domingo, 30 de setembro de 2012

Reflexão Matinal - 12

Não menospreze o ensejo que se lhe apresenta de prestar serviço útil. Muita vez, notará que não tem muita opção de trabalho, mas, com um pouco de criatividade, e, principalmente, com uma pequena dose de boa-vontade, vislumbrará ocasiões de ser útil em um número de pasmar.
Quebre sua rotina, e pense e aja diferente, e verá que até o modo de olhar, sorrir e falar, pode ser uma forma de ofertar socorro efetivo aos necessitados da vida.
O ser humano carece de ser útil, como o estômago necessita de alimento. Não por outra razão o serviço voluntário cura doentes da alma, criminosos inveterados e gente desnorteada, como tanto estudos e experimentos psicológicos têm indicado. Aumentar o número e a extensão das vezes em que se é útil, portanto, é caminho excelente de favorecer a realização pessoal própria, assim como bemestar e paz de consciência. O homem é um animal gregário, já afirmara Aristóteles. Servir ao coletivo, ao social, ao próximo, de modo consciente e deliberado, é a fina-flor da completude para um ser humano.
Ser útil não é só um dever: é uma grande oportunidade... de ser feliz.
Gustavo Henrique / Benjamin Teixeira.
Livro: Reflexões Matinais

Ser Feliz



         “... Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, e numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam ...” (O Evangelho Segundo o Espiritismo” / Allan Kardec - Capítulo 5, item 2).

As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.
Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.
Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.
No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como conseqüência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.
Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.
Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.
A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.
O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.
Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único rebanho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha se perderá.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível.
A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.
Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.
Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.
Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presentes reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é, obviamente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da Eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto
No livro:  Renovando Atitudes -  Cap. 2

Preceptor das almas


“Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra; ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda; sua autoridade decorria da natureza excepcional de seu Espírito e de sua missão divina...” (Evangelho Segundo o Espiritismo/ Allan Kardec - Capítulo 1, item 4.)

Ele andou pelos caminhos terrenos desprovido de qualquer apego, consideração ou aplausos.
Ensinou a excelência da mensagem do amor em sua grandeza superlativa e, ao mesmo tempo, percorreu os caminhos, desacompanhado de seus pais ou parentes, solicitando, todavia, a presença espontânea de amigos amorosos que lhes absorveram as lições inesquecíveis.
Não tinha sequer onde reclinar a cabeça, despojado de qualquer bem material; nunca tomava decisões precipitadas em face de atitudes positivas ou negativas que aconteciam em seu redor, mas sempre reflexionava com sua estrutura divina, pois tinha plena consciência de sua missão terrena em favor da educação de uma humanidade ignorante e sofredora.
Ele afirmava que todos deveriam ser vistos como irmãos ou amigos, porque sabia que em potencial poderiam vir a ser pais, filhos, cônjuges ou irmãos, visto que é da lei universal a reencarnação e a caminhada a um só rebanho e a um só Pastor.
Independente de tudo e de todos, conhecia a estrada a ser percorrida, pois estava seguro em Si mesmo; dessa forma, fez sua trajetória livre de convenções e padrões preestabelecidos, não aceitando preconceitos de qualquer matiz, porqüanto sabia transitar com grandeza e dignidade pelos caminhos do mundo. Criatura magnífica, retinha na mente poderes que lhe permitiam manipular desde a intimidade da matéria até as essências mais sutis da alma humana.
Homem generoso, sempre voltado à Natureza, com a qual se integrava em plenitude.
Amava os lírios dos campos, os pássaros dos céus, os montes arborizados, as brisas da manhã, as águas dos lagos, os trigais, e a própria natureza divina que existe em tudo e em todos.
Ele exemplificou as belezas naturais terrenas, comparando-as com o Reino dos Céus, fazendo dessa forma um elo divino, isto é, uma ligação de amor entre os Céus e a Terra.
Ensinou-nos a respeitar inicialmente as coisas da Terra, para que pudéssemos, então, amar as coisas da Vida Maior.
Aparentemente fracassado na cruz, mostrou-nos logo após que venceu o mundo em todos os aspectos.
Jesus podia “ver” com absoluta facilidade por trás das cortinas do teatro da vida humana e tinha a nítida percepção das intenções mais secretas.
Os seres humanos, para Jesus, eram verdadeiros “livros abertos”: seu olhar penetrava o âmago das almas, onde conseguia alcançar seus pontos fracos.
Não sufocava com a força de sua personalidade aqueles que O procuravam; ao contrário, afirmava: ‘Tudo depende de ti”, ou mesmo, “Atua fé te curou”. Em outras ocasiões, aconselhava-os:
“Vai e não peques mais”, convidando-os para uma vida autêntica e oferecendo apoio e incentivo para construírem a “Casa sobre a rocha”.
Foi Mestre por excelência, porque se manteve longe dos excessos nos relacionamentos: do excesso de “convites”, que promove desmedido envolvimento pessoal, dificultando a ajuda real, e do excesso de “indiferença”, que provoca falta de compaixão e posicionamento frio.
Preceptor das Almas, levou-nos à reflexão íntima, ou melhor, à interiorização de nós mesmos, quando assegurou: “Eu estou no Pai e o Pai está em mim”, (Jesus/João 14:11.) formalizando assim a necessidade do nosso autoconhecimento como base vital para alcançarmos o Reino do Céus.
Sigamos Jesus, Ele é a Luz do Mundo, o Sol Fulgurante que aquece as almas do frio interior, da desilusão e da desesperança.
Busquemos Jesus agora e sempre, porque só assim estaremos caminhando ao encontro da paz tão almejada.
Livro: Renovando Atitudes
Hammed /Francisco do Espírito Santo Neto.

