terça-feira, 31 de julho de 2012

O pai mais forte do mundo

Dick Hoyt, oficial da Guarda Nacional da Força Aérea Americana, lutou muito para que seu filho Rick pudesse levar uma vida o mais perto do normal possível.
Rick sofreu paralisia cerebral no nascimento, em mil novecentos e sessenta e dois, ficando incapacitado de controlar os movimentos do corpo.
Os médicos aconselharam seus pais a deixarem-no em uma instituição especializada, justificando que ele iria vegetar pelo resto da vida.
Contrariando essa orientação, eles o criaram em casa e, nos cuidados diários, reparavam como os olhos do filho seguiam os movimentos dos dois pelos aposentos.
Quando Rick fez onze anos, eles o levaram ao departamento de engenharia da Tufts University e procuraram saber se havia um jeito de fazer com que o garoto se comunicasse.
Lá disseram, inicialmente, que o cérebro dele não tinha nenhuma atividade. Porém, alguma coisa acontecia em seu cérebro, pois ele reagia com sorrisos diante de estímulos positivos.
Posteriormente, ele passou a usar um computador adaptado, no qual controlava o cursor tocando com a cabeça um botão, no encosto de sua cadeira.
Com muito amor, os pais o ensinaram a ler, a despeito das dificuldades que ele enfrentava por ser quadriplégico e não poder falar.
Rick finalmente foi capaz de se comunicar e pôde, então, começar a frequentar a escola, formando-se em educação especial.
Porém, o momento que marcou a sua vida ocorreu em mil novecentos e setenta e sete, quando Rick manifestou ao pai seu desejo de que participassem de uma corrida beneficente.
Dick, apesar de, até então, não ter participado de nenhuma corrida, aceitou o desafio e, para atender o desejo do filho, correu oito quilômetros empurrando-o na cadeira de rodas.
O enorme esforço daquele pai foi recompensado quando, depois da corrida, o filho emocionado demonstrou que, pela primeira vez em sua vida, havia se sentido como se não fosse deficiente.
Essa declaração inspirou Dick para que, junto com Rick, desse início a uma longa carreira que dura mais de três décadas.
Ele ficou obcecado por oferecer essa sensação ao filho quantas vezes pudesse.
Pai e filho não eram um só corredor e também não se enquadravam na categoria dos corredores em cadeira de rodas, mas acabaram encontrando uma forma de participar oficialmente das maratonas.
Tempos depois, foi-lhes sugerido que participassem de um triatlon, esporte que envolve a conclusão em sequência de trechos percorridos através da natação, ciclismo e corrida.
Nessas provas, o pai corre empurrando o filho numa cadeira de rodas e usa uma bicicleta especial na qual Rick vai sentado na sua frente.
Na etapa de natação, amarra um bote inflável ao seu corpo para rebocar o filho, que pesa cinquenta quilos.
Ele afirma que faz tudo isso apenas pela sensação de alegria que proporciona ao filho enquanto correm, nadam e pedalam juntos.
Hoje, aos setenta e dois anos, Dick continua participando de corridas, sempre acompanhado por Rick, que já tem cinquenta anos.
Ambos seguem dando um grande exemplo de vida, mostrando que com amor, fé e determinação, o ser humano é capaz de coisas aparentemente impossíveis, indo muito além dos próprios limites.
Redação do Momento Espírita, com base em
fatos da vida de Dick e Rick Hoyt. em 30.07.2012. 
“Não me acho vencedor por ter sido o melhor, mas sim por ter dado o melhor de mim”. Walace Sales

