quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Parábola da Ovelha Perdida (ou Desgarrada)

“Qual de vós, tendo cem ovelhas e perder uma, não abandona as noventa e nove no deserto e vai em busca daquela que se perdeu, até encontrá-la? E achando-a, alegre a põe sobre os ombros e, de volta para casa, convoca os amigos e os vizinhos, dizendo-lhes: "Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida! Eu vos digo que do mesmo modo haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.” Jesus / Lc 15:4-7.
A “Parábola da Ovelha Perdida” traz ensinamentos semelhantes ao da “Parábola da Dracma Perdida”:
 o empenho da Espiritualidade em nos proteger;
 a inexistência de erro que não possa ser reparado;
 a inexistência de condenação por toda a eternidade;
 alegria dos Benfeitores Espirituais quando “somos encontrados”.
Desde o Velho Testamento encontramos a mesma simbologia sobre a Previdência Divina, ou seja, a Proteção Divina que se estende a todos os seus filhos, “as ovelhas”, como vemos em Ezequiel 34:11-12 e 16: “...Certamente eu mesmo cuidarei do meu rebanho e dele me ocuparei. Como o pastor cuida do seu rebanho, quando está no meio das suas ovelhas dispersas, assim cuidarei das minhas ovelhas e as recolherei de todos os lugares por onde se dispersaram em dia de nuvem e escuridão. (...) Buscarei a ovelha que estiver perdida, reconduzirei a que estiver desgarrada, pensarei a que estiver fraturada e restaurarei a que estiver abatida”.
Deus, em Sua Infinita Bondade, é um Pai Amoroso, que respeita a liberdade de escolha de seus filhos, porque, em sua profunda sabedoria, conhece a alma de cada um, e sabe que nenhum Espírito permanecerá eternamente perdido nos desvios do caminho, condenados para sempre ao sofrimento e as trevas da ignorância. 
Chegará o momento em que, compreendendo as Leis Divinas, retomaremos a Casa Paterna, e seremos acolhidos com imensa alegria: “haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.”.
É, realmente, confortadora a idéia de que nenhuma ovelha será deixada para trás, que nenhuma ovelha será perdida.
Diferentemente de muitas outras doutrinas, que pregavam ou ainda pregam as penas eternas, o Espiritismo, retirando o véu que encobria o conhecimento sobre nossa condição futura, demonstra que todos alcançarão a felicidade plena.
Não há, assim, almas perdidas, não há segregação definitiva, não há escuridão eterna, todos encontrarão a Luz. Somente a doce voz do Mestre continuara ecoando aos nossos ouvidos chamando-nos persistentemente ao seu encontro.
E vivenciando os ensinamentos do Cristo, procuraremos aqueles que estão à margem, aqueles que foram excluídos, aqueles que foram abandonados e desprezados, aqueles que ainda estão nas trevas. Quando apreendermos verdadeiramente as lições inolvidáveis do Mestre, o meigo Pastor das almas da Terra poderemos tornar-nos pequeninos pastores, auxiliando-o a conduzir o rebanho terreno rumo a felicidade e a plenitude desejadas.
         Livro:Curso de Aprendizes do Evangelho - FEESP

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