terça-feira, 31 de julho de 2012

O pai mais forte do mundo

Dick Hoyt, oficial da Guarda Nacional da Força Aérea Americana, lutou muito para que seu filho Rick pudesse levar uma vida o mais perto do normal possível.
Rick sofreu paralisia cerebral no nascimento, em mil novecentos e sessenta e dois, ficando incapacitado de controlar os movimentos do corpo.
Os médicos aconselharam seus pais a deixarem-no em uma instituição especializada, justificando que ele iria vegetar pelo resto da vida.
Contrariando essa orientação, eles o criaram em casa e, nos cuidados diários, reparavam como os olhos do filho seguiam os movimentos dos dois pelos aposentos.
Quando Rick fez onze anos, eles o levaram ao departamento de engenharia da Tufts University e procuraram saber se havia um jeito de fazer com que o garoto se comunicasse.
Lá disseram, inicialmente, que o cérebro dele não tinha nenhuma atividade. Porém, alguma coisa acontecia em seu cérebro, pois ele reagia com sorrisos diante de estímulos positivos.
Posteriormente, ele passou a usar um computador adaptado, no qual controlava o cursor tocando com a cabeça um botão, no encosto de sua cadeira.
Com muito amor, os pais o ensinaram a ler, a despeito das dificuldades que ele enfrentava por ser quadriplégico e não poder falar.
Rick finalmente foi capaz de se comunicar e pôde, então, começar a frequentar a escola, formando-se em educação especial.
Porém, o momento que marcou a sua vida ocorreu em mil novecentos e setenta e sete, quando Rick manifestou ao pai seu desejo de que participassem de uma corrida beneficente.
Dick, apesar de, até então, não ter participado de nenhuma corrida, aceitou o desafio e, para atender o desejo do filho, correu oito quilômetros empurrando-o na cadeira de rodas.
O enorme esforço daquele pai foi recompensado quando, depois da corrida, o filho emocionado demonstrou que, pela primeira vez em sua vida, havia se sentido como se não fosse deficiente.
Essa declaração inspirou Dick para que, junto com Rick, desse início a uma longa carreira que dura mais de três décadas.
Ele ficou obcecado por oferecer essa sensação ao filho quantas vezes pudesse.
Pai e filho não eram um só corredor e também não se enquadravam na categoria dos corredores em cadeira de rodas, mas acabaram encontrando uma forma de participar oficialmente das maratonas.
Tempos depois, foi-lhes sugerido que participassem de um triatlon, esporte que envolve a conclusão em sequência de trechos percorridos através da natação, ciclismo e corrida.
Nessas provas, o pai corre empurrando o filho numa cadeira de rodas e usa uma bicicleta especial na qual Rick vai sentado na sua frente.
Na etapa de natação, amarra um bote inflável ao seu corpo para rebocar o filho, que pesa cinquenta quilos.
Ele afirma que faz tudo isso apenas pela sensação de alegria que proporciona ao filho enquanto correm, nadam e pedalam juntos.
Hoje, aos setenta e dois anos, Dick continua participando de corridas, sempre acompanhado por Rick, que já tem cinquenta anos.
Ambos seguem dando um grande exemplo de vida, mostrando que com amor, fé e determinação, o ser humano é capaz de coisas aparentemente impossíveis, indo muito além dos próprios limites.
Redação do Momento Espírita, com base em
fatos da vida de Dick e Rick Hoyt. em 30.07.2012. 
“Não me acho vencedor por ter sido o melhor, mas sim por ter dado o melhor de mim”. Walace Sales

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