domingo, 14 de abril de 2013

AS VIRTUDES E OS VÍCIOS

Na busca por nosso progresso reencarnamos inúmeras vezes, até atingir o mais alto grau de perfeição que comporta nosso planeta. A cada reencarnação temos desafios que, se traduzem em lições a serem refeitas.
Mas, o que significa lições a serem refeitas? O nosso planeta é semelhante a uma escola, com seus vários graus de ensino e diversos tipos de alunos. Todos, sem exceção, começam seus estudos pelo nível mais baixo, porém, a medida que assimilamos os estudos correspondentes a cada série somos promovidos a série seguinte. Há alunos que desejam, ardentemente aprender, outros que o fazem por fazer e uns que odeiam estudar e preferem se divertir.
Vê-se então que todos se encontram num mesmo caminho, ou seja, o do aprendizado, porém, cada um trilhando determinado percurso da estrada. Todos têm grandes lições a aprender, e outras, a serem refeitas, estamos em processo de evolução.
As lições a serem refeitas são aquelas que apresentam maior dificuldade de assimilação. Desta forma, temos que nos empenhar mais, estudar com mais afinco, fortalecer nossa vontade de aprender a fim de atingir nossa meta.
Os vícios representam as lições a serem refeitas em nossas vidas. Para tanto, é importante o autoconhecimento, que identifique sua realidade, seus vícios assim como as virtudes que eventualmente possua.
Quais são? Como identificá-los? Qual possui?
Vamos ao significado das palavras Virtudes e Vícios.
Virtudes: são todos os hábitos que levam o homem para o bem, é uma disposição adquirida voluntariamente para o bem e consiste na boa qualidade moral do homem, Excelência moral, forca interior, retidão, austeridade.
Vícios: ausência das virtudes. São ações que tendem para o mal, os costumes censuráveis, os hábitos perniciosos, entre os quais: o fumo, a gula, o álcool, os abusos sexuais. Já os defeitos consistem nas imperfeições ou desvios das leis morais, como o orgulho e seus filhos: o egoísmo, a inveja, o ciúme, a maledicência, etc.
Todas as virtudes são louváveis, porque implicam no cumprimento da Lei do Progresso. Existem pessoas que fazem o bem espontaneamente, isso é, um sinal de progresso realizado. Esses lutaram outrora e triunfaram. Por isso é que os bons sentimentos nenhum esforço lhes custam e suas ações lhes parecem simplíssimas. O bem se lhes tomou um hábito. Devidas lhes são as honras que se costuma tributar a velhos guerreiros que conquistaram os seus altos postos. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec Perg. 894)
Há pessoas que demonstram um desinteresse natural pelas coisas materiais, no entanto, o descuido irrefletido de nossos bens constitui sempre falta de juízo.
A riqueza, do mesmo modo que não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o é a outros para ser dispersa ao Vento. Representa um depósito de que todos terão de prestar contas, porque de responder por todo o bem que podiam fazer e não fizeram, por todas as lagrimas que podiam ter estancado com o dinheiro que deram aos que dele não precisavam. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, Perg. 896)
O bem deve ser feito caritativamente, isto é, com desinteresse. Procede como egoísta todo aquele que calcula o que lhe possa cada uma das suas boas ações renderem na vida futura. Nenhum egoísmo, porém, há em querer o homem melhorar-se, para se aproximar de Deus, pois que é o fim para o qual devem todos tender. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, Perg. 897-B)
E útil que nos esforcemos por adquirir conhecimentos científicos, pois, isso nos põe em condições de auxiliar nossos irmãos. Nos intervalos das encarnações, aprenderemos numa hora o que na Terra exigiria anos de aprendizado. Nenhum conhecimento é inútil; todos contribuem para o progresso, porque o Espírito, para ser perfeito, tem que evoluir, e fazer com que o progresso se efetue em todos os sentidos, todas as idéias adquiridas ajudam no desenvolvimento do Espírito.
De dois homens ricos que empregam suas riquezas exclusivamente em gozos pessoais, o mais culpado é aquele que conheceu os sofrimentos, porque sabe o que é sofrer. A dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece; porém, como frequentemente sucede, já dela não se lembra. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, Perg.899)
Cuidado ao observar as imperfeições alheias, porque isso é faltar com a caridade. Se o fizer, porém, para auxiliar o próximo para que este possa evitá-lo, esse estudo poderá ser-lhe de alguma utilidade.
Importa não esquecer, porém, que a indulgência para com os limites de outrem é uma das virtudes contidas na caridade. “Antes de censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante. Esse é o meio de vos tornardes superiores a ele. Se lhe censurais a avareza, sede generoso; se for orgulhoso, sede humildes e modestos; se for aspereza, sede brandos; se for pequenez, sede grandes. Numa palavra, fazei de maneira que não se vos possam aplicar estas palavras de Jesus: “Vê o argueiro no olho do seu vizinho e não vê a trave no seu próprio”. (Livro dos Espíritos – Allan Kardec, Perg. 903)
Livro: Curso Básico de Espiritismo – 2Ano / FEESP
Fonte: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec 893 a 906.

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