sábado, 10 de setembro de 2016

FLUIDO UNIVERSAL – Miramez.

LM - 2- parte
Cap. IV-74-111
O fluído universal é o elemento que circula por toda a criação de Deus, interpenetrando-se em todas as coisas. Ele é de uma sensibilidade incomparável, em todas as suas transformações.
O fluido cósmico é qualificado como matéria primitiva - se o podemos chamar de matéria - e assim o fazemos por não encontrar nome de maior simplicidade que esse, na conjunção das coisas sagradas após ser criado por Deus; é, portanto, criação de Deus, como já falamos, e não emanação da personalidade incomparável do Criador. O hálito divino, enquanto vibrando na Sua personalidade, criado pela Sua mente poderosa, é a verdadeira matéria primitiva, sem nenhuma mutação e, ao sair em serviço universal, já se transforma em fluido cósmico, que sofrerá mudanças em cada rompimento das barreiras cósmicas; ao aproximar-se dos mundos e das humanidades, tomar-se-á éter físico, ou magnetismo humano.
A Doutrina Espírita é a disciplinadora da faculdade mediúnica, no sentido de que os médiuns aprendam o valor do que possuem, no que se refere às forças virgens da natureza, senão na movimentação para o bem desse fluido universal, que nos cerca de todos os lados, e a sua essência se interpenetra em toda a nossa intimidade interatômica, alimentando e se fazendo vida, na expansão de todos os nossos valores, onde eles estiverem, em nome d’Aquele que nos criou.
Os fluidos que compõem a atmosfera espiritual da Terra acionam todos os centros de forças, com o poder vibratório de estabelecer a harmonia em todo o nosso ser, vindo a ser, de certo modo, o molde dos nossos pensamentos, com a faculdade de assimilar os nossos desejos, que chamamos de sentimentos espirituais. Por aí, podes deduzir como se formam as idéias na nossa mente, capazes de serem educadas pela nossa vontade. Esse é nosso trabalho frente àqueles que já conhecem alguma coisa da ciência universal, nas sendas da jornada do despertamento para a vida, na multiplicação do tesouro interno do mundo da consciência.
A alma tem vários caminhos a seguir, no entanto, em todos existe o peso representado pelas dificuldades, infortúnios e dores propriamente ditas. Fora disso não há despertamento das qualidades morais da alma. É a natureza acudindo os seres em todas as suas necessidades, é Deus presente no máximo e no mínimo da vida imortal.
Os medianeiros, começando na sua simplicidade de vida e de dom aflorado, são uma porta aberta para a luz, e devem trazer o Cristo no coração, abrindo os braços à imensa lavoura da consciência, em um plantio de amor que, sendo semente de Deus, se desdobra ao infinito, multiplicando as infinitas virtudes para chegar à plenitude da fraternidade cósmica. Aqui estamos, valorizando a mediunidade e mostrando suas consequências quando ela vibra com Jesus em todas as suas modalidades.
Nessa ascensão, inspiremo-nos na grandeza dos Espíritos Superiores, que trabalham em nosso favor permanentemente, para que adquiramos o conhecimento da verdade.
Colocamos sempre um tópico evangélico nas mensagens, para que possas meditar e conhecer Jesus mais profundamente:
Em verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, de modo algum entrará nele. Jesus / Lucas, 18:17.
O ambiente do reino de Deus se encontra na suavidade do fluido universal, que tem o poder de fortalecer a consciência, quando a vida da criatura passa a ser pura em todos os sentidos. Ele é o portador dos pensamentos e de todas as criações dos sentimentos, e quando sabemos desta verdade, não perdemos tempo em direção ilusória, mas servimo-nos do hálito de Deus para nele escrever as belezas imortais em se plasmando o amor, a caridade e a benevolência.
Vamos descrever a pergunta feita ao Espírito São Luís, e a sua resposta sábia, em "O Livro dos Médiuns", capítulo IV, nº 74:
P. "O fluido universal será ao mesmo tempo o elemento universal?”
R. "Sim, é o princípio elementar de todas as coisas."
Esse princípio elementar, em se expressando na matéria primitiva, escapa à dedução humana.
Livro: Filosofia da Mediunidade.
Miramez / João Nunes Maia.

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