

32. As grandes partidas coletivas, entretanto, não têm por único fim ativar as saídas; têm igualmente o de transformar mais rapidamente o espírito da massa, livrando-a das más influências e o de dar maior ascendente às ideias novas.

Por estarem muitos, apesar de suas imperfeições, maduros para a transformação, é que muitos partem, a fim de apenas se retemperarem em fonte mais pura. Enquanto se conservassem no mesmo meio e sob as mesmas influências, persistiriam nas suas opiniões e nas suas maneiras de apreciar as coisas. Uma estada no mundo dos Espíritos bastará para lhes descerrar os olhos, por isso que aí veem o que não podiam ver na Terra. O incrédulo, o fanático, o absolutista, poderão, conseguintemente, voltar com ideias inatas de fé, tolerância e liberdade. Ao regressarem, acharão mudadas as coisas e experimentarão a influência do novo meio em que houverem nascido. Longe de se oporem às novas ideias, constituir-se-ão seus auxiliares.

33. A regeneração da humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são com frequência os mesmos Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira.

Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as ideias de um povo ou de uma raça.

É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se que em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se seguiu uma era de progresso.

34. Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, porquanto a humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da humanidade caem batidas pelas rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivazes sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.

35. Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades carentes de compensação, sem resultados aproveitáveis, pois que, na opinião deles, os aludidos flagelos aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém, que sabe que a morte unicamente destrói o envoltório, tais flagelos não acarretam as mesmas consequências e não lhe causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e não ignora que os homens não perdem mais por morrerem juntos, do que por morrerem isolados, dado que, duma forma ou doutra, a isso hão de todos sempre chegar.

Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos.

A Genese – Allan Kardec.

The New Generation

27. In order that man shall be happy upon the Earth, it is necessary that it be peopled with good spirits, incarnate or discarnate, who desire only good. This time has arrived; a great emigration is being accomplished at this moment among those who inhabit it. Those who return evil for evil, and in whom the desire to do right is not felt, being unworthy of the transformed state of the Earth, will be banished from it, because they will bring only trouble and confusion, and would be an obstacle to progress. They will go to expiate their hardness of heart, some into inferior worlds, and others with terrestrial races behind them in development, which will be the equivalent of inferior worlds, where they will carry their acquired knowledge, and where it will be their mission to teach undeveloped beings this knowledge. They will be replaced by better spirits, who will make justice, peace, and fraternity rule among them.

The Earth, according to the intelligence gained from the spirits, must not be transformed by a cataclysm which would suddenly annihilate a generation. The present generation will gradually disappear, and the new one succeed in the same manner without anything having been changed in the natural order of things.

All externally will pass along as is usual, with this difference alone, which is an important one, that a part of the spirits which are incarnated here now will no more be incarnated here. The children who will then be born, instead of being underdeveloped and inclined to evil, will be more advanced spirits inclined towards righteousness.

It acts then much less upon a new corporeal generation than upon the new generation of spirits. It is undoubtedly within this context that Jesus understood things when he said: “I tell you the truth, this generation will certainly not pass away until all these things have happened.” Thus, those who will expect to see the transformation brought about by supernatural or miraculous effects will be disappointed.

28. The present epoch is a transition one; the elements of the two generations are mingling together. Placed at the intermediary point, we assist at the departure of one and at the arrival of the other. Each one signalized itself by its own proper character.

The two generations which follow each other have views and ideas totally opposed to one another. By the nature of the moral disposition, but more particularly by the intuitive and innate disposition, it is easy to distinguish to which of the two each individual belongs.

The new generation, being the founder of the era of moral progress, is distinguished generally by a precocious intelligence and reasoning powers, joined to the innate sentiment of goodness and of spiritualist beliefs, which is the unmistakable sign of a certain degree of anterior advancement. It will not be composed exclusively of eminently superior spirits, but of those who, having progressed already, are predisposed to embrace all the progressive ideas, and apt to second the regenerative movement.

That which distinguishes, on the contrary, undeveloped spirits is, firstly, the revolt against God by refusing to recognize any power superior to humanity; then the instinctive propensity to the degrading passions, to the anti-fraternal sentiments of selfishness, of pride, of the attachment for all that which is material; sensuality, cupidity and avarice.

