terça-feira, 25 de setembro de 2012

Edificar o amor espiritualizado

16.8 — Edificar o amor espiritualizado
O amor espiritualizado é fruto da dedicação e do esforço constante da criatura em educar a si mesma, dominando seu orgulho e egoísmo ferozes, nas regras libertadoras do Evangelho de Jesus, para poder amar sem se preocupar em ser amada. Na floresta imensa das imperfeições e defeitos, a lavoura abençoada do amor não poderá nascer sem proteção e cultivo constante na terra do coração.
O amor espiritualizado começará a surgir com o desenvolvimento das sementes das virtudes: a humildade, a bondade, a paciência, o perdão, a tolerância, a indulgência, a ternura, a delicadeza, o entendimento e o respeito. Sem os tesouros da fé sincera, guardada no cérebro e no coração, essas plantas divinas não germinarão no canteiro sublime da alma.
Não basta ficar esperando pelo amor do companheiro ou da companheira: o importante é aprender a amar sem exigência, a fim de materializá-lo no dia-a-dia da convivência conjugal. Os cônjuges devem promover entre si estes tesouros da felicidade, como nos escreve o autor de “Nosso Lar”:
“O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal - patrimônios que se derivam naturalmente do amor profundo — constituem sólidos alimentos para a vida em si.” (Nosso Lar – André Luiz)
Nos cônjuges que procuram sinceramente espiritualizar-se, inobstante o envelhecimento lhes diminua progressivamente a atividade sexual fisiológica, o intercâmbio entre suas almas alcançará níveis cada vez mais altos de espiritualidade, sustentando emultiplicando a alegria, a simpatia e o entendimento. É a sexualidade em sua expressão espiritual, como nos ensina o Instrutor de André Luiz:
“Entre os casais mais espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização transitória.” (Nosso Lar – André Luiz)
A manifestação sexual evolui com o ser. O sexo não se acabará por causa da espiritualização das criaturas, mas, sim, os cônjuges deixarão as vibrações grosseiras pelas vibrações sutis e harmoniosas, intensificando o contato das almas, conquistando novos níveis superiores de vida, em busca da Espiritualidade Maior, ficando a união física como expressão passageira, embora ativa, mas sem ser a fonte maior de suas alegrias. Entre os cônjuges na velhice corpórea, quando há o crescimento dos valores espirituais, poderá haver maior coeficiente de prazer sutil da alma, maior alegria no coração e maior simpatia nas vibrações espirituais do que entre cônjuges recém-casados que também muito se amam, mas ainda não aperfeiçoaram a harmonização recíproca.
O amor é todo espiritual e não está escravizado a qualquer tipo de desejo. O Espírito André Luiz define com profundidade:
       “Amar não é desejar. Ë compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar aos próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça.” (Agenda Cristã – André Luiz)
            Livro Fonte: Sexo e Destino – Walter Barcelos.

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