segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mediunidade e Alienação Mental

Reunião pública de 13/6/1960
Quantos não se resignam com as verdades que a Doutrina Espírita veio descerrar à mente humana, há mais de um século, dizem, inconscientemente, que a mediunidade gera a loucura.
E multiplicam teorias complicadas que lhes justifiquem o modo de pensar, observando­a simplesmente como “estado mórbido”, dando a Ideia de especialistas que apenas examinassem os problemas do homem natural através do homem doente.
Considerando­se a mediunidade como percepção peculiar à estrutura psíquica de cada um de nós, encontrá­la­emos, nos mais diversos graus, em todas as criaturas.
À vista disso, podemos situá­la facilmente no campo da personalidade, entre os demais sentidos de que se serve o Espírito a fim de expressar­se e evolver  para a vida superior.
Não ignoramos, porém, que os sentidos transviados conduzem fatalmente à deturpação e ao desvario.
Os olhos são auxiliares imediatos dos espiões e dos criminosos que urdem a guerra e povoam as penitenciárias; contudo, por  esse motivo, não podem ser  acusados como fatores de delinquência.
Os ouvidos são colaboradores diretos da crueldade e da calúnia que suscitam a degradação social, mas não apresentam, em si mesmos, semelhantes desequilíbrios.
As mãos, quando empregadas na fabricação de bombas destruidoras, são  operárias da morte; entretanto, não deixam de ser os instrumentos sublimes da inteligência em todas as obras­primas da Humanidade.
O sexo, que constrói o lar em nome de Deus, por toda parte é vítima de tremendos abusos pelos quais se amplia terrivelmente o  número de enfermos cadastrados nos manicômios; contudo, isso não é razão para que se lhe deslustre a missão divina.
A manifestação é da instrumentalidade.
O erro é da criatura.
A faculdade mediúnica não pode, assim, responsabilizar­se pela atitude daqueles que a utilizam nos atos de ignorância e superstição, maldade e fanatismo.
E qual acontece aos olhos e aos ouvidos, às mãos e ao sexo que dependem do comando mental, a mediunidade, acima de tudo, precisa levantar­se e esclarecer­ se, edificar­se e servir, com bases na educação.
Livro: Seara dos Médiuns - 43
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Médiuns – Allan Kardec.
Questão nº 221 ­ Parágrafo 5º
5º- As comunicações que provêm do Espírito do médium, são sempre inferiores às que possam ser dadas por outros Espíritos?
Resposta: Sempre, não; pois um Espírito, que não o do médium, pode ser de ordem inferior à deste e, então, falar menos sensatamente. É o que se vê no sonambulismo. Aí, as mais das vezes, quem se manifesta é o Espírito do sonâmbulo, o qual não raro diz coisas muito boas. 

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