These are the vices of which the Earth must be purged by the removal of those who refuse to amend, because they are incompatible with the reign of fraternity, and as good men will suffer always by contact with them. When the Earth shall have been delivered from them, men will march without hindrance towards that better future which has been reserved for them here below as the recompense for their efforts and perseverance, looking forward to a purification still more complete, which will open to them the entrance to superior worlds.

29. By this emigration of spirits it is not necessary to understand that all undeveloped spirits will be expelled from Earth, and condemned to live in inferior worlds. Many, on the contrary, will return here – those who have yielded to temptation by the force of circumstances and example; those who appeared to be much worse than they really were. Once delivered from the influence of matter, and the prejudices of the corporeal world, the greater part of them will see things in an entirely different light than when living, as we have numerous examples of it. In this they are aided by benevolent spirits who are interested in them, and who try to enlighten them by showing them the wrong in the way they have pursued. By our prayers and exhortations we can ourselves contribute to their improvement, because there is a perpetual connection, an unbroken chain, between the dead and living.

The transformation is very simple, entirely a moral one, which is according to the laws of nature.

30. Allowing that the spirits of the new generation are new ones, but better, more advanced than the preceding ones, or ancient developed spirits, the result is the same. From the instant that they become inspired by better desires, the renovation takes place. There are then two categories of incarnated spirits, which are formed according to their natural dispositions – on one side those tardy in progression who depart, and on the other the progressive ones who arrive. The condition of society in a nation or in the entire world will be according to the preponderance which one of these two categories has over the other.

31. A common comparison will make this better comprehended. Let us suppose a regiment composed of a great majority of undisciplined and unruly men, those who in constant disorder are brought to feel the severity of the penal laws. These men are the stronger, because they are the more numerous; they are sustained, encouraged, and stimulated by example. The few good ones among them are without influence; their counsels are despised, they are scoffed at, badly treated by the others, and suffer from this contact. Is this not an emblem of society at present?

Let us suppose that these men are withdrawn from this regiment one by one, ten by ten, hundred by hundred, and that they are replaced by an equal number of good soldiers, even by those who have become seriously amended. At the end of some greater or less period of time, there will be the same regiment, but a transformed one; good order will have succeeded to disorder. Thus will it be with regenerated humanity.

32. The great collective departures have not alone for object the acceleration of the different departures, but they also transform more rapidly the minds of the masses by removing the bad influences from the way, and by giving a greater ascendancy to new ideas, because many are ready for this transformation, notwithstanding their imperfections, while many depart to strengthen themselves at a purer source.

Should they have remained in the same midst and under the same influences, they would have persisted in their opinions, and in their manner of seeing things. A sojourn in the spirit- world suffices to open their eyes to the truth, because they see there that which they could not see on Earth. The incredulous, the fanatic, the absolutist, will then be enabled to return with innate ideas of faith, of tolerance, and of liberty. On their return they will find things changed, and will submit to the ascendancy of the new midst in which they will be born. Instead of making opposition to new ideas, they will be helpers towards them.

33. The regeneration of humanity does not absolutely require the complete renewal of the spirits. A modification in their moral dispositions suffices. This modification takes place with all those who are predisposed to it when they shall have freed themselves from the pernicious influence of the world. Those who return, then, are not always other spirits, but often the same ones, thinking and feeling otherwise.

When this amelioration is isolated and individual, it passes unperceived, and is without ostensible influences upon the world. Entirely different is the effect when it operates simultaneously over great masses of people; for then, according to the proportions of it in one generation, the ideas of a nation or a race can be profoundly modified by it.

This is observed after great accidents which decimate a population. The destructive scourges do not destroy the spirit, but only the body; they accelerate the coming-and-going movement between the corporeal and spiritual world, and consequently the progressive movement of incarnate and discarnate spirits. It has been observed, at all historical epochs that great social crises have been followed by an era of progress.

34. It is one of these general movements which is operating at this time, and which must lead to the repairing of humanity. The multiplicity of the means of destruction is a characteristic sign of the times; for they must hasten the expansion of the new germs. They are the leaves of autumn which must fall, but to which will succeed new leaves full of life; for humanity has its season, as individuals have their ages. The dead leaves of humanity fall, carried away by the tempestuous blasts of life, only to be reborn with still greater strength, with the same breath of life which is not annihilated, but purified.

35. To the materialist, destructive scourges are calamities without compensation, without useful results, since, according to him, they annihilate the beings forever. But for him who knows that death destroys only the envelope, they have not the same consequences, and cause not the least bit of fear. He comprehends the object of it, and knows that men lose no more by dying together than separately, since, in one way or another, it is necessary to arrive there.

Incredulous will laugh at these things, and treat them as chimerical dreams; but, whatever they may say, they cannot escape the common law. They will fall in their turn like the others; and then what will occur? They say: nothing! but they will live in spite of themselves, and be forced some day to open their eyes to the truth.

THE SPIRITS' BOOK – Allan Kardec.

La nova generacio

27. – Por ke la homoj estu feliĉaj sur la Tero, necesas ke ĝin loĝu nur bonaj Spiritoj, enkarniĝintaj kaj elkarniĝintaj, kiuj ekskluzive strebu al bono. Ĉar la tempo alvenis, tial granda migrado ekestas nun inter ĝiaj loĝantoj. Kiuj faras malbonon pro malbono, ankoraŭ ne tuŝitaj de la sento de bono kaj, pro tio, ne plu indaj je la transformiĝinta planedo, tiuj estos elpelitaj, ĉar ili sur ĝi denove kaŭzus malordon kaj konfuzitecon kaj obstaklus la progreson. Ili elpagos la harditecon de siaj koroj, unuj en malsuperaj mondoj, aliaj ĉe malprogresintaj surteraj rasoj, kiuj ja egalus tiajn mondojn, kaj al kiuj ili portos siajn akiritajn sciojn, plenumante la mision progresigi tiujn rasojn. Al ili substituiĝos pli bonaj Spiritoj, kiuj starigos inter si la regadon de justeco, paco kaj frateco.

Laŭ la Spiritoj, la Tero ne transformiĝos pere de ia kataklismo, kiu subite neniigus tutan generacion. La nuna generacio grade malaperos, kaj la nova sammaniere ĝin postvenos, sen ia ŝanĝo en la natura ordo de la aferoj.

Ĉio do ekstere fariĝos kiel ordinare, kun la sola sed gravega diferenco, ke parto de la Spiritoj, kiuj enkarniĝadis sur la Tero, tie ne plu enkarniĝos. En ĉiu naskiĝonta infano, anstataŭ ke ĝin animus Spirito malprogresinta, inklina al malbono, ja loĝos Spirito pli progresinta kaj inklina al bono.

Temas do ne pri nova enkorpa generacio, sed ja pri ia nova generacio da Spiritoj, kaj sendube en tiu senco Jesuo tion komprenis, kiam li diris: “Vere mi diras al vi: ĉi tiu generacio ne forpasos, antaŭ ol ĉio tio fariĝos.” Kiuj do esperas vidi la transformiĝon okazanta per miraklecaj kaj supernaturaj fenomenoj, tiuj nepre elreviĝos.

28. – Transira estas la nuna epoko, intermiksiĝas la elementoj de la du generacioj. Starantaj sur la mezo, ni ĉeestas la foriron de unu kaj la alvenon de alia, kaj ĉiu jam montriĝas en la mondo kun siaj aparte propraj karakteroj.

Ambaŭ sin intersekvantaj generacioj havas ideojn kaj vidpunktojn inter si kontraŭajn. Laŭ la naturo de la moralaj dispozicioj, sed ĉefe laŭ la intuiciaj kaj denaskaj inklinoj, estas facile distingi, al kiu el ambaŭ apartenas ĉiu individuo.

Ĉar ĝin koncernas fondi la eraon de la morala progreso, la nova generacio distingiĝas per ordinare frumaturaj inteligento kaj prudento, ligitaj al denaska sento pri bono kaj al spiritualismaj kredoj, kio konstituas senduban signon de certa grado da antaŭa progreso. Ĝi ne konsistos ekskluzive el pleje superaj Spiritoj, sed el tiuj, kiuj, jam progresinte, inklinas asimili ĉiujn progresigajn ideojn kaj kapablas kunhelpi por la regenera movado.

Kio, male, igas distingi la malfruiĝintajn Spiritojn, tio estas unue la ribelo kontraŭ Dio per la rifuzo agnoski ian ajn povon superan al la homaro; la instinkta inklino al malnoblaj pasioj, al la nefrataj sentoj de egoismo, orgojlo, envio, ĵaluzo; fine la alkroĉiteco al ĉio materiala: sensamo, avideco, avareco.

Ja el tiuj malvirtoj la Tero devas esti elpurigita, per la forigo de tiuj, kiuj rifuzas sin rebonigi, ĉar tiuj malvirtoj estas nekonformaj al la regado de frateco kaj ĉar la virtuloj ĉiam suferos de ilia kontakto. Kiam la Tero liberiĝos de tiuj malvirtoj, la homoj irados sen malhelpoj al la pli bona estonteco, kiu al ili estas rezervita, eĉ en ĉi tiu mondo, kiel premio al ilia penado kaj persistado, dum ili atendas, ke ankoraŭ pli kompleta elpuriĝo al ili permesu eniron en superajn mondojn.

29. – Tiun elmigradon de Spiritoj oni ne tiel komprenu, ke ĉiuj Spiritoj malfruigintaj estos elpelitaj el la Tero en malsuperajn mondojn. Multaj, kontraŭe, al ĝi revenos, ĉar ili cedis al la forlogo de la cirkonstancoj kaj de la ekzemplo; ĉe tiuj la ŝelo estis pli malbona ol la kerno. Unu fojon elirinte el la influo de la materio kaj de la antaŭjuĝoj de la korpa mondo, ili plejparte rigardos la aferojn tute alie ol kiel dumvive, kaj pri tio ni havas multenombrajn ekzemplojn. Por tio, ili estas helpataj de bonvolemaj Spiritoj, kiuj pri ili interesiĝas kaj rapidas ilin instrui kaj al ili montri, kiel erara estas la vojo de ili sekvata. Per niaj preĝoj kaj admonoj, ni mem povas kunhelpi por ilia pliboniĝo, ĉar ekzistas ĉiama solidareco inter mortintoj kaj vivantoj.

Tre simpla estas la maniero, kiel fariĝas la transformiĝo, kaj, kiel vidate, ĝi estas tute morala kaj neniel okazas ekster la leĝoj de la Naturo.

30. – Tute egale, ĉu la novan generacion konsistigas novaj pli bonaj Spiritoj, ĉu malnovaj, kiuj pliboniĝis, la rezultato estas unu sama: se ili portas pli bonajn inklinojn, nepre estas renovigo. La enkarniĝintaj Spiritoj formas do du kategoriojn, laŭ siaj naturaj inklinoj: unuflanke, la malfruiĝintoj, kiuj foriras; aliflanke, la progresemaj, kiuj alvenas. La stato de la moroj, de la socio ĉe iu popolo, ĉe iu raso, aŭ en la tuta mondo rilatos do kun tiu, el ambaŭ kategorioj, kiu superregos.

31. – Vulgara komparo ankoraŭ pli bone komprenigos, kio okazas tiurilate. Ni imagu reĝimenton, kiun plejmulte konsistigas tumultemaj, sendisciplinaj homoj: ili tie okazigos konstantan malordon, kiun la severeco de la punleĝaro devos, ofte kun malfacileco, subpremi. Tiaj homoj estas la plej fortaj, ĉar pli nombraj ol la ceteraj. Ili sin reciproke subtenas, kuraĝigas kaj stimulas per la ekzemplo. La kelke da bonaj estigas nenian influon; iliaj konsiloj estas malŝatataj; ili suferas de la kontakto de la malbonaj, kiuj ilin mokadas kaj malbontraktas.

Ĉu ne tia estas la bildo de la nuntempa socio?

Ni supozu, ke tiaj homoj, po unu, po dek, po cent, estas forigataj el la reĝimento kaj laŭgrade, egalnombre anstataŭigataj per bonaj soldatoj, eĉ per tiuj, kiuj, iam forigite, tamen sin korektis: post kelka tempo, ĉiam ankoraŭ ekzistos la sama reĝimento, sed transformita; bona ordo estos sekvinta la malordon. Tiel estiĝos la regenerita homaro.

32. – La grandaj kolektivaj foriroj havas kiel celon ne nur akceli la elmigrojn, sed ankaŭ pli rapide transformi la spiriton de la amaso, ĝin liberigante de la malbonaj influoj, kaj havigi pli da aŭtoritateco al la novaj ideoj.

Jen kial multaj, kiuj, malgraŭ siaj neperfektaåoj, estas jam maturaj por la transformiĝo, foriras por refreŝiĝi ĉe pli pura fonto. Restante en la sama medio kaj sub la samaj influoj, ili persistus en siaj opinioj kaj en sia maniero rigardi la aferojn. Restado en la mondo de la Spiritoj sufiĉos por al ili malfermi la okulojn, ĉar tie ili vidos, kion ili ne povis vidi sur la Tero. Nekredanto, fanatikulo, absolutisto povos do reveni kun denaskaj ideoj pri fido, toleremo kaj libereco, kaj ĉe la reveno ili trovos la aferojn ŝangitaj kaj ricevos la influon de la nova medio, en kiu ili naskiĝos. Anstataŭ kontraŭstari, ili kunhelpos la novajn ideojn.

33. – La regenerado de la homaro ne nepre bezonas do la kompletan renoviĝon de la Spiritoj: sufiĉas ia ŝanĝo de iliaj moralaj dispozicioj. Tiu ŝanĝo fariĝas ĉe ĉiuj, kiuj inklinas al ĝi, se nur ili estas fortiritaj el la ruiniga influo de la mondo. Tiel, ne ĉiam la revenantoj estas aliaj Spiritoj: ili ofte estas la samaj Spiritoj, tamen pensantaj kaj sentantaj alimaniere.

Kiam tiu pliboniĝo fariĝas izole kaj individue, ĝi pasas nerimarkate sen ia videbla influo sur la mondon. Tute alia estas la efiko, kiam ĝi fariĝas samtempe ĉe grandaj amasoj, ĉar tiam, laŭ ĝiaj proporcioj en unu generacio, la ideoj de unu popolo aŭ de unu raso povas profunde ŝanĝiĝi.

Tion oni preskaŭ ĉiam rimarkas post la grandaj skuoj, kiuj disfalĉas la loĝantarojn. La detruantaj malfeliĉegoj pereigas nur korpojn, ne atingas la Spiriton, intensigas la iro-reiran movadon inter la korpa kaj la spirita mondoj, sekve la progresan movadon de enkarniĝintaj kaj elkarniĝintaj Spiritoj.

Rimarkindas, ke en ĉiuj epokoj de la Historio la grandajn sociajn krizojn sekvis erao de progreso.

34. – Nuntempe okazas unu el tiuj ĝeneralaj movadoj, kiuj devas estigi ian reformon de la homaro. La multeco de detruaj kaŭzoj prezentas karakterizan signon de la tempoj, ĉar ili devos akceli la burĝonadon de la novaj ĝermoj. Tio estas kvazaŭ folioj falantaj en aŭtuno, kiujn sekvos novaj folioj, plenaj de vivo, ĉar la homaro havas siajn sezonojn, same kiel la individuoj havas siajn aĝojn. La velkintaj folioj de la homaro falas pro la puŝoj kaj batoj de la vento, por renaskiĝi pli viglaj sub la sama vivoblovo, kiu ne estingiĝas sed ja puriĝas.

35. – Por materialisto, la detruantaj malfeliĉegoj estas senkompensaj plagoj, sen utilaj rezultatoj, ĉar iliaopinie tiuj malfeliĉegoj por ĉiam neniigas la estulojn. Sed por tiu, scianta, ke la morto nur detruas la envolvaĵon, tiaj malfeliĉegoj ne rezultigas la samajn sekvojn kaj ne kaŭzas al li la plej etan timon; li komprenas ties celon kaj ankaŭ scias, ke la homoj ne pli perdas, mortante kunaj, ol mortante solaj, ĉar per unu aŭ alia maniero ili ĉiuj nepre tien iros.

La nekredantoj priridos tiajn aferojn kaj ilin rigardos kimeraj; sed, kion ajn ili diros, ili ne eskapos la komunan leĝon; kiel la ceteraj, ili siavice falos, kaj tiam kio ili fariĝos? Ili diras: Nenio! Ili tamen vivos, spite al si mem, kaj iam estos devigitaj malfermi siajn okulojn.

La Genezo – Allan Kardec.

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