quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Jesus e livre-­arbítrio

Em matéria de respeito ao livre-­arbítrio, reparemos a conduta do Cristo, junto daqueles que lhe partilham a marcha.
Companheiro de João Batista, não lhe torce a vocação.
Em circunstância alguma encarcera espiritualmente os discípulos em atitudes determinadas.
Ajuda sem pedir adesões.
Ensina sem formular exigências.
Escarnecido em Nazaré, onde fixara moradia, não procura evidenciar­-se.
Renova Maria de Magdala, sem constrangê­-la.
Não ameaça Nicodemos, porque o doutor da lei não lhe compreenda de pronto a palavra.
Não exibe poderes divinatórios para impressionar o Sinédrio.
Permite que Pedro o renegue à vontade.
Deixa que Judas deserte como deseja.
Confere a Pilatos e Antipas pleno direito de decisão.
Não impede que os amigos durmam no horto, enquanto ora em momento grave.
O cireneu que se destaca, a fim de auxiliá­lo no transporte da cruz, é trazido pelo povo, mas não rogado por ele mesmo.
E, ainda depois da morte, volvendo ao convívio dos irmãos de ideal, não tem qualquer bravata de interventor.
Entende as dúvidas de Tomé.
E quando visita Saulo de Tarso, às portas de Damasco, aparece na condição de um amigo, sem qualquer intuito de violência.
Onde surge, o Mestre define a luz e o amor em si mesmo, indicando, no próprio exemplo, o roteiro certo, mas sem coagir pessoa alguma nessa ou naquela resolução.
Quando quiseres verificar se os Espíritos comunicantes são bons e sábios, rememora o padrão de Jesus e perceberás que são realmente sábios e bons se te ajudam a realizar todo o bem com esquecimento de todo o mal, sem te afastarem da responsabilidade de escolheres o teu caminho e de seguires adiante com os próprios pés.
Livro: Seara dos Médiuns.
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando o Livro dos Médius
Questão nº 224 ­ Parágrafo 3º
Acrescentemos outra consideração de muita gravidade no que concerne às línguas estrangeiras. Os ensaios deste gênero são sempre feitos por curiosidade e por experiência.
Ora, nada mais antipático aos Espíritos do que as provas a que tentem sujeitá-los. A elas jamais se prestam os Espíritos superiores, os quais se afastam, logo que se pretende entrar por esse caminho. Tanto se comprazem nas coisas úteis e sérias, quanto lhes repugna ocuparem-se com coisas fúteis e sem objetivo. É, dirão os incrédulos, para nos convencermos e esse fim é útil, porque pode granjear adeptos para a causa dos Espíritos. A isto respondem os Espíritos: “A nossa causa não precisa dos que têm orgulho bastante para se suporem indispensáveis. Chamamos a nós os que queremos e estes são quase sempre os mais pequeninos e os mais humildes. Fez Jesus os milagres que lhe pediam os escribas? E de que homens se serviu para revolucionar o mundo? Se quiserdes convencer-vos, de outros meios dispondes, que não a força; começai por submeter-vos; não é regular que o discípulo imponha sua vontade ao mestre.”

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