sábado, 26 de outubro de 2013

PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS (OU AS VIRGENS INSENSATAS E AS PRUDENTES)

PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS (OU AS VIRGENS INSENSATAS E AS PRUDENTES)
“Então o reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco, eram insensatas e Cinco, prudentes. As insensatas, ao pegarem as lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes levaram vasos de azeite com suas lâmpadas. Atrasando o noivo, todas elas acabaram cochilando e dormindo. À meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo vem aí! Saí ao seu encontro!’
Todas as virgens levantaram-se, então, e trataram de aprontar as lâmpadas. As insensatas disseram as prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas apagam-se’. As prudentes responderam: ‘De modo algum, o azeite poderia não bastar para nós e para vós. Ide antes aos que vendem e comprai para vós’.
Enquanto foram comprar o azeite, o noivo chegou e as que estavam prontas entraram com ele para o banquete de núpcias. E fechou-se aporta. Finalmente, chegaram às outras virgens, dizendo: Senhor, senhor; abre-nos!’ Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo não vos conheço!’ Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora.” (Jesus / Mt 25:1-13).
As reencarnações terrenas - oportunidades para novos aprendizados, para novas provas e reparação de equívocos passados - contam-se aos milhares todos os dias. Dependendo da condição espiritual, as novas existências são solicitadas, e em parte planejadas, por nós, ainda no mundo espiritual.
Quando mergulhados no corpo físico, porém, despreocupamo-nos daquilo que nos propusemos ao reencarnar, permitindo que nossas imperfeições morais tomem vulto e, por vezes, dominem nossa vida. Nem sequer nos recordamos da importância do aprimoramento para podermos participar do “banquete espiritual”, quando retomarmos ao mundo dos Espíritos.
Esta parábola mostra-nos a importância da vigilância e da prudência para que trabalhemos, constante e incessantemente, praticando o bem e a caridade, pois, em determinado momento, que nos é desconhecido, deixaremos o corpo físico e teremos que nos confrontar com aquilo que plantamos.
Não é na hora da morte ou nos últimos momentos de nossa reencarnação que, subitamente, procederemos às transformações necessárias para angariar os tesouros espirituais que garantirão a nossa entrada no “Reino dos Céus”. 
As virgens prudentes (em algumas versões: previdentes ou sensatas) representam as pessoas que compreendem os objetivos da sua encarnação e procuram viver, da melhor forma, os ensinamentos evangélicos, esforçando-se na renovação de seus valores, afastando as imperfeições e hábitos menos nobres.
As virgens insensatas (em algumas versões imprudentes, néscias, ou loucas) são as pessoas que vivem e morrem se preocupando apenas consigo mesmas, ligadas as ilusões da matéria, sem se atentarem para a prática do Bem, esquecendo-se de adquirir os tesouros “que as traças não corroem”, ou seja, os do Espírito.
O “noivo” (ou esposo) é Jesus, que se uniu a Humanidade (esposa), representada pelas virgens; sua chegada significa o convite para o “banquete espiritual”, através de seus ensinamentos morais. A aceitação desse convite dependera da prudência (preparo) ou insensatez (despreparo) dos Homens. Os que o aceitarem ingressarão em uma Nova Era, que se assentara na moral do Cristo: um mundo novo de paz e alegria, onde o Bem suplantara o Mal.
As lâmpadas representam a nossa luz interior, a essência divina que existe em nós, que não deve ficar apagada ou escondida, mas deve brilhar para iluminar o nosso caminho e o dos que o compartilham conosco.
O azeite é o combustível que deve abastecer as lâmpadas e representa as qualidades espirituais que vamos adquirindo durante as nossas estadias na Terra. Essas aquisições são pessoais e intransferíveis, e, por esse motivo, as virgens da parábola não puderam dividir com as virgens insensatas o azeite que, prudentemente, haviam levado consigo.
Como não haviam reservado azeite (renovação interior e boas obras), elas se atrasaram ao procurá-lo apressadamente e, ao voltar, encontraram a porta fechada. Restou-lhes, então, retomar a vida terrena para adquirir sua provisão do “azeite” da prática do amor fraterno, através de novas experiências vividas durante a reencarnação.
“Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”, diz Jesus na parábola; por isso, o verdadeiro cristão deve “vigiar e orar” sempre, estar disposto e disponível para trabalhar na seara do Mestre, com entusiasmo e boa vontade, por menor que seja a tarefa; utilizar de prudência em todas as suas ações, adquirindo a serenidade suficiente em seu coração para um dia, retomar a pátria espiritual.
         Livro: Curso de Aprendizes do Evangelho – 2º Ano FEESP

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