Fortaleçamo-nos


"Sede fortalecidos no Senhor," - Paulo. (Efésios, 6: 10).

Há muita gente que se julga forte...
Nos recursos financeiros, que surgem e fogem.
Na posse de terras, que se transferem de dono.
Na beleza física que brilha e passa.
Nos parentes importantes, que se transformam.
Na cultura da inteligência que, muitas vezes, se engana.
Na popularidade, que conduz à desilusão.
No poder político, que o tempo desfaz.
No oásis de felicidade exclusivista, que a tempestade destrói.
Sim, há muita gente que supõe vencer hoje para acabar vencida amanhã.
Todavia, somente a consciência edificada na fé, pelos deveres bem cumpridos à face das Leis Eternas, consegue sustentar-se, invulnerável, sobre o domínio próprio.
Somente quem sabe sacrificar-se por amor encontra a incorruptível segurança.
Fortaleçamo-nos, pois, no Senhor e sigamos, de alma erguida, para frente, na execução da tarefa que o Divino Mestre nos confiou.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Fonte Viva - 111

Exaltação à Beleza

                Senhor
                Estou aqui para exaltar a beleza, porque ela reflete a Tua presença. Vejo-a no firmamento, na luz do dia, na natureza e nas coisas aparentes. Há porém, uma beleza especial, que me chama a atenção: a do mundo interior. É importantíssimo reconhecer sua existência, tão esquecida pelos homens. Ela também marcha para a perfeição, vibra, expande-se, aprimora-se, resplandece. Esta beleza íntima dá expressão e sentido à minha beleza externa. Por isso, coloco-me diante de Ti para louvar a beleza que há em mim e que é uma manifestação da Tua beleza cósmica, luminosa, eterna.ao reconhecer que há beleza em mim, animo-me a viver digna e alegremente, passo a sentir o prazer da Tua presença e me encorajo no sentido de aumentá-la cada vez mais. Obrigado, Senhor, porque possuo a beleza interior e estou a caminho da perfeição. Obrigado! Obrigado!
                Livro: Preces do Coração.
                Lourival Lopes.

sábado, 29 de setembro de 2012

O Idiota



Diante do Senhor


“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” – Jesus. (João, 8:43.)

A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.
Emprestar sem exigir retribuição.
Desculpar incessantemente.
Amar os próprios adversários.
Ajudar aos caluniadores e aos maus.
Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.
Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.
Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas. A preocupação da posse lhes absorve a existência.
Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno.
Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.
Percebem, mas não ouvem.
Informam-se, mas não entendem. Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.
Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.
São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.
Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.
Livro: Fonte Viva - 48
Emmanuel /Chico Xavier.

Entendamo-nos


“Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros.” – Pedro. (1ª Epístola de Pedro, 4:8.)

Não existem tarefas maiores ou menores. Todas são importantes em significação.
Um homem será respeitado pelas leis que implanta, outro será admirado pelos feitos que realiza. Mas o legislador e o herói não alcançariam a evidência em que se destacam, sem o trabalho humilde do lavrador que semeia o campo e sem o esforço apagado do varredor que contribui para a higiene da via pública.
Não te isoles, pois, no orgulho com que te presumes superior aos demais.
A comunidade é um conjunto de serviço, gerando a riqueza da experiência. E não podemos esquecer que a harmonia dessa máquina viva depende de nós.
Quando pudermos distribuir o estímulo do nosso entendimento e de nossa colaboração com todos, respeitando a importância do nosso trabalho e a excelência do serviço dos outros, renovarse-á a face da Terra, no rumo da felicidade perfeita.
Para isso, porém, é necessário nos devotemos à assistência recíproca, com ardente amor fraterno.
Amemos a nossa posição na ordem social, por mais singela ou rudimentar, emprestando ao bem, ao progresso e à educação as nossas melhores forças.
Seremos compreendidos na medida de nossa compreensão.
Vejamos nosso próximo, no esforço que despende, e o próximo identificar-nos-á nas tarefas a que nos dedicamos.
Estendamos nossos braços aos seres que nos cercam e eles nos responderão com o melhor que possuem. O capital mais precioso da vida é o da boa-vontade. Ponhamo-lo em movimento e a nossa existência estará enriquecida de bênçãos e alegrias, hoje e sempre, onde estivermos.
Livro: Fonte Viva - 122
Emmanuel / Chico Xavier.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Em família

     “Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.”  – Paulo. (1ª Epístola a Timóteo, 5:4.).
A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.
   Livro: Pão Nosso - 117
   Emmanuel / Chico Xavier.

Via graveco / Tua importância.

Via graveco estas en rekta proporcio al tio, kion vi faras por via propa bono.
Kun aŭ sen vi la vivo daŭras, la mondo plu marŝas.
Ne vin taksu posedanto de eksterordinaraj rimedoj, sen kies ĉeesto la estuloj malaperus kaj la homaro malprogresus.
Viaj konkeroj kaj malprofitoj faras la kalkuladon pri viaj realaj valoroj.
Estu simpla kaj fariĝu humila, kiel lampo antaŭ la suno, kaj ĉi tiu kompare al galaksio...
Libro: Viva Feliĉa - 166
Joanna de Angelis / Divaldo Franco.

A tua importância está na razão direta do que faças a benefício próprio.
Contigo ou sem ti, a vida prossegue, o mundo continuará a sua marcha.
Não te creias detentor de recursos excepcionais, sem cuja presença os seres depereceriam e a Humanidade sofreria decadência.
Tuas conquistas e perdas fazem a contabilidade dos teus valores reais.
Sê simples e torna-te humilde qual lâmpada diante do Sol e este em confronto com uma galáxia...
Livro: Vida Feliz
Joanna de Angelis / Divaldo Franco.

AFETIVIDADE - Hammed

No futuro, a religião superior ou natural só será fundamentada na mais afetuosa fraternidade e professada individualmente pela criatura que. superou o "ser religioso" e desenvolveu em si o "ser religiosidade".
A vida é um processo evolutivo e todos somos "seres caminhantes" nesse processo. Ainda nos falta longo trajeto a percorrer para atingirmos o desenvolvimento total de nossas potencialidades inatas. As Mãos Divinas nos criaram perfectíveis (Questão 776 - O Livro dos Espíritos – Allan Kardec), isto é, fomos concebidos potencialmente perfeitos. Já estamos prontos, concluídos; a Vida Providencial apenas espera nosso despertar, ou seja, agora só nos resta sair do sono da inconsciência de nós mesmos.
Na maioria das vezes, por ser tão vasto o campo do potencial humano, direcionamos nossa visão somente às informações, aos conceitos e às idéias pessoais e particulares. Não vemos claramente os processos interligados que fazem parte de uma mesma rede de relações invisíveis que ocorrem em nossos mundos interno e externo.
É oportuno recordarmos trecho do discurso do chefe indígena norte-americano Seattle: " Tudo o que acontece com a Terra acontece com os filhos da Terra. O homem não tece a teia da vida; ele é apenas um fio. Tudo o que faz à teia ele faz a si mesmo".
Esse pequeno texto sintetiza os pilares do que podemos chamar de "ecologia divina". Todo e qualquer ser vivo tem seu valor intrínseco, sendo os seres humanos somente um dos fios da imensa série de elos da vida. Essa foi a mais exata e essencial definição de fraternidade - como devemos nos relacionar no mundo.
       É preciso termos uma "visão holística" (do grego bolos: todo) de tudo o que nos rodeia." O Criador está em tudo e em todos", mas Ele não pode ser circunscrito a nada. Assim como a assinatura do artista está em sua obra, Deus, igualmente, está presente nas suas criações através de suas leis divinas ou naturais. (Questão 621 / O Livro dos Espíritos – Allan Kardec).
A fraternidade é o entrelaçamento sagrado entre as criaturas. Ela possui a condição de afetividade fecunda e frutífera; é a única e verdadeira forma de união humana.
Uma tomada de consciência dessa natureza exige de cada um de nós uma mudança radical quanto ao modo de encarar as criações e criaturas. Essa maneira de ver e perceber a existência produz uma profunda conscientização de religiosidade sobre a realidade de quem somos e de como vivemos.
       Se nós, criaturas humanas, considerarmos que o Universo é uma imensa malha interligada e agirmos de conformidade com esse princípio, não estaremos fazendo nada mais do que reforçar e vivenciar a essência da palavra religião (do latim religare: ligar novamente). Aliás, o Cristo veio ao mundo para religar os homens a Deus, e Ele assim se referiu à autêntica religião do porvir: " (...) Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade." -  Jesus / João, 4:24.
No futuro, a religião superior ou natural só será fundamentada na mais afetuosa fraternidade e professada individualmente pela criatura que superou o "ser religioso" e desenvolveu em si o "ser religiosidade".
O amadurecimento e o crescimento do indivíduo se fazem por meio da sucessão das existencias corporais. Ela "estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores. Pai muitas vezes, decorrem as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos"."
Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência atual' (Questão 204  - Livro dos Espíritos – Allan Kardec)  e, como resultado, cada vez mais aumenta a afetividade entre as criaturas, sedimentando nelas os laços da fraternidade.
O que é fraternidade? E ter afeto por todos, considerando-os como irmãos; é o nome que se dá ao sentimento que une irmão a irmão. Palavra oriunda do latim: frater, tris — "irmão pelo sangue ou por aliança". Fraternizar, na real acepção da palavra, não é apenas comungar das mesmas idéias, dos mesmos ideais ou convicções, mas acima de tudo, respeitá-los.
A convocação da nossa época é mais para "atos de fraternidade" do que para "atos de beneficência". Se os primeiros existirem, com certeza os segundos serão conseqüências naturais.
No "mundo ético", a busca é a do bem comum e da fraternidade. No "mundo moralista" não há afetividade de irmãos; a busca é por se enquadrar nas leis sociais, que possuem um manto fictício de direitos humanos, mas que, quase sempre, constituem regras ou normas partidárias, cruéis e desumanas. A humanidade atual é mais moralista do que ética.
Hoje, muitos indivíduos estão presos à "robotização dos costumes". São excessivamente ajustados aos "hábitos impensados"; até realizam atos de caridade -colocam em prática os ensinos de Jesus -, sem perceber, porém, qual é o verdadeiro significado do amor fraterno.
São criaturas que utilizam constantemente a palavra fraternidade, nomeando as pessoas de "queridos irmãos". Todavia, não possuem a convicção real de que, quando um ser humano chama o outro de irmão, é porque já validou em si mesmo um senso de valor segundo o qual o bem coletivo e o progresso da humanidade estão acima da religião que professa.
Os seres que desenvolveram uma afetividade fraternal aprenderam que a humanidade inteira faz parte de um todo interligado, regido por uma só lei, natural ou divina. No entanto, nada os impede de cooperar fraternalmente com toda e qualquer pessoa do planeta, pois têm plena compreensão da maneira pela qual as raças e os povos vivem e entendem a religiosidade. Sabem que há inúmeros meios de ver a realidade – nós próprios, as outras pessoas, o Universo, a vida e Deus. Por isso, aceitam de forma pacífica as diferenças.
Reconheceram que cada um de nós vê parte da verdade diante do Universo, e que todos nós temos uma "visão de mundo" proporcionalmente reduzida ao tamanho da nossa cegueira espiritual ou distorção da realidade. Na ética ou na fraternidade, a vida social do planeta se transforma numa melodia executada por muitos instrumentos afinados na mesma tonalidade; todos vibram em conjunto, embora uma só música seja tocada.
Estudando o Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
204 -Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência atual?
Resposta: Não pode ser de outra forma. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores. Daí, muitas vezes, decorrem as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.
621 - Onde está escrita a lei de Deus?
“Na consciência.”
621a - Visto que o homem traz em sua consciência a lei de Deus, que necessidade havia de lhe ser ela revelada?
 “Ele a esquecera e desprezara. Quis então Deus lhe fosse lembrada.”
776. Serão coisas idênticas o estado de natureza e a lei natural?
“Não, o estado de natureza é o estado primitivo. A civilização é incompatível com o estado de natureza, ao passo que a lei natural contribui para o progresso da Humanidade.”
A.K.: O estado de natureza é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não o foi a viver eternamente na infância. Aquele estado é transitório para o homem, que dele sai por virtude do progresso e da civilização. A lei natural, ao contrário, rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à medida que melhor a compreende e pratica.
Livro Fonte: Prazeres da Alma.
Hammed - Francisco do Espírito Santo Neto. 

Paciência - Hammed

Paciência
O despertar da religiosidade proporciona a paz de espírito. Paciência é um estado de alma em que a criatura não é atingida pelas inquietações ou irritabilidades, visto que se libertou do desassossego e da agitação do ego.
Quem atingiu a essência do sagrado entendeu que a autêntica religião é, acima de tudo, uma "realidade interna", porque expressa as nossas mais íntimas relações com Deus.
O despertar da religiosidade proporciona a paz de espírito.
Paciência é um estado de alma em que a criatura não é atingida pelas inquietações ou irritabilidades, visto que se libertou do desassossego e da agitação do ego.
Carl Gustav Jung desenvolveu uma teoria fascinante, uma análise notável que contribui efetivamente para aperfeiçoar o comportamento e pensamentos humanos,
Desde a infância, ele foi influenciado de forma marcante por questões religiosas e espirituais porquanto seu pai e vários parentes eram pastores luteranos. Estudou e investigou profundamente a natureza humana, dedicando-se também à análise das filosofias orientais e da mitologia.
Jung é considerado um sábio instrutor; estudou medicina, mas jamais abandonou o compromisso de manter o interesse pelos fenômenos psíquicos e pelas ciências naturais e humanas. Foi um psiquiatra por excelência, um missionário que pesquisou os "distúrbios da personalidade", contribuindo para o entendimento dos diversos aspectos do comportamento humano e colaborando para o crescimento e enriquecimento das criaturas em sua trajetória de iluminação individual.
    Dr. Carl Jung, como todo indivíduo que utiliza a lógica, a coerência e a razão, sentiu-se distanciado da devoção religiosa alicerçada no pietismo - afirmação da superioridade da fé sobre a razão. Afastou-se das experiências teológicas e das prescrições litúrgicas de seu pai e de outros parentes, que preconizavam a permanência incondicional pela letra da convenção (Paulo - II Coríntios, 3:6) e foi em busca do Espírito de Deus como uma realidade viva (Jesus / João, 4:24).
A religião vai muito além dos limites do intelecto, no entanto não o refuta nem o contesta. A genuína religiosidade não se vincula a nenhuma organização externa; ela nos remete ao despertar íntimo, ao relacionamento com a própria alma.
Da mesma forma, Allan Kardec, como homem de ciência que era, educado em Yverdon, na Escola de Johann Heinrich Pestalozzi - célebre pedagogo suíço e discípulo de Jean-Jacques Rousseau-, asseverou: 
"(...) não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade". 
"(...) para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque quer se impor e exige a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio" (O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo XIX, item 7 3 – Allan Kardec).
Por isso, o Espiritismo "não tem a pretensão de ter a última palavra sobre todas as coisas, mesmo sobre aquelas que são da sua competência" (A Gênese", capítulo XIII, item 8 – Allan Kardec).
Os Guias da Humanidade disseram a Kardec que " (...) não há para o estudioso, nenhum sistema filosófico antigo, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, porque tudo contém os germes de grandes verdades (...) graças à chave que nos dá o Espiritismo para uma multidão de coisas que puderam, até aqui, vos parecer sem razão e da qual, hoje, a realidade vos é demonstrada de maneira irrecusável" (Questão 628 – Livro dos Espíritos – Allan Kardec).
Para Jung, toda criatura traz uma aptidão para a autotransformação, o que ele chamou de individuação, e definiu-a como um processo de desenvolvimento pessoal em que a criatura se torna uma personalidade unificada, ou seja, um indivíduo, um ser humano indiviso e integrado.
A individuação está inteiramente voltada para o equilíbrio entre o ego (centro da consciência) e o Self (centro da psique) e para o aprimoramento e interação constante e criativa entre eles.
As criaturas ligadas excessivamente ao sistema ilusório do ego são afeitas a um zelo religioso obsessivo que pode levá-las aos extremos da intolerância. Possuem uma fé cega, o hábito de polemizar com exaltação, visto serem impacientes e inquietas. Exageradamente ajustadas a uma vida "impecável", denominam se "pessoas de hábito". Estão presas a este padrão de pensamento: "Só eu sei como as coisas são ou devem ser feitas".
O fanatismo é filho dileto do ego; é uma adesão cega a uma idéia, sistema ou doutrina. Os fanáticos se irritam facilmente com tudo aquilo que possa ser contrário ao que eles consideram tradicional, imutável e verdadeiro, defendendo um status quo rigoroso quanto à política, à sociedade e à religião.
Religiosos intransigentes, são considerados pessoas dogmáticas. Exigem de si mesmos e dos outros uma vida puritana e de retidão extremada como forma de compensar suas dúvidas indecorosas e seus desejos reprimidos, que eles cultivam, de forma inconsciente ou não, no próprio mundo interior. Baseiam sua maneira de agir em teorias e estudos arcaicos e seguem modelos e padrões obsoletos. São observadores literais de leis consideradas como certas e indiscutíveis, e esperam que as pessoas as aceitem sem qualquer questionamento.
Os indivíduos que estão conectados com o Self vivem as necessidades do presente e respondem a elas através de uma análise criteriosa das pessoas, dos fatos e dos acontecimentos. Utilizam-se do exame paciencioso e da reflexão sapiencial da consciência para elaborar cogitações sobre a vida e sobre si mesmos.
Por estarem mais sintonizados com o Self, conquistaram a fé raciocinada e alicerçada na paz de espírito, na razão e na coerência.
Têm como forma de procedimento respeito aos direitos humanos - de liberdade de expressão, de individualidade, de ir e vir, de intelectualidade, de consciência; enfim, os direitos considera¬dos inerentes ao homem como ser social, independentemente de raça, país, sexo, idade e religião.
São pensadores versáteis e originais; têm propósitos definidos - buscam alcançar pacienciosamente em seus estudos e reflexões uma síntese racional e lógica a respeito do físico e do espiritual, do real e do imaginário, do indivíduo e da sociedade.
Têm como forma de procedimento respeito aos direitos humanos - de liberdade de expressão, de individualidade, de ir e vir, de intelectualidade, de consciência; enfim, os direitos considerados inerentes ao homem como ser social, independentemente de raça, país, sexo, idade e religião.
São pensadores versáteis e originais; têm propósitos definidos - buscam alcançar pacienciosamente em seus estudos e reflexões uma síntese racional e lógica a respeito do físico e do espiritual, do real e do imaginário, do indivíduo e da sociedade.
  Estudando o Livro dos Espíritos – Allan Kardec
628  - Por que a verdade não foi sempre colocada ao alcance de todo mundo?
Resposta: É preciso que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso nos habituar a ela, pouco a pouco, de outra forma ela nos deslumbra.
Jamais ocorreu que Deus permitisse ao homem receber comunicações tão completas e tão instrutivas como as que lhe é dado receber hoje. Havia, como sabeis, na Antiguidade, alguns indivíduos possuidores do que consideravam uma ciência sacra, e da qual faziam mistério aos profanos, segundo eles. Deveis compreender, com o que conheceis das leis que regem esses fenômenos, que eles não recebiam senão algumas verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e a maior parte do tempo simbólico. Entretanto, não há para o estudioso, nenhum sistema filosófico antigo, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, porque tudo contém os germes de grandes verdades que, ainda que pareçam contraditórias umas com as outras, esparsas que estão no meio de acessórios sem fundamentos, são muito fáceis de coordenar, graças à chave que nos dá o Espiritismo para uma multidão de coisas que puderam, até aqui, vos parecer sem razão e da qual, hoje, a realidade vos é demonstrada de maneira irrecusável. Não negligencieis, portanto, de haurir objetos de estudos nesses materiais; eles são muito ricos e podem contribuir poderosamente para a vossa instrução.
Livro fonte: Os Prazeres da Alma
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PERDA DO SENSO DE HUMOR

A capacidade de manter o senso de humor resulta do amadurecimento psicológico.
São conquistas do auto-amor: encarar as situações vexatórias sem revolta nem autocompaixão; aceitar com bom humor os acontecimentos inusitados; permitir-se sorrir de si mesmo, dos equívocos cometidos e dispor-se a repará-los.
O amor, no seu elenco imenso de expressões, sustenta o senso de humor.
O amor faculta o indivíduo a alegria da vida como quer que esta seja, a compreensão das falhas alheias e próprias, a coragem para repetir as experiências fracassadas e, sobretudo, o preenchimento do vazio com realizações edificantes.
A perda do senso de humor, entre outras causas, resulta do estresse e amargura, desgaste das emoções e vazio existencial. O resultado são condutas pessimistas caracterizadas por revolta e agressividade ou desânimo e desinteresse.
A vida moderna propicia muitos conflitos que podem ser evitados por autoconsciência e vivência do senso de humor, essa autêntica jovialidade para compreender-se e compreender os demais.
Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Amor, Imbatível Amor.

PASSANDO PELA TERRA

Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em estágio educativo na Terra.
Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo.
Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem.
Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes.
Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes.
Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espíritos ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.
Levanta os caídos e ampara os que tropecem.
Não te lamentes.
Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores.
Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência.
Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal.
Auxilia ao outros, quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício, tantas vezes quantas isso te for solicitado.
Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra, a caminho da Vida Maior.
Louva, agradece, abençoa e serve sempre.
E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.
Livro: Calma - 2
Emmanuel / Chico Xavier.

Até o fim


“Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”  – Jesus / Mateus, 24:13.

Aqui não vemos Jesus referir-se a um fim que simbolize término e, sim, à finalidade, ao alvo, ao objetivo.
O Evangelho será pregado aos povos para que as criaturas compreendam e alcancem os fins superiores da vida.
Eis por que apenas conseguem quebrar o casulo da condição de animalidade aqueles Espíritos encarnados que sabem perseverar.
Quando o Mestre louvou a persistência, evidenciava a tarefa árdua dos que procuram as excelências do caminho espiritual.
É necessário apagar as falsas noções de favores gratuitos da Divindade.
Ninguém se furtará, impune, à percentagem de esforço que lhe cabe na obra de aperfeiçoamento próprio.
As portas do Céu permanecem abertas. Nunca foram cerradas. Todavia, para que o homem se eleve até lá, precisa asas de amor e sabedoria. Para isto, concede o Supremo Senhor extensa cópia do material de misericórdia a todas as criaturas, conferindo, entretanto, a cada um o dever de talhá-las. Semelhante tarefa, porém, demanda enorme esforço. A fim de concluí-la, recruta-se a contribuição dos dias e das existências. Muita gente se desanima e prefere estacionar, séculos a fio, nos labirintos da inferioridade; todavia, os bons trabalhadores sabem perseverar, até atingirem as finalidades divinas do caminho terrestre, continuando em trajetória sublime para a perfeição.
Livro: Pão Nosso - 36
Emmanuel / Chico Xavier.

Reflexão Matinal - 11

O mal não está somente fora. Está dentro de você. Estamos num universo holográfico, de modo que tudo está contido em tudo, de uma certa maneira. O diabo não mora num lugar místico, vago, longínquo: o diabo está dentro de você. Existem seres diabólicos, mas que só podem afetá-lo e entrar em sintonia com seu mundo, por meio das matrizes de ressonância do mal em você mesmo.
Estude-se em profundidade e descubra os redutos onde se oculta o mal em sua psique, e trabalhe-o, continuamente, não apenas no esforço de transmutá-lo, mas, principalmente, de dar vazão aos excessos de tensão que se acumulam em seu psiquismo, por conta de sua repressão. E a repressão é a fonte dos mais bárbaros horrores perpetrados pelo ser humano, da tirania religiosa às guerras sanguinárias. Nem todo o mal em você poderá ser de imediato transmudado em algo melhor, de modo que o excedente deverá ser expelido, para não desorganizar sua vida mental, aturdindo-a, enlouquecendo-o, tirando-lhe a alegria de viver, a disposição para fazer, a criatividade e a paz. É dever seu descobrir um fio terra, um rito a que se dedique, continuamente, ao menos uma vez na semana, para eliminar os raios de sua loucura e de sua perversidade, de modo consciente, construtivo, ético e controlado, ou eles o fulminarão, enquanto você jazerá atormentado e dementado, sentindo-se vítima de tudo e de todos, destruído pela própria estultícia, assassinado pelo seu assassino interior.
Não por outra razão, a palavra  diabollus, do latim, significa separação, separação de aspectos do Si, que precisam ser reintegrados ao conjunto da personalidade. Ou você disseca o mal que existe em si, assimilando-lhe a energia implícita para usar para o bem, ou o mal se apoderará de você. Não há alternativa: ou você reconhece o mal em si, e, elaborando-o, reabsorve-lhe o conteúdo psíquico, ou será fatalmente levado a praticar o mal, contra si e contra o seu semelhante, principalmente contra quem mais ama, talvez quando mais bem intencionado se sentir. É por isso que o maior pecado humano, como reza a tradição cristã, é a soberba. Quanto menos uma pessoa se supuser com o mal em si, mais o mal se alojará e crescerá nela, já que, nos subterrâneos da mente, converte-se em terrível dragão, cuspindo o fogo da infelicidade, contra tudo e todos, o que, tecnicamente, em psicologia analítica, chama-se de sombra psicológica, nesse caso agigantada.
Prezado (a) leitor(a), esse é assunto de gravíssima importância, pouquíssimo ventilado na cultura hodierna. Se não compreendeu de imediato o conteúdo de minhas sugestões - o que é provável, porque o tema é complexo e não se apreende sem longo estudo - informe-se sobre o assunto. Leia, faça cursos, consulte-se com especialistas. Nele reside a causa para todas as desgraças da humanidade, no nível individual e coletivo. Não por outra razão, é dito em antiga prece cristã, de forma cifrada, que Jesus, antes de ressuscitar, desceu à mansão dos mortos, tanto quanto o Cristo, antes de começar sua vida pública, precisou passar quarenta dias no deserto e dialogar e ser tentado por Satanás. Quem não se conscientiza de suas trevas interiores, nunca enxergará a Luz.
Demetrius / Benjamin Teixeira.
Livro: Reflexões Matinais.

Estímulos espirituais edificantes

A fim de avaliarmos o que é o estímulo para a alma, de suma importância na vida conjugal, vejamos as palavras do Espírito Evelina Serpa, personagem central do livro “E a Vida Continua...”, quando confessa a um mentor espiritual o seu anseio mais profundo do coração, ante as lutas do progresso espiritual,que é também de todas as almas sensíveis na Terra:
“(...) sinto necessidade de um estímulo (...) preciso de alguém que me escore o Espírito, que se me erija em apoio, na movimentação do cotidiano, em busca daquele estado de alma que apelidamos por paz interior, euforia ou mesmo felicidade”. (Livro: E a Vida Continua – André Luiz / Chico Xavier)
 O que o Espírito, tanto o de caracteres femininos quanto o de caracteres masculinos, mais necessita são realmente os estímulos edificantes, que constituem as emanações fluídicas harmoniosas e sutis exteriorizadas do mundo mental do cônjuge em sua direção, os quais vão contribuir para a solidificação da união, garantindo a paz, a alegria, o encorajamento e a felicidade. Enumeramos alguns desses estímulos edificantes, que todo homem e toda mulher são convidados a doar espontaneamente: a bondade, a compreensão, o bom ânimo, a delicadeza, a ternura, o respeito, a humildade, a paciência, o perdão, a alegria, o sorriso, a simplicidade, o carinho. Cada um desses elementos enobrecidos do coração possui sua carga eletromagnética harmoniosa específica, que é de importância vital para a manutenção e preservação da alegria pura e simples na vida conjugal. Para que vejamos a grandeza dessa verdade espiritual, temos a belíssima frase do Espírito Valerium:
“Sorriso é raio de luz da alma.” - (Livro: Ideal Espírita – Diversos Espíritos / Chico Xavier)
Livro Fonte: Sexo e Evolução – Walter Barcelos

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Na hora da crise

Na hora da crise, emudece os lábios e ouve as vozes que falam, inarticuladas, no imo de ti mesmo.
Perceberás, distintamente, o conflito.
É o passado que teima em ficar e o presente que anseia pelo futuro.
É o cárcere e a libertação.
A sombra e a luz.
A dívida e a esperança.
É o que foi e o que deve ser.
Na essência, é o mundo e o Cristo no coração.
Grita o mundo pelo verbo dos amigos e dos adversários, na Terra e além da Terra.
Adverte o Cristo, através da responsabilidade que nos vibra na consciência.
Diz o mundo: “acomoda-te como puderes.
Pede o Cristo: “levanta-te e anda”.
Diz o mundo: “faze o que desejas”.
Pede o Cristo: “não peques mais”.
Diz o mundo: “destrói os opositores”.
Pede o Cristo: “ama os teus inimigos”.
Diz o mundo: “renega os que te incomodem”.
Pede o Cristo: “ao que te exija mil passos, caminha com ele dois mil”.
Diz o mundo: “apega-te à posse”.
Pede o Cristo: “ao que te rogue a túnica cede também a capa”.Diz o mundo: “fere a quem te fere”.
Pede o Cristo: “perdoa sempre”.
Diz o mundo: “descansa e goza”.
Pede o Cristo: “avança enquanto tens luz”.
Diz o mundo: “censura como quiseres”.
Pede o Cristo: “não condenes”.
Diz o mundo: “não repares os meios para alcançar os fins”.
Diz o Cristo: “serás medido pela medida que aplicares aos outros”.
Diz o mundo: “aborrece os que te aborreçam”.
Pede o Cristo: “ora pelos que te perseguem e caluniam”.
Diz o mundo: “acumula ouro e poder para que te faças temido”.
Diz o Cristo: “provavelmente nesta noite pedirão tua alma e o que amontoaste para quem será?”
Obsessão é também problema de sintonia.
O ouvido que escuta reflete a boca que fala.
O olho que algo vê assemelha-se, de algum modo, à coisa vista.
Não precisas, assim, sofrer longas hesitações nas horas de tempestade.
Se realmente procuras caminho justo, ouçamos o Cristo, e a palavra dele, por bússola infalível, traçar-nos-á rumo certo.
Livro: Religião dos Espíritos - 70
Emmanuel / Chico Xavier.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos

466. Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?
Resposta: Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a por em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos.
A.K.: É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

NOS ENCARGOS DA VIDA

Recorda: Deus nos criou para a execução de determinados encargos, em que nos façamos felizes.
Não digas que a Terra é um mundo exclusivamente de provações.
Em qualquer degrau da evolução, podes instalar-te no lugar próprio à criação de tuas próprias alegrias.
Necessário reconhecer que te encontras na condição certa e com as criaturas mais adequadas para a tarefa a cumprir.
Conscientiza-te de que ninguém consegue realizar algo sem o apoio de alguns, competindo-nos a todos adquirir paciência e tolerância de uns para com os outros.
Aprendamos a viver sem reclamações e sem queixas.
Os obstáculos e problemas, em maioria, com que somos defrontados na desincumbência de nossos deveres partem de nós e não dos outros
Adaptarmo-nos às exigências do trabalho a realizar, sem perder altura no ideal superior que abraçamos, é norma de triunfo em nossas obrigações.
Lembremo-nos de que todos aqueles que sabem desculpar as dificuldades e faltas alheias estão criando fatores de base ao próprio êxito.
Quem se consagra a servir, serve para viver, honrando a vida em qualquer posição.
Livro: Calma
Emmanuel / Chico Xavier.