sábado, 3 de setembro de 2016

Fonte de Vida - Miramez

LM – 2ª - parte
Cap. IV-74-VI
A verdadeira fonte de vida é Deus. Somente d’Ele sai o impulso divino de viver, e a substância primitiva da luz da vida é desconhecida para nós. Somente Deus conhece a Si mesmo. Somos Sua criação e fomos agraciados pela misericórdia de viver dotados de um amálgama de dons espirituais que nos mostram os caminhos para a felicidade.
Muitos desses dons estão adormecidos, porém, o tempo os fará despertar nas claridades do amor. Tomamos a dizer que a fonte de vida é Deus; o fluido universal não é a vida, mas, ele tem a capacidade de sensibilizar os corpos, para que a vida possa se expressar com mais amplitude.
Não vês o trabalho da eletricidade nos aparelhos de comunicação? Ela deixa-os sensíveis para que as ondas sejam transmutadas em sons e vice-versa. O fluido universal é, pois, o instrumento pelo qual os Espíritos podem se comunicar com os homens, dando sinais de que estão presentes.
Como já dissemos, esse fluido tem alto poder de modificação, de acordo com o ambiente em que se manifesta, mas, no fundo, é o mesmo hálito divino, emanado de Deus. O fluido cósmico universal, ou magnético, apenas anima a matéria, tomando-a sensível em muitos aspectos, e é ele que, nas suas modificações, empresta à alma vários corpos, capazes de protegê-la em variadas etapas nos processos reencarnatórios.
Quando pensamos, gastamos, pela lógica, alguma essência, que é esse fluido modificado, que penetra em nós, cândido, suave e altamente sensível, de modo que os nossos sentimentos imprimam nele o que desejamos falar e que, por vezes, não dizemos. Ele carrega sempre consigo a marca da vida sem ser ela, instrumento sagrado criado por Deus, para que possamos nos comunicar uns com os outros, e é nisso que insistimos, para provar aos homens a comunicação dos Espíritos com os homens por esse veículo, que o médium tem com abundância, e que nos capacita para falar das coisas espirituais, como se estivessem falando almas com almas, fora do veículo físico.
A matéria é uma barreira, mas a vencemos com esse fluido universal, que tem o poder de tudo interpenetrar. Todas as portas são abertas para sua viagem em nome do Criador. Chamamos a atenção dos medianeiros sobre a responsabilidade que têm em mãos e o dever de servir de instrumento para os Espíritos, no uso do tempo e dessa bênção de Deus a que nos referimos. Devemos usar essa fonte de anúncios para o bem e, para tanto, os médiuns devem preparar a mente na educação e na instrução, no sentido de atrair Espíritos de boa índole espiritual, visto que é lei de justiça colher o que semeamos.
A inteligência é um atributo da alma, mas não é a alma. Para conheceres o Espírito mais profundamente precisas de mais tempo e mais purificação dos sentimentos. Todos os conhecimentos das leis e da vida dependem de maturidade, a maturidade de tempo, e o tempo de boa vontade. Podemos dizer que o conhecimento é infinito, e que cada ronda que damos pela eternidade e que gasta milhares de anos, nos projeta em outras modalidades de vida, sendo, esses percursos, infinitos.
Se por algumas horas no mundo os companheiros são investidos de um traço da felicidade e ficam cheios de esperanças, pensa, se comparando ao estado do Espírito já livre dos efeitos físicos. Já imaginaste uma consciência com tranquilidade imperturbável? Estamos caminhando para lá, e não devemos nos esmorecer, e o que nos impulsiona para a perfeição são os fatos: descemos até a matéria, para depois ascendermos para a glória do Espírito imortal.
Para que possas saber o valor desse fluido universal Identificado na matéria, podes observar a criança e a juventude, e depois o idoso, com a vida já se esgotando. No entanto, em mundos venturosos o fluido não se esgota na velhice, porque o velho muitas vezes sabe o que fazer com a sua vida.
A Doutrina dos Espíritos, educadora espiritual que usa os processos mediúnicos para falar com os homens, traz a mensagem de vida, despertando as criaturas de maneira que os seus dons espirituais cresçam assegurando o direito de vida mais feliz. Nunca nos esmorecemos, por saber que estamos todos em marcha para cima, e que fomos criados para tal, por nos apossarmos da felicidade, por já saber onde ela está: dentro de nós.
Depois de anos, vim trazer esmolas à minha nação, e também fazer oferendas. (Atos, 24:17)
Depois de muitos anos que desencarnamos, voltamos para trazer notícias que vaiem como alimento à nossa Terra, e oferecemos companhia espiritual como sendo esperança para todos os seres humanos, significando Jesus voltando com os braços abertos para todos que queiram ser acolhidos por Ele.
Livro: Filosofia da Mediunidade – Vol II.
Miramez / João Nunes Maia.

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