As Obras Básicas

O Livro dos Espíritos: lançado por Allan Kardec em 18/04/1857, é o principal livro da Doutrina Espírita. Podemos chamá-lo de espinha dorsal, pois sustenta todas as outras obras doutrinárias. Divide-se em quatro partes: "As causas primárias"; "Mundo espírita ou dos Espíritos"; "As leis morais"; e "Esperanças e consolações". É composto de 1019 perguntas feitas por Kardec aos Espíritos superiores responsáveis pela vinda do Espiritismo aos homens. O que é Deus? De onde viemos? Para aonde vamos? O que estamos fazendo na Terra? Estas são algumas das questões respondidas pela falange do Espírito de Verdade.
O Livro dos Médiuns: teve seu lançamento em 1861. Nele, Allan Kardec mostra os benefícios e os perigos da mediunidade, ou seja, o canal que liga o homem encarnado ao mundo espiritual. Demonstra que embora todos os seres vivos possuam esta abertura de contato, há aqueles que a têm de uma forma mais abrangente. Kardec e os Espíritos superiores alertam sobre a sutileza desta faculdade, para que uma pessoa possa contactar os Espíritos sem ser prejudicada por entidades maléficas, descontrolando sua mediunidade.
O Evangelho Segundo o Espiritismo: editado em 1864, esta obra pode ser entendida como a parte moral da Doutrina Espírita. Nela, Kardec e os Espíritos superiores comentam numa linguagem acessível as principais passagens da vida de Jesus. Explicam suas parábolas e demonstram a grandiosidade do Mestre nos seus ensinos, dando-nos, além disso, conselhos importantes sobre nossa conduta diária frente às dificuldades e dúvidas da vida.
O Céu e o Inferno: Kardec lançou este livro em 1865. Através da evocação dos Espíritos de pessoas das mais diferentes classes sociais, crenças e condutas, demonstra-nos como foi a chegada e a vivência espiritual destes seres após o seu desencarne. Rainhas, camponeses, religiosos, assassinos, ignorantes e intelectuais são alguns dos que contam o que os aguardava depois de suas atitudes terrenas e como poderão ser suas vidas futuras.
A Gênese: nesta obra, de 1868, Kardec explica a Gênesis Bíblica, a formação do Universo, demonstrando a coerência da mesma quando confrontada com os conhecimentos científicos, despida das alegorias próprias da época em que foi escrita. Expõe o que são os milagres, explicados pelas leis da natureza, produtos da modificação dos fluidos que nos cercam. Enfim, faz a religião e a ciência caminharem juntas, fortalecendo a fé dos que crêem em Deus.
http://www.espiritismo.org/obrasbasicas.htm
Demais Obras de Kardec - De suma importância para os Espíritas e para o Movimento Espírita.
Obra sempre atual, útil aos adeptos da Doutrina Espírita, como também àqueles que desejam conhecer a natureza do Espiritismo e a definição de seus pontos fundamentais. A lógica e o bom senso de Allan Kardec aí se evidenciam, desconcertando os negativistas e clareando as indagações dos que acreditam e aspiram à vida superior. Divide-se em 3 capítulos: O primeiro, sob a forma de diálogos com um crítico, um céptico e um padre, traz respostas àqueles que desconhecem os princípios básicos da Doutrina, bem como apropriadas refutações aos seus contraditores. O segundo capítulo, expõe partes da ciência prática e experimental, caracterizando-se como um resumo de O Livro dos Médiuns. No terceiro capítulo, é publicado o resumo de O Livro dos Espíritos, com a solução, apontada pela Doutrina Espírita, de problemas de ordem psicológica, moral e filosófica. Contém também a biografia de Allan Kardec, por Henri Sausse.
Obra publicada após a desencarnação de Allan Kardec, apresenta, no começo, bem escrita biografia do Codificador, seguida do discurso que Camille Flammarion pronunciou quando do seu sepultamento. Reunindo importantes registros deixados por Allan Kardec, acerca de pontos doutrinários e fundamentação do Espiritismo, divide-se este trabalho em duas grandes partes. A primeira aborda assuntos como: caráter e conseqüências religiosas das manifestações dos Espíritos; as cinco alternativas da Humanidade; questões e problemas; as expiações coletivas; liberdade, igualdade, fraternidade; música espírita; a morte espiritual; a vida futura A segunda inclui apontamentos em torno da iniciação espírita e o roteiro missionário de Kardec, assim como uma “exposição de motivos”, apresentada na “Constituição do Espiritismo”, como precioso legado do mestre lionês às sociedades espíritas do futuro.

Reflexões do Evangelho - 1





"No dia 15 de Novembro de 1865, Kardec publicou "O Evangelho Segundo o Espiritismo" em substituição ao "Imitação do Evangelho": contendo a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às diversas posições da vida. Convidando-nos não somente a sua reflexão mais principalmente a colocá-las em prática no nosso dia-dia".

CONTIGO SONHAR....

por: Fidel Nogueira 
Nesta noite quero sonhar,
em meus sonhos desejo viajar,
viajando espero te encontrar,
Nesta noite quero ia às estrelas,
para bem perto poder vê-las,
em brilho intenso percebê-las.
Quando o sonho chegar,
pelo seu nome vou chamar,
sei que você vai me escutar,
não quero voar sozinho,
tua presença é meu ninho,
eu este singelo passarinho,
beija-flor a procura de amor,
em seu ombro desejo pousar,
para sentir teu acariciar,
em minhas penas coloridas,
nas lembranças doídas,
das vivências esquecidas.
Sentirei teus dedos em mim,
teu perfume de doce alecrim,
tuas pétalas macias no jardim,
Oh, minha querida flor,
preciso e quero sentir teu amor,
quero ir até seu mundo de cor.
Nesta noite de encanto,
enxugarei o meu pranto,
mesmo que no entanto,
seja por um breve instante,
neste sonho vibrante,
em emoção gigante.
Quando o sonho acabar,
para o meu mundo irei voltar,
e nos dias ficarei a recordar,
doce saudade de te amar.
Sei que estou, ainda, por aqui,
mas, já posso o dia sentir,
da hora chegada de prosseguir,
neste sonho que se tornará real,
quando retornar ao mundo astral,
te beijarei minha flor sideral.

O Advogado da Cruz

No mundo antigo, o apelo à Justiça significava a punição com a morte. As dívidas pequeninas representavam cativeiro absoluto. Os vencidos eram atirados nos vales imundos. Arrastavam-se os delinqüentes nos cárceres sem esperança. As dádivas agradáveis aos deuses partiam das mãos ricas e poderosas. Os tiranos cobriam-se de flores, enquanto os miseráveis se trajavam de espinhos.
Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia, na Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através de uma estrebaria singela.
Em breve, porém, restaurava o templo da fé viva, na igreja universal dos corações amantes do bem. Deu vista aos cegos. Curou leprosos e paralíticos. Dignificou o trabalho edificante, exaltou o esforço dos humildes, quebrou as algemas da ignorância, instituiu a fraternidade e o perdão.
Processaram-no, todavia, os homens perversos, à conta de herético, feiticeiro e ladrão.
Depois do insulto, da ironia, da pedrada, conduziram-no ao madeiro destinado aos criminosos comuns.Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não se salvou da crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos.
Desde esse dia, contudo, o Sublime Advogado transformou-se no Advogado da Cruz e, desde o supremo sacrifício, sua voz tornou-se mais alta para os corações humanos. ele, que falava na Palestina, começou a ser ouvido no mundo inteiro; que apenas conversava como o povo de Israel, passou a entender-se com as várias nações do Globo; que somente se dirigia aos homens de pequeno país, passou a orientar os missionários retos de todos os serviços edificantes da Humanidade.
Que importam, pois, nos domínios da Fé, as perseguições da maldade e os ataques da ignorância? A advogado da Cruz continua operando em silêncio e falará, em todos os acontecimentos da Terra, aos que possuam "ouvidos de ouvir".
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal.

Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
625. Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo? 
— Vede Jesus.
Comentário de Kardec: Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na Terra.
Se alguns dos que pretenderam instruir os homens na lei de Deus algumas vezes s desviaram para falsos princípios, foi por se deixarem dominar por sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regem as condições da vida da alma com as que regem a vida do corpo. Muitos deles apresentaram como leis divinas o que era apenas leis humanas, instruídas para servir às paixões e dominar os homens.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

AJUDA-TE HOJE

Nas leis da reencarnação, quase todos nós temos o passado a resgatar, o presente a viver e o futuro a construir.
Lembremo-nos, assim, de que, nas concessões da Providência Divina, o nosso mais precioso lugar de trabalho chama-se “aqui” e o nosso melhor tempo chama-se “agora”.
Atentemos, pois, no valor das horas de hoje.
Ontem, perturbação; hoje, reequilíbrio.
Ontem, o poder transviado; hoje, a subalternidade edificante.
Ontem, ostentação; hoje, o anonimato.
Ontem, incompreensão; hoje, o entendimento.
Ontem, o desperdício; hoje, a parcimônia.
Ontem, a sombra; hoje, a luz.
Ontem, arrependimento; hoje, a reconstrução.
Ontem, a violência; hoje a harmonia.
Ontem, o ódio; hoje, o amor.
Diz-nos a sabedoria de todos os tempos – “Ajuda-te que o Céu te ajudará”, afirmativa sublime que nos permitimos parafrasear, acentuando: “Ajuda-te hoje, que o Céu te ajudará sempre”.
André Luiz / Médium Chico Xavier
Livro: Coragem.

sábado, 28 de julho de 2012

Meditado / Meditação

En la dudekkvar-hora tago rezervu kelkajn momentojn al pripensado.
Kiu marŝas sem mediti, tiu perdas la kontakton kun si mem.
Ligita al la montriloj de la horloĝo, aŭ kuregante antaŭ ili, aŭ malrapide irante post ili, li konfuziĝas kaj forgesas la celon.
Por atingi sukceson nepre necesos perioda revizio de celoj kaj agoj.
Uzante pripensadon, vi ekzamenos la erarojn kaj havos tempon korekti ilin, vi reprogramos la devojn kaj vin renovigos pli facile.
Parolu malpli, dormu iomete malpli kaj meditu pli.
La minutojn, kiujn vi malŝparas, se vi uzus por meditado, ili transformiĝos em lumajn punktojn de via tago.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.
Libro: Vida Feliz.160

Num dia extenso com 24 horas, reserva alguns momentos à reflexão.
Quem caminha sem meditar, perde o contato consigo mesmo.
Encurralado nos ponteiros do relógio, ou disparado à frente deles, ou vagarosamente após eles, aturde-se, esquecendo o rumo...
É indispensável ao êxito fazer periódica revisão de metas e de ações.
Usando a reflexão, repassarás os equívocos e terás tempo de repará-los, reprogramarás os deveres e te renovarás com mais facilidade.
Fala menos, dorme um pouco menos e medita mais.
Minutos que desperdiças, se os usares para a meditação, se transformarão em pontos luminosos do teu dia.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco.
Livro: Vida Feliz.160

Socio / SOCIEDADE

Socio
         La homan scion oni povas similigi al vastega arbaro el mensaj kreaĵoj, kie ĉiu spirito, en proceso de evoluado kaj elpuriĝo, renkontas siajn proprajn reflektojn.
         En ĝi, la principoj de ago kaj reago funkcias kun precizeco.
         La patrioj, grandaj matricoj de progreso, konsistigas gravajn subtenilojn al la civilizacio aŭ signifoplenajn laborejojn, kie multnombraj grupoj da animoj daŭre klopodas ĉe memedukaj laboroj, per servado al la komunumo, sed ankaŭ multfoje elmigras en aliajn landojn laŭ sia bezono fari tiun aŭ tiun alian akiron sur la kampo de la sperto.
         La kolektiva hejmo, difinante raciajn altiriĝemojn kaj klanajn interesojn, prezentas la kolekton de la emocioj kaj pensoj de siaj loĝantoj. Inter la vibraj limoj ĝin karakterizantaj, pere de la mallongaj kursoj kun “lulil-tomba” daŭro, kiujn ni nomas surteraj ekzistadoj, la animo ŝanĝas siajn poziciojn laŭ la reflektoj, kiujn ĝi el si mem sendis, kaj laŭ tiuj, kiujn ĝi asimilis el la medio, kie ĝi faris sian staĝon.
         Veninte al la tempo por taksado de niaj valoroj, kiam pro la fizika morto estingiĝas la korpa vivoforto, pruntita al la spirito por la enkarna vojaĝo celanta disvolviĝon kaj servadon, reboniĝon aŭ altiĝon, ni rikoltas la fruktojn de nia konduto, kaj ofte al ni estas necese rekomenci la laboron por reĝustigi sintenojn kaj purigi sentojn, ĉe la rekonstruado de nia destino.
         Tiel do la homoj hodiaŭ premegantaj la proksimulon per la socia altrangeco, en kiu ili tronas, ĉe la trompa superregado de mono, morgaŭ devas reveni al la turmentega kampo de senhaveco kaj malfeliĉo, rikoltante, sub rektaj trafoj, la radiojn de la suferado, kiujn ili semis en la grundo de la aliulaj bezonoj. Kaj se viktimoj kaj turmentantoj ne inklinas al larĝa praktikado de reciproka pardono, tiam ekestas en la socia mondo vera senelira rondo, en kiu konstante interfrapiĝas ondoj da venĝado kaj malamo, disputado kaj krimo, kiuj ja subtenas favoran terenon por deliktado.
         Socioj, kiuj hieraŭ sklavigis la homan forton, estas hodiaŭ devigitaj protekti, kiel filojn el la propra sino, tiujn, kiujn ili forŝiris el la lando tiam servanta kiel ties evoluejo.
         Invadantaj hordoj, kiuj ruinigas la agrojn de humilaj, sendefendaj popoloj, inter ĉi tiuj renaskiĝas, kiel idoj de la konkerita teritorio, por helpi la rekonstruadon de la institucioj, kiujn ili batis aŭ disrabis. Apartigaj grupoj, kiuj humiligas fratojn pro ties haŭtkoloro, revenas kun la malamata pigmento, rikoltante la reefikon de siaj propraj verkoj. Aristokrataj urbanoj, nesentemaj por la problemoj de la obskuraj klasoj, ĝuinte la komforton de luksegaj avenuoj, ordinare renaskiĝas en senfamaj, problem-riĉaj kvartaloj, por trinki, el la kaliko de paŭperismo, la reflektojn de tiu ridanta krueleco, kun kiu ili iam rigardis la doloron kaj la malfacilaĵojn de la idoj de l’ sufero.
         En ĉiuj epokoj, la homa socio estas tiu giganta filtrilo de la spirito, en kiu la animoj, sur la vojoj de la sperto, ĉe bonhavo aŭ mizero, direktado aŭ subalterneco, rikoltas la fruktojn de la propra plantado, malrapidigante siajn paŝojn ĉe la ordinareco de la ebenaĵo aŭ ilin akcelante direkte al la vivosuproj, obee al la ordonoj de la progreso.
Emmanuel / Chico Xavier
Libro: Penso kaj Vivo.

SOCIEDADE
         A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
         Aí dentro os princípios de ação e reação funcionam exatos.
         As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
         O lar coletivo, definindo afinidades raciais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam. Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição a posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
         Atingida a época de aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
         Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias. E se as vitimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.
         Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo. Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
         Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias obras. Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálix do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
         Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência aos ditames da evolução.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Pensamento e Vida.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

TRANQUILIDADE (I)

A tranquilidade independe de paisagens, circunstâncias e ocasiões. Faz-se no espírito como efeito de uma consciência pacificada.
O cansaço, o desaire, a perseguição e a dor, embora aflijam, jamais logram romper a armadura da tranquilidade real.
Quando existe harmonia interior os ruídos de fora não ecoam perturbadoramente.
Se exiges silêncio, melodias, ginásticas para a tranquilidade, apenas estás no rumo.
Se te enerva a espera ou te desagradam o cansaço e o medo, fruis apenas comodidades, encontrando-te longe da tranquilidade real.
Um espírito tranquilo não se atemoriza nem se enfada, não se desarranja nem se rebela porque, pacificado pela consciência reta, vibram nele as energias da renovação constante e do otimismo perene.
Jesus, no Sermão da Montanha ou no Gólgota, manteve-se o mesmo.
Íntegro, confiante, demonstrou que a tranquilidade é preciosa aquisição da vitória da vida nas incessantes batalhas do existir.
Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Leis Morais da Vida.

Esperantan Datrevenon / Aniversário do Esperanto





Algumas expressões básicas  - Kelkaj bazikajn vortojn
Jes. - Sim.
Ne. - Não.
Saluton! - Olá!
Kio estas via nomo? - Qual é seu nome?
Mia nomo estas... - Meu nome é...
Kiel vi fartas? - Como você está passando?
Mi fartas bone. - Passo bem.
Kion vi faras? - O que você faz?
Kie vi loĝas? - Onde você mora?
Kioma horo estas? - Que horas são?
Ĉu vere? - De verdade?
Konsentite! - De acordo!
Mi ne komprenas. - Eu não entendo.
Vi estas bela. - Você é bonito/a.
Vi estas stultulo. - Você é um idiota.
Kompatinda! - Coitado/a!
Pluvas. - Está chovendo.
Damne! - Maldição!
Mi amas vin. - Eu te/vos amo.
Dankon. - Obrigado/a.
Nedankinde. - De nada.
Ĝis! - Até!

Kaj - e, mais (grega)
Sed - mas (latina)
Ĉielo - céu (italiana)
Dimanĉo - domingo (francesa)
Saŭdado - saudades (portuguesa)
Ŝarko - tubarão (inglesa)
Nur - apenas, somente (alemã)
Vosto - cauda, rabo (russa)
Krado - grade, rede (polonesa)

Kio estas Esperanto? (O que é o Esperanto?)

http://pt.lernu.net/enkonduko/lingvoprezento/index.php (apresentação da língua)
http://www.kurso.com.br/ (Curso de Esperanto)
http://www.lernu.net/ (Site de aprendizado da língua)

O esperanto é a língua planejada mais vastamente falada. Ao contrário da maioria das outras línguas planejadas, o esperanto saiu dos níveis de projeto (publicação de instruções) e semilíngua (uso em algumas poucas esferas da vida social).

Seu iniciador, Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou a versão inicial do idioma em 1887, com a intenção de criar uma língua de muito fácil aprendizagem, que servisse como língua franca internacional, para toda a população mundial (e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes).

O esperanto é empregado em viagens, correspondência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio. Alguns sistemas estatais de educação oferecem cursos opcionais de esperanto, e há evidências de que auxilia no aprendizado dos demais idiomas.
"O primeiro livro sobre o esperanto foi lançado em 26 de julho de 1887, em russo, contendo as 16 regras gramaticais, a pronúncia, alguns exercícios e um pequeno vocabulário. Logo depois, mais edições do Unua Libro foram lançadas em alemão, polonês e francês. O número de falantes cresceu rapidamente nas primeiras décadas, primordialmente no Império Russo e na Europa Oriental, depois na Europa Ocidental, nas Américas, na China e no Japão".



quarta-feira, 25 de julho de 2012

SEXO E DESEQUILÍBRIO

            “No exame das causas da loucura, entre individualidades, sejam encarnadas, sejam ausentes da carne, a ignorância quanto à conduta sexual é dos fatores mais decisivos. A incompreensão humana dessa matéria equivale a silenciosa guerra de extermínio e de perturbação. (...) o cativeiro da ignorância, no campo sexual, continua escravizando milhões de criaturas.” (No Mundo Maio – Andre Luiz / Chico Xavier, 26.11)
            Tal ignorância não se refere somente à prática sexual em si mesma mas, principalmente, às doações afetivas. Grande parte da Humanidade desconhece que é um Espírito imortal envergando um corpo físico transitório e que toda a sua complexidade de caráter e de sentimento nasce de sua vida mental. Não percebe que, para ser feliz por dentro, precisa obedecer às Leis Morais que Jesus nos ensina, através de seu Evangelho. O sexo é mental em seus impulsos e manifestações e, como tal, deve ser tratado na intimidade de nós mesmos.
            A maioria esmagadora da Humanidade não está interessada em administrar o seu mundo afetivo sob as luzes espirituais, pois permanece experimentando a impulsividade do instinto sexual, do amor possessivo, da viciação, das taras, não refletindo nas conseqüências morais de sua conduta infeliz. Em virtude disto é que a coletividade humana sofre aflitíssimos problemas morais e espirituais, há milênios, onde o desequilíbrio sexual surge por toda a parte, devastando lares e infelicitando criaturas. Ignoram as criaturas humanas que as emoções descontroladas, os desejos inferiores acalentados, os pensamentos infelizes cultivados, os sentimentos de posse exclusiva e os excessos de prazeres sexuais prejudicam e danificam profundamente a vida íntima, a organização mental, o nosso corpo espiritual e, conseqüentemente, o corpo físico.
            “De mente desvairada, fixa no socavão da subconsciência, perdem-se no campo dos automatismos interiores, obstinando-se no conservarem deprimentes estados psíquicos. O ciúme, a insatisfação, o desentendimento, a incontinência e a leviandade alastram terríveis fenômenos de desequilíbrio.” (No Mundo Maior – Andre Luiz / Chico Xavier, 26.11)
            A permanência nos infelizes estados psíquicos quais o ciúme doentio, a insatisfação sexual e afetiva, o desentendimento entre cônjuges, a viciação do prazer sexual e a leviandade nos compromissos afetivos assumidos, fazem surgir também variados sintomas de desequilíbrio na vida mental, de recuperação longa e difícil. Mergulhada a mente nestes estados psíquicos depressivos, o Espírito passa a já não viver o presente, mas, a revolver, recapitular e cultivar as sombrias experiências de vidas passadas, que se encontram como lembranças arquivadas no porão da personalidade — a subconsciência.
Livro: Sexo e Evolução, cap. 5 – Walter Barcelos.

KUN JESUO / COM JESUS

KUN JESUO
Abnegacio estos al vi privilegio.
Sufero glorigos vian vivon.
Provado grandigos vian povon.
Laboro estos konfidatesto sur via vojo.
Oferado plej altigos viajn impulsojn.
Malsaneco de la korpo estos saniga medikamento por via animo.
Kalumnio honorigos vian taskon.
Persekutado kontraŭ vi estos motivo, por ke vi benu multajn.
Angoro plipurigos viajn esperojn.
Malbono invitos vian spiriton al farado de bono.
Malamo ekscitos vian koron al elmontroj de amo.
La Tero kun siaj kontrastoj kaj senĉesaj renovigoj estos por la individua pliboniĝo benata lernejo, per kies purigaj lecionoj vi forlasos la egoismon, frakasitan por ĉiam.
Andreo Ludoviko / Chico Xavier
Libro: Kristana Agendo

COM JESUS
A renúncia será um privilégio para você.
O sofrimento glorificará sua vida.
A prova dilatará seus poderes.
O trabalho constituirá título de confiança em seu caminho.
O sacrifício sublimará seus impulsos.
A enfermidade do corpo será remédio salutar para a sua alma.
A calúnia lhe honrará a tarefa.
A perseguição será motivo para que você abençoe a muitos.
A angústia purificará suas esperanças.
O mal convocará seu espírito à prática do bem.
O ódio desafiar-lhe-á o coração aos testemunhos de amor.
A Terra, com os seus contrastes e renovações incessantes, representará bendita escola de aprimoramento individual, em cujas lições purificadoras deixará você o egoísmo para sempre esmagado.
André Luiz / Chico Xavier
Do livro: Agenda Cristã.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

NA SAÚDE, NA DOENÇA

Previna-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.
Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.
O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.
Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.
Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.
Resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes.
Observe as reações que a sua presença provoca nos outros e pacifique aqueles com quem convive, pela palavra, aparência e atitudes.
O maior restaurador de forças é a consciência reta, que asserena as emoções.   
André Luiz / Médium Chico Xavier
Livro: O Espírito da Verdade.

Agasalho

O aprendiz buscou o orientador e clamou, agoniado:
- Amigo querido, por que a contradição em que me vejo?
Vivia tranquilo, quando adquiri a fé.
Depois de instalar a fé no coração, o sofrimento apareceu em minha vida...
Se acumulei tanta confiança na Divina Providência, qual a razão pela qual tantas tribulações me acompanham?
Momentos surgem, nos quais me sinto em doloroso desespero.
Por que tamanho contra-senso?
O interpelado, entretanto, respondeu sem hesitar:
- Filho, não te revoltes.
A Lei do Senhor é justiça e misericórdia.
O Pai Todo-Sábio não podia livrar-te da provação, mas não
podes negar que a Infinita Bondade te amparou com o apoio oportuno, a fim de que atravesses as tempestades de hoje com o agasalho preciso...
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Caminhos.
Minha pequena contribuição: A Fé é este Agasalho que nos aquece durante os invernos de nossas almas; quando a friagem dos desencontros psico-afetivos, financeiros e ou de ordem material e espiritual nos visitam, diante das provações que tenhamos que passar. Ela nos conclama a resignação e a submissão Divina. Pense Nisto! Antônio Ramos.

sábado, 21 de julho de 2012

Intima Kresko / Crescimento Interior

Kiam la homo decidas modifi kaj plibonigi la moralan konduton, ŝajnas al li alfronti ĝeneralan konspiron kontraŭ siaj nobloaj intencoj.
Ĉion sin  modifas kaj senbridiĝas. La plej malgrandaj aferoj fariĝas komplikaj, kaj la ritmo de la okazaĵoj dum kelka tempo malpliboniĝas.
Tiu situacio devigos la kandidaton al intima reformo forlasi kaj rezigni la intencon pliboniĝi.
Tamen, estas normale, ke tiel okazu.
Ĉiu ŝanĝo modifas la kutimon.
En la kampo de la moralaj agoj la reago estas ankoraŭ pli granda, ĉar oni penetras en la radikojn de la malbono por ĝin elradikigi, cele al ekaparo de novaj kaj ekvilibritaj moroj.
Ne forlasu tiel viajn intencojn pri moraleco kaj intima kresko antaŭ la unuaj malfacilaĵoj alfrontotaj.
Libro: Vivo Feliĉa
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco. 159
Quando o homem se resolve por modificar a conduta moral para melhor, parece defrontar uma conspiração geral contra os seus propósitos de enobrecimento.
Tudo se altera e desgoverna.
As mínimas coisas fazem-se complicadas, e o ritmo dos acontecimentos, por algum tempo, muda para pior.
Esse estado de coisas leva o candidato à reforma íntima a retroceder, a desistir.
É natural, porém, que assim aconteça.
Toda transferência modifica o habitual.
Na área das ações morais a reação é maior, porquanto se penetra nas raízes do mal para extirpá-lo, a fim de dar surgimento a novos e equilibrados costumes.
Não abandones, desse modo, os teus intentos de moralidade e crescimento interior, em razão das primeiras dificuldades a enfrentar.
Livro: Vida Feliz
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco. 159

Nossa Casa

A mente é a casa viva onde cada um de nós reside, segundo as nossas próprias concepções.
A imaginação é o arquiteto de nosso verdadeiro domicílio.
Se julgamos que o ouro é o material único adequado à nossa construção, cedo sofremos os efeitos destruidores da ambição e inveja, do remorso e tédio, que costumam envolver a fortuna, em seu castelo de imprevidência.
Se supomos que o poder humano deve ser o único abrigo de nosso espírito, logo somos defrontados pela decepção que no geral atinge as pessoas iludidas pelos desvarios da autoridade.
Moramos, em espírito, onde projetamos o pensamento. E respiramos o bem ou o mal, de acordo com as nossas preferências na vida.
Muitas vezes nos emolduramos em honrarias e esplendores, conservando-nos intimamente em deploráveis cubículos de sofrimento e trevas.
Só o trabalho incessante no bem pode oferecer-nos a milagrosa química do amor para sublimação do lar interno.
Idealizemos mais luz para o caminho.
Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Coragem.

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

Jesus /Mateus,  13:1- 9, e 18 - 23
       Um semeador, como fazia todos os dias, saiu de casa e se dirigiu ao seu campo para nele semear os grãos de trigo que possuía, honrando a Deus com seu trabalho honesto.
       Começou a semeadura. Enquanto lançava as sementes ao campo, algumas caíram no caminho, na pequena estrada que ficava no meio da seara. Você sabe que os passarinhos costumam acompanhar os semeadores ao campo, para comer as sementes que caem ao chão? Pois, isso aconteceu em nossa história. Alguns grãos caíram à beira da estrada, e os passarinhos, rápidos, desceram e os comeram.
       O semeador, porém, continuou semeando. Outras sementes caíram num lugar pedregoso. Havia ali muitas pedras e pouca terra. As sementes nasceram logo naquele solo, que não era profundo. O trigo cresceu depressa, mas, vindo o sol forte, foi queimado; e como suas raízes não cresceram por causa das pedras, murchou e morreu.
       Outros grãos caíram num pedaço do campo onde havia muitos espinheiros. Quando o trigo cresceu, foi sufocado pelos espinhos e também morreu.
       Uma última parte das sementes caiu numa terra boa e preparada, longe dos pedregulhos e das sarças.
       E o trigo ali semeado deu uma colheita farta. Cada grão produziu outros cem, outros sessenta ou outros trinta... 
       O próprio Jesus explicou a Seus discípulos a Parábola do Semeador.
       As nossas almas, filhinho, são comparáveis aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de pedras”, “a terra cheia de espinheiros e “o terreno lavrado e bom."
Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos Espíritos, onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bondade para conosco.
E como procedemos para com Jesus? Como respondemos à Sua bondade? O modo como damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da parábola.
Vejamos, então, filhinho:
Quando alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, aparecem as forças do mal (os Espíritos maldosos, desencarnados ou encarnados) e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os passarinhos comeram as sementes... E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desinteresse das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao “terreno do caminho”, onde a semente não chegou a penetrar. Um exemplo desse terreno é a criança que não presta atenção às aulas de Evangelho, ficando distraida durante as explicações. Ou ainda, a criança que não gosta de ler os livrinhos que ensinam o caminho de Jesus...
E o segundo terreno, o pedregoso?
Esse terreno é a imagem da pessoa que recebe os ensinos de Jesus com muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, ou as crianças animadas nas escolas de Evangelho, mas cuja animação dura pouco. Quando surgem as zombarias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evangelho. Um exemplo para você, filhinho: uma criança está freqüentando as aulas de Moral Cristã numa Escola Espírita. Está aprendendo os mandamentos divinos, os ensinos de Cristo, o caminho do bem, da pureza, da honestidade. Está muito contente com o que está estudando. Sente-se animada e feliz. Um dia, aparece um colega do colégio ou da vizinhança, dizendo que o “Espiritismo é obra do demônio”, que “os que freqüentam aulas de Evangelho nas escolas Espíritas ficam loucos e vão para o inferno”. E zomba dele sempre que o encontra e lhe põe apelidos humilhantes. O nosso amiguinho não tem ainda firmeza de fé. Tem medo das zombarias dos colegas e dos vizinhos, que dizem que “somente sua religião éverdadeira” e lhe mandam “receber Espíritos na rua”. Amedrontado pela perseguição e pelos motejos, o nosso irmãozinho deixa a Escola de Evangelho, onde estava começando a compreender a beleza do ensino de Jesus e as bênçãos do Espiritismo Cristão. Esse menino tinha o coração semelhante ao “terreno cheio de pedras”, onde a planta da verdade não pôde crescer e frutificar.
       O terceiro solo é a “terra cheia de espinheiros “. É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evangelho, mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedução das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos negócios, pelos lucros, pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. Há também, no mundo das crianças, exemplos desse terreno. São as crianças que conheceram, às vezes desde pequeninas, os ensinos de Jesus, mas, depois de crescidas, preferiram os maus companheiros, as crianças sem Deus, e passaram a interessar-se somente pelos problemas de dinheiro ou de modas, pelos ídolos do cinema ou do futebol. Não querem mais nem Jesus, nem lições de Evangelho. Só pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões, imaginam-se ricos “quando crescerem”... A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: a caridade morreu nos seus corações. O mundo, com suas riquezas falsas (que terminam com a morte), seduziu suas almas e sufocou a plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de esporte, de concursos de beleza, de grandezas sociais... A plantinha de Deus foi sufocada pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E morreu...
       O quarto terreno, “a terra lavrada e boa, é o símbolo do coração que escuta o Evangelho, procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida. E a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.
       O coração de uma criança verdadeiramente cristã é o bom terreno da parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração dessa criança deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar, aprender e servir.
       Filhinho, aí está a Parábola do Semeador. Medite nela. Que você, guardando a humildade de coração, se esforce para ser, se ainda não o é, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.
HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES.