terça-feira, 10 de março de 2015

Novos atenienses - Emmanuel.

“Mas quando ouviram falar da ressurreição dos mortos,  uns  escarneciam  e  outros  diziam:  acerca  disso  te  ouviremos  outra vez.” (Atos, 17:32) 
O contacto de Paulo com os atenienses, no Areópago, apresenta lição  interessante aos discípulos novos.
Enquanto o apóstolo comentava as suas impressões da cidade célebre, aguçando talvez a vaidade dos circunstantes, pelas referências aos santuários e pelo  jogo sutil dos raciocínios, foi atentamente ouvido.
É possível que a assembléia o  aclamasse com fervor, se sua palavra se detivesse no quadro filosófico das primeiras exposições. Atenas reverenciá­-lo-­ia, então, por sábio, apresentando-­o ao mundo na moldura especial de seus nomes inesquecíveis.
Paulo, todavia, refere-­se à ressurreição dos mortos, deixando  entrever a gloriosa continuação da vida, além das ninharias terrestres.
Desde esse instante, os ouvintes sentiram-­se menos bem e chegaram a escarnecer-­lhe a palavra amorosa e sincera, deixando­-o quase só.
O ensinamento enquadra­-se perfeitamente nos dias que correm.
Numerosos trabalhadores do Cristo, nos diversos setores da cultura moderna, são atenciosamente ouvidos e respeitados por autoridades nos assuntos em que se especializaram; contudo, ao declararem sua crença na vida além do corpo, em afirmando a lei de responsabilidade, para lá do sepulcro, recebem, de imediato, o  riso escarninho dos admiradores de minutos antes, que os deixam sozinhos, proporcionando-­lhes a impressão de verdadeiro deserto.
Livro: Pão Nosso.
Emmanuel / Chico Xavier.

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