sábado, 11 de fevereiro de 2012

PEDOFILIA


      Pedofilia é uma perversão sexual, caracterizada pela opção sexual preferencial por crianças e adolescentes, de forma compulsiva e obsessiva. O pedófilo é uma pessoa aparentemente normal e muitas vezes bem inserida na sociedade, daí o fato da pedofilia ser uma patologia muito freqüente em todas os níveis sociais e econômicos, portanto, não é rara a presença de pedófilos nas escolas, praças, igrejas, consultórios médicos, enfim, em todos os lugares onde ele, o pedófilo, possa encontrar crianças e adolescentes. Em muitos casos o pedófilo pode ser alguém da própria família. O pedófilo é, acima de tudo, um doente, que necessita de tratamento, mas que torna-se muito perigoso, já que pode cometer crimes (não só o abuso sexual em si, mas outros igualmente graves, incluindo até o homicídio) contra as crianças, por isso deve ser combatido.
Sobre o período de infância a Doutrina Espírita nos esclarece que este é um estado de suma importância para o Espírito reencarnante, que está em trânsito, a caminho de sua pureza e perfeição, conforme nos afirma a questão 383 do “Livro dos Espíritos” - Pergunta: Qual, para este, a utilidade de passar pelo estado de infância?
Resposta: “Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”
Em relação às crianças, entendemos, portanto, que os responsáveis por educá-las somos todos nós, já que precisamos dar os exemplos a serem seguidos por elas quando estiverem em condição de responderem por si próprias. Estando, portanto, mais acessíveis às impressões que recebem, provavelmente estarão definitivamente marcadas por qualquer tipo de violência cometida contra elas, o que lhes trarão sérios prejuízos no futuro, nesta e em outras encarnações.
A Doutrina Espírita procura não condenar ninguém, recomendando sempre que tenhamos com todos o máximo de respeito, consideração e carinho, inclusive para com as pessoas desequilibradas sexualmente, uma vez que elas constituem espíritos que atravessam um momento difícil (até mesmo tormentoso) em que necessitam promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. Ocorre que, não é lícito a ninguém, seja hetero ou homossexual, determinados abusos, tais como a pedofilia, que vem a ser uma prática criminosa, por envolver criaturas inocentes e indefesas, constituindo assim um ato de extrema violência, que por isso mesmo, deve ser combatido.
O Espiritismo, portanto, não condena ninguém pelas escolhas que qualquer pessoa faça em sua vida, apenas nos alerta a respeito da Lei de Ação e Reação, segundo a qual recebemos de volta os efeitos de nossa própria conduta, conforme asseverou JESUS, quando afirmou: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Mas, como para tudo na vida precisamos ter bom-senso, não podemos, de maneira alguma, ser coniventes com determinadas atitudes, pois assim estaríamos igualando-nos aos criminosos. O pedófilo, na minha opinião, deve ser considerado um doente e por isso, merece tratamento, não só médico, mas quem sabe também espiritual, já que, além do próprio distúrbio do qual é portador, muitas vezes ele pode estar acompanhado de espíritos obsessores. O que não podemos é de forma alguma tolerar esse tipo de comportamento abusivo.
Neste caso específico, portanto, cabe a todos nós orientarmos e protegermos as crianças em relação aos perigos e estarmos sempre atentos a qualquer comportamento estranho. E não devemos deixar de denunciar quando suspeitarmos de algo. Afinal, uma coisa é ser compreensivo com as faltas alheias, outra coisa é ser conivente e permissivo com determinados crimes...

A Criança Abusada
Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética, religiosa e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
O abuso às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido. A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.
Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo. A criança que é vítima de abuso prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade.
A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiança em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança a denunciar ou negar-se aos seus desejos. Algumas crianças abusadas podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos. Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente.
Com freqüência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família. Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.

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