sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dom Pedro I

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon nasceu em 12 de outubro de 1798, em Lisboa. Faleceu em 24 de setembro de 1894, também na capital portuguesa.

Era filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina, veio ao Brasil em 1808, na Vinda da Família Real, aos 9 anos de idade. Foi educado por religiosos, praticava esportes e estudava música; compôs o Hino Nacional de Portugal que perdurou até 1920, e do Hino da Independência do Brasil.

Com a elevação de seu pai, D. João VI, a rei de Portugal em 1816, recebeu o título de príncipe real e herdeiro do trono, o herdeiro natural seria o seu irmão mais velho Antônio, que já havia falecido. Em 1816, casou-se com Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, arquiduquesa da Áustria.

A família real retornou para a Europa em 26 de abril de 1821, Dom Pedro I permaneceu no Brasil como Príncipe Regente. Havia no Brasil uma insatisfação contra o regime colonial de Portugal, a Corte Real portuguesa redigiu um decreto exigindo o retorno de Dom Pedro I a Portugal.

A exigência causou comoção nacional na colônia, o que inspirou a permanência do Príncipe Regente no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, pronunciou : “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”; fato historicamente marcado como o “Dia do Fico”.

A Corte suspendeu o pagamento dos rendimentos do príncipe. Em 7 de setembro de 1822, ao receber uma correspondência de Portugal, na qual comunicava o seu rebaixamento para delegado das cortes de Lisboa, no mesmo momento às margens do riacho do Ipiranga, deu o grito de independência do Brasil e o rompimento com Portugal.

No Rio de Janeiro, foi coroado imperador e defensor do Brasil. Como imperador dissolveu a Assembleia Constituinte, demitiu José Bonifácio e fundou o Conselho de Estado. Depois da morte de seu pai, retornou a Portugal para ocupar o trono português como Dom Pedro IV.

Envolvido em vários conflitos pessoais, políticos e perda de popularidade, não pôde se manter rei de duas nações, abdicando do trono brasileiro em 1830. Retornando a Portugal, teve que reconquistar o trono português das mãos de seu irmão Dom Miguel, que havia retirado a sua filha Maria da Glória , que estava no trono provisoriamente.

Numa guerra civil de dois anos, criou uma força expedicionária nos Açores em 1832, e invadiu Portugal para derrotar o seu irmão e restaurar o absolutismo. Faleceu no palácio de Queluz, devido a crise de tuberculose, aos 36 anos de idade. Seus restos mortais estão na cripta do monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.
Por Fernando Rebouças

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