Cap. X – Item 16
Logo após fundar o
Lar “Anália Franco”, na cidade de S. Manuel, no estado de S. Paulo, viu-se D.
Clélia Rocha em sérias dificuldades para mantê-lo.
Tentando angariar
fundos de socorro, a abnegada senhora conduzia crianças, aqui e ali, em
singelas atividades artísticas. Acordava almas. Comovia corações. E sustentava
o laborioso período inicial da obra.
Desembarcando,
certa noite, em pequena cidade, foi alvo de injusta manifestação antiespírita.
Apupos. Gritaria. Condenações.
D. Clélia, com o
auxílio de pessoas bondosas, protege as crianças.
Em meio à
confusão, vê que um moço robusto se aproxima e, marcando-lhe a cabeça,
atira-lhe uma pedra.
O golpe é
violento. O sangue escorre. Mas a operosa servidora do bem procede como quem
desconhece o agressor.
Medica-se depois.
Há espíritas
devotados que surgem. D. Clélia demora-se por mais de uma semana, orando e
servindo.
Acabava de atender
a um doente em casa particular, quando entra senhora aflitíssima. É mãe. Tem o
filho acamado com meningite e pede-lhe auxílio espiritual.
D. Clélia não
vacila. Corre ao encontro do enfermo, e surpreendida, encontra nele o jovem que
a ferira.
Febre alta.
Inconsciência. A missionária desdobra-se em desvelo.
Passes. Vigílias.
Orações. Enfermagem carinhosa.
Ao fim de seis
dias, o doente está salvo. Reconhece-a envergonhado e, quando a sós, beija-lhe
respeitosamente as mãos e pergunta:
– A senhora me
perdoa?
Ela, contudo,
disse apenas, com brandura:
– Deus te abençoe,
meu filho.
Mas o exemplo não
ficou sem fruto, porque o moço recuperado fez-se valoroso militante da Doutrina
Espírita e, ainda hoje, onde se encontra é denodado batalhador do Evangelho.
Livro: O Espírito
da Verdade.
Espíritos Diversos
/ Chico Xavier e Waldo Vieira